segunda-feira, janeiro 10

Há que desconfiar dos "Experts"


"An expert is a man who has stopped thinking—he knows!"
1. - Vivemos numa época de “experts”. Sobre a actual crise é impressionante o número de intervenções dos nossos “experts”: Cavaco Silva, Victor Contâncio, César da Neves, Teodora Cardoso, Eduardo Catroga, Vítor Bento, Ernâni Lopes, Murteira Nabo, Ferreira do Amaral.
A maioria das intervenções dos "experts" em vez de contribuírem para a solução são antes causa do agravamento dos problemas. Basta recordar, a propósito, Cavaco Silva.
O último a propor um naipe de medidas milagrosas para a nossa economia foi Miguel Cadilhe, para quem a solução está num "sobressalto reformista" traduzido numa série de medidas de choque que incluem a descida de impostos e a drástica redução do peso do Estado, com encerramento de serviços públicos (despedimento de funcionários públicos improdutivos, o passo decisivo a rasgar o caminho sublime e sem o qual não haverá modernização da nossa economia). Cadilhe propõe ainda a redução do governo e do parlamento.
2. - O esforçado pensamento de Miguel Cadilhe, debitado em entrevista escrita ao Jornal de Notícias, só vem confirmar, uma vez mais, que os “experts” constituem uma casta de gente perigosa em relação à qual é necessário tomar as devidas precauções. Por isso, propomos aos leitores da SaudeSA a leitura do excelente artigo “A field guide to experts” de Andrew D Oxman, publicado na BMJ de 18 December 2004.
(link)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A nossa sociedade dita desenvolvida é dominada pela ditadura dos "experts", casta de técnicos a quem foi socialmente reconhecida uma aptidão especial para botar pareceres sobre a área da sua especialidade.
As consequências políticas e sociais de alguns destes pareceres é que, por vezes, são catastróficos.
A invasão do Iraque foi tomada com base em doutos pareceres de sumidades do desenvolvimento global e fontes de energia.
Os preços elevados dos medicamenros antivíricos para tratamento da SIDA é decidida por peritos em estratégia de mercado para manter os lucros fabulosos da Indústria e não para socorrer as populações dizimadas de àfrica ou da América do Sul.

10:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Um "post" super oportuno.

1:04 da manhã  

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