quarta-feira, fevereiro 23

Política do Medicamento



1. - O recente relatório da ANF revela que a despesa com a aquisição de medicamentos, depois de dois anos de evolução controlada - 5,2 % - ano 2003 ; 7,2% - ano 2002 –, disparou para 12,4% no ano de 2004.
As coisas parecem, no entanto, não ter corrido nada mal para o Estado que, neste ano, poupou mais de 72 milhões de euros. Prejudicados foram os doentes que pagaram mais 14,8 milhões de euros do que no ano anterior
(link)
2. - Um outro estudo elaborado pelo Centro de Estudos de Farmacovigilância (CEFAR) da Associação Nacional das Farmácias (ANF), conclui que apenas 12,9% dos médicos receita medicamentos pela Denominação Comum Internacional (DCI), que o decreto de lei 271/02 estabeleceu como obrigatória, e que entre 45 a 50% das receitas prescritas pelos médicos não autorizam a substituição dos medicamentos prescritos por genéricos (link)
3. - Estes últimos anos têm provado que o desenvolvimento das Políticas do Medicamento, postas em prática pelos vários Governos da República, se traduzem num jogo do gato e do rato entre o Estado e ANF/Apifarma em que, invariavelmente, os utentes do Serviço Nacional de Saúde saem a perder.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O saldo da Politica do Medicamento de Luís Filipe Pereira não é tão positivo como o queriam pintar.
Apesar do crescimento do mercado de genéricos, da implementação do SPR na comparticipação, as coisas acabaram por deslizar para o inevitável descontrolo da despesa. Com a agravante de os doentes verem aumentada a sua comparticipação no custo dos medicamentos que já era uma das mais elevadas dos países da Europa.

11:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Faltou referir outro parceiro importante da jogatana: Os médicos prescritores.

12:50 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O último filme do Michael Moore sobre a Indústria Famacêutica e o aliciamento dos médicos,nunca mais chega a Portugal.
Deviam convidar o Gomes Esteves e o João Cordeiro para a primeira sessão.

12:55 da manhã  
Blogger xavier said...

Os dados do Infarmed são significativamente diferentes.
- Crescimento da despesa verificada em 2004 foi de 9,7%.
- 57,8% das receitas emitidas pelos médicos entre Fevereiro e Julho permitiram a troca.

9:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pois...
Os grupos de pressão são muitos...
A industria, as farmácias, os armazenistas e todos os outros; mas deixem que faça um comentário:
a industria é normalmente bastante atacada, mas as farmácias dão os medicamentos de graça? Penso que nos éticos ganham 30% sobre o PVP, sem problemas de stocks, são instituições de caridade. Os armazenistas comem também uma boa percentagem e de quem são os armazens?
O Sr Cordeiro é também um filantropo, tem muita pena dos doentinhos e só quer os genéricos mesmo que o médico tenha já prescrito um ele quer os dele... É a velha estória do pagas 3 levas 5 e ainda podes ir com a família ao sudeste asiático, não são só os médicos... por aqui me fico. Ibn Sin.

4:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois...
Os grupos de pressão são muitos...
A industria, as farmácias, os armazenistas e todos os outros; mas deixem que faça um comentário:
a industria é normalmente bastante atacada, mas as farmácias dão os medicamentos de graça? Penso que nos éticos ganham 30% sobre o PVP, sem problemas de stocks, são instituições de caridade. Os armazenistas comem também uma boa percentagem e de quem são os armazens?
O Sr Cordeiro é também um filantropo, tem muita pena dos doentinhos e só quer os genéricos mesmo que o médico tenha já prescrito um ele quer os dele... É a velha estória do pagas 3 levas 5 e ainda podes ir com a família ao sudeste asiático, não são só os médicos... por aqui me fico. Ibn Sin.

4:07 da tarde  

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