quinta-feira, outubro 14

Privatização da Saúde

1. - Depois de conhecer os cantos à casa.

José António Mendes Ribeiro, ex-responsável da Unidade de Missão dos Hospitais SA, ex-braço direito do ministro da saúde, Luís Filipe Pereira, é o novo homem forte do Banco de Negócios para a Saúde, com interesses nas parcerias público privado (PPP) de construção e exploração de dez novos hospitais.
Segundo o Diário Económico de 21.09.04, "JAMR voltou ao privado com interesses na saúde. O conhecimento amealhado na Unidade de Missão dos Hospitais SA dá-lhe uma vantagem competitiva que pode ser importante nas parcerias público-privado. Assume orgulho pelo que fez no ministério da saúde (?) mas deixa claro que agora está a jogar noutra equipa".
2. - Será isto jogar limpo?
A privatização da saúde tornou-se um jogo complicado e perigoso para o estado.
E, onde está o arbitro ?
O responsável da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Rui Nunes, já se pronunciou, inoportunamente, a favor da privatização dos hospitais.
O estado não tem capacidade nem meios para controlar este jogo.
Não basta encomendar óptimos diplomas ao Vital Moreira. O estado não tem capacidade para surpervisionar o desenvolvimento deste monstruoso processo de transformação da saúde que Luís Filipe Pereira despoletou.
Por outro lado, os portugueses têm dificuldade em compreender o alcance de toda a jogatana que se desenrola perante os seus olhos. A forma míope como os Media divulgam pequenos excertos das conclusões dos relatórios do Banco Mundial e da OCDE sobre a reforma da saúde, só serve para lançar a confusão sobre os cidadãos.
Dentro de alguns anos o balanço do processo de privatização da saúde será doloroso para os portugueses: O Interesse Público sairá, uma vez mais, derrotado. Os cidadãos contribuintes. E, os utentes, claro!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Onde é que está a novidade ?
Onde estão agora alguns ex-secretários de estado da Saude ?
De onde veio e para onde se espera que volte o actual Ministro da Saude ?
Como defende o Governo, também na Saude, se está a instalar o principio do utilizador-pagador.
Não tem dinheiro, não adoeça!

O negócio da Saude é para muitos apenas mais um negócio...

Isto é liberalismo, puro e duro !

10:25 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Nos países de liberalismo puro e duro os cidadãos não são tão enganados como acontece em Portugal.Aqui, o jogo político é dizer uma coisa e fazer outra. O cidadãos nunca sabem quais são as prioridades. Faz parte da estratégia politica esta prática do engano. O cidadão contribuinte sente-se defraudado. Paga para ver um espectáculo que não deseja. O objectivo das reformas não é a melhoria de vida dos cidadãos portugueses mas sim fazer o arranjinho e a fortuna de pequenos grupos que enriquecem enganando a maioria.
Não consta do programa dos XV e XVI governos a privatização da Saúde. A substituição do Serviço Nacional de Saúde por várias holdings de cuidados de saúde (hospitais, centros de saúde, laboratórios)
Afinal quais são os limites desta reforma da saúde?

10:49 da manhã  

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