Desperdício na utilização do Medicamento
1. - Um estudo a que já fizemos referência aqui na SaudeSA, desenvolvido pela EFAR – ANF em parceria com o núcleo de Farmacovigilância do Centro, fornece-nos dados muito importantes sobre a utilização do medicamento.
O estudo realizado com base num inquérito dirigido a 173 utentes da zona centro, identificou três tipos de desperdícios:
- Desperdícios na prescrição – a embalagem prescrita não é adequada à duração do tratamento. A proporção de desperdício apurado foi de - 30,1%;
- Desperdício na utilização _ Os medicamentos prescritos não são utilizados durante o tempo previsto para o tratamento. A proporção de desperdício apurado foi de -45,7%;
- Desperdício Global – Quando ocorrem em simultâneo estes dois tipos de desperdício. A proporção de desperdício apurado foi de - 49,7%.
2. - Os factores que podem determinar o desperdício na utilização do medicamento são:
- a maior ou menor adesão à terapêutica prescrita pelo médico;
- A ocorrência de efeitos indesejáveis;
- A percepção que o doente tem do seu estado de saúde e do benefício terapêutico.
O factor determinante da ocorrência de desperdício na prescrição é a dimensão inadequada das embalagens comercializadas.
3. - Os grupos terapêuticos com maior proporção de desperdício são os antiflamatórios e os analgésicos.
O grupo dos antibióticos é o que apresenta uma menor taxa de desperdício.
Sempre que a posologia é transmitida ao doente por escrito na prescrição a proporção de desperdício é menor.
Um grande número de doentes declarou ter deixado de tomar os medicamentos prescritos por iniciativa própria.
4. - O desperdício verificado nos medicamentos pode gerar automedicação inadequada efectuada atavés da medicação remanescente. Criação do risco de ingestão de medicação fora de prazo e de uma menor efectividade da terapêutica.
O estudo realizado com base num inquérito dirigido a 173 utentes da zona centro, identificou três tipos de desperdícios:
- Desperdícios na prescrição – a embalagem prescrita não é adequada à duração do tratamento. A proporção de desperdício apurado foi de - 30,1%;
- Desperdício na utilização _ Os medicamentos prescritos não são utilizados durante o tempo previsto para o tratamento. A proporção de desperdício apurado foi de -45,7%;
- Desperdício Global – Quando ocorrem em simultâneo estes dois tipos de desperdício. A proporção de desperdício apurado foi de - 49,7%.
2. - Os factores que podem determinar o desperdício na utilização do medicamento são:
- a maior ou menor adesão à terapêutica prescrita pelo médico;
- A ocorrência de efeitos indesejáveis;
- A percepção que o doente tem do seu estado de saúde e do benefício terapêutico.
O factor determinante da ocorrência de desperdício na prescrição é a dimensão inadequada das embalagens comercializadas.
3. - Os grupos terapêuticos com maior proporção de desperdício são os antiflamatórios e os analgésicos.
O grupo dos antibióticos é o que apresenta uma menor taxa de desperdício.
Sempre que a posologia é transmitida ao doente por escrito na prescrição a proporção de desperdício é menor.
Um grande número de doentes declarou ter deixado de tomar os medicamentos prescritos por iniciativa própria.
4. - O desperdício verificado nos medicamentos pode gerar automedicação inadequada efectuada atavés da medicação remanescente. Criação do risco de ingestão de medicação fora de prazo e de uma menor efectividade da terapêutica.
5. - Recomendações:
- Adequar a dimensão das embalagens aos fins teratêuticos;
- Sensibilização da Classe Médica para a necessidade da indicação escrita da posologia na prescrição;
- Sensibilização dos utentes quanto ao uso racional do medicamento.
4 Comments:
Se algumas dúvidas houvesse, os últimos cinco "posts" bastariam para classificar SaudeSa como um dos melhores blogs da nossa praça.
Competência, criatividade, tolerâcia fazem deste "sítio" uma visita renovadamente agradável e sempre compensadora.
Agradecemos ao Xavier o esforçio.
Com um abraço
João Pedro
O valor do desperdício anual parece Atinge 1,5 mil milhões de euros.
Era interessante comparar este nível de estragação com o que acontece noutros países.
A comparticipação dos utentes portugueses nos custos de aquisição dos medicamentos já é dos mais elevados dos países da UE.
Não se pode portanto mexer na elevação da comparticipação como factor de racionalização.
É indispensável no entanto implementar outras medidas de racionalização.
Há muito por onde procurar ganhos de eficiência no Serviço Nacional de Saúde.
Há que implementar as medidas correctas.
Para lá de uma série de erros determinados pelo médico prescritor, pela forma de apresentação dos medicamentos, e pelo comportamento dos utentes, somos levados a pensar que o que é gratuito é susceptível de causar enormes desperdícios.
O que se passa com o receituário nos Centros de Saúde é uma tremenda balda.
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