Tarde de Feriado
Cai calma a tarde. O Sol desmaia alaranjado, prestes a ocultar-se no horizonte, enquanto o Tejo chão, deserto de embarcações, corre vagaroso para a foz. O vento manso arrepia por entre os últimos resistentes da esplanada à conversa sobre a jornada futebolistica e o White Castle.
Inesperadamente, um barco surge por detrás das árvores navegando rio abaixo. Vela corajosa a fazer-se ao largo ? Treino nocturno ? Vela tresmalhada à procura da rota perdida ?
A recolher à Marina de Cascais, é o mais provável.
A inusitada inquietação, cheia de esperança, desvaneceu-se de súbito. Como o fim da tarde de feriado.
6 Comments:
Tenho constatado que estes apontamentos de fim de semana têm em comum o Bugio como pano de fundo. Aparece sempre como o palco onde se desenrola a acção. O autor parece empenhado em mostrar o seu apreço por um pedaço especial da margem Norte do Tejo.
Crónicas do fim de semana com o Bugio ao fundo.
Hoje, ao fim da tarde, o barquinho à vela regressará ao Tejo engalanado com bandeirinhas de Portugal e dos EUA. Ao leme um velho marinheiro beberica pequenos goles de champanhe. Kerry acabara de ganhar as eleições. Chegara ao fim o exílio voluntário deste velho lobo do mar. Era a hora de se conciliar com o seu país e regressar a casa.
Excelente interacção entre a imagem e o texto. Uma BD contextualizada. Muito interessante.Temos artista.
Rui Silva
Sem dúvida, lindas a imagem e a brisa do texto.
Com o Xavier até numa esplanada se pode beber poesia.
Os meus sinceros parabéns.
O America lixou-se. Vai permanecer no exílio por mais 4(5?) anos.
O post transmite algo de estranhamente belo. Será das fotografias?
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