quinta-feira, outubro 6

Liberalização da Propriedade


Os militares, os magistrados, as polícias, os advogados, os professores, a Associação~Nacional de Farmácias (ANF), os próprios sindicatos, etc., constituem neste país verdadeiras tribos. Os próprios militares falam de "vida militar" por oposição à "vida civil" (ou civilizada?). Muitos magistados apresentam a sua profissão como algo à parte das outas profissões ("sagrada" ?!).
O Governo actual revelou grande coragem ao enfrentar estas "castas" de privilegiados e está a sofrer da parte delas uma reacção brutal. Nalguns pontos já recuou e temo muito que recue mais. Por exº. não vi ainda implementada a possibiliade de abrir mais farmácias, prometida pelo Governo. Em Braga são práticamente as mesmas do "antigamente", enquanto que a população triplicou ou quadruplicou. Temos de andar vários quilómetros para encontrar uma das duas farmácias de serviço e nas horas normais é preciso esperar em "bicha" por vezes 1 hora para ser atendido!
Barreiros Martins
vital moreira - Causa Nossa

4 Comments:

Blogger tonitosa said...

Não faz sentido que quando tanto se fala de Mercado como solução para os males do Estado, no que eu não sou tão crente quanto alguns dos nossos mais distintos(?) analistas, não faz sentido dizia, que o acesso à propriedade e a liberalização das farmácias não seja assumida como uma medida de reorganização no sector da saúde. Ainda que, em termos de preços de medicamentos, não sejam de esperar grandes benefícios dessa liberalização. O mercado dos medicamentos continua a não ser de concorrência. E talvez não deva sê-lo, como forma de assegurar o retorno dos investimentos em investigação.
Mas não vemos razões para que só possam ser proprietários de farmácias licenciados em Farmácia e não se possam abrir novas farmácias de forma livre, obedecendo aos requisitos técnicos que o sector exige.
Essa, sim, talvez fosse uma medida importante para os utentes em alternativa a essa "história" da venda de MNSRM fora das farmácias. Na verdade, as novas empresas associadas a este mercado de MNSRM serão uma segunda ANF(?) nas mãos das grandes superfícies e nada mais.

11:16 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Ao comentário de Alrazi
O problema não é de inveja! O problema é de igualdade de oportunidades. As farmácias só valem o que valem porque o Estado criou privilégios injustificados para uma dada classe (lic. em farmácia). Se a entrada no mercado for liberalizada os valores de trespasse de qualquer farmácia cairão a pique. Sendo assim, as clínicas só poderiam ser "propriedade de médicos" e não poderiam ser abertas como o são. As oficinas de automóveis e stands de vendas só poderiam ser propriedade de mecânicos (engenhieros ou não), as padarias só poderiam ser propriedade de padeiros, etc, etc..
Esta política de "condicionamento do comércio" seria bem pior do que a famosa Lei do Condicionamento Industrial do anterior regime.

12:45 da tarde  
Blogger Clara said...

O confronto entre CC e a ANF está muito marcado pelas relações pessoais entre João Cordeiro e Correia de Campos.
A ANF é uma entidade que tem poderes a mais situação a que se chegou devido aos muitos erros cometidos por sucessivos governos.
É prioritário liberalizar o direito de propriedade e proceder à alteração do sistema de remuneração das farmácias.
Em relação à Indústria não vejo utilidade no congelamento dos preços até 2009 como pretende o CC.
O que é imprescindível é alterar o SPR (aferindo o preço de cada grupo farmaco terapêutico em relação ao genérico de preço mais baixo) e fiscalizar os preços de acordo com o que está previsto na lei (preço mais baixo dos três países de referência).
Porque não basta manter um certo crescimento controlado. è imprescindível proceder a uma redução dos encargos do SNS com a aquisição de medicamentos. Neste sentido a política de congelamento não é a adequada.

3:10 da tarde  
Blogger xavier said...

A propósito do tema de hoje eis alguns dados objectivos que “ajudam” os liberais, os defensores da economia de mercado e os amigos de Correia de Campos. O Cegripe aumentou o preço industrial (isto é, de venda pela Indústria) de 2,88 euros para 2,99 (3,82%) desde que o preço dos MNSRM foi liberalizado (15 de Setembro). O Bucagel aumentou de 2,12 para 2,21 (4,30%). O Mebocaina forte de 3,21 para 3,43 (6,88%). O Nicorette Patch de 14,16 para 20, 18 (42,51%). O Panadol de 1,78 para 2 (12,18%). A Aspirina C de 2,43 para 2,7 euros (11,23%). Era disto que se estava à espera? Ou, pelo contrário, foi-nos prometido que os preços dos medicamentos baixavam? O problema das cruzadas ideológicas é que elas chocam com a realidade. Só não vê quem não quer ver.
Luís Oriente

11:40 da tarde  

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