Os ventos sopram a favor
Efectivamente, a flexibilização do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e a nova Agenda de Lisboa, aprovados recentemente na Cimeira de Bruxelas, vão permitir ao XVII Governo reduzir o défice orçamental mais lentamente, na pior das hipóteses até 2008, e permitir mais facilmente a aplicação do “choque tecnológico previsto no programa de governo.
a) - Sem modificar os valores "âncora" do Tratado - 3% do PIB para o déficit público e de 60% para a dívida, a UE pretendeu introduzir no PEC uma maior flexibilidade, através de uma maior discricionaridade na aplicação do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), acompanhada pelo reforço dos mecanismos de acompanhamento.
b) - A Estratégia de Lisboa criada com o objectivo de: aumentar o investimento anual na pesquisa científica até três por cento do Produto Interno Bruto (PIB), um objectivo atingido em muito poucos Estados-membros; chegar aos 67% de taxa de emprego em 2005 e aos 70% em 2010. Em 2003 esta taxa ficou-se pelos 64%; e chegar aos 57% de taxa de emprego das mulheres em 2005 e aos 60% em 2010.
Com o relançamento da estratégia de Lisboa, pretendeu-se por a tónica no desenvolvimento económico, devendo cada Estado-membro adoptar um programa nacional de reformas com uma duração de três anos. Paralelamente, a Comissão definirá um programa comunitário de Lisboa que cubra o conjunto das actuações dos Estados-membros e que favoreça o crescimento económico e o emprego. A planificação das reformas económicas será ajustada de três em três anos.
1 Comments:
O vento sopra a favor mas não vamos lá se não modificarmos a nossa forma de vida.
Vivemos acima das nossas posses.
O governo tem que criar incentivos à poupança. A máquina fiscal tem que funcionar. Temos que reformar profundamente a justiça. Há que melhorar a sua eficácia e eficiência da Saúde.
O vento a favor é uma mera oportunidade dada pelos deuses para ver se nós, finalmente, tomamos juízo.
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