segunda-feira, abril 11

Medidas Avulsas



1. -O ministro da saúde, António Correia de Campos, num rasgo de inspiração, parece ter encontrado uma solução milagrosa para resolver o problema das falsas urgências hospitalares.
Após a triagem, os doentes que não sejam considerados em situação emergente, no caso de quererem ser atendidos terão de pagar uma taxa moderadora mais elevada.
Tudo estaria certo se os portugueses tivessem médicos de família e conseguissem atendimento, dentro de um tempo razoável, no seu Centro de Saúde para uma consulta de emergência. Assim, trata-se de mais uma medida avulsa a penalizar os doentes do SNS.
2. – Já estou a ver a doente de meia idade que sentiu um aperto no peito e correu ao banco do hospital mais próximo. Após o primeiro exame o médico da triagem informa-a, solicito:
- O seu caso não me parece urgente. Se pretender ser atendida terá de pagar uma taxa moderadora suplementar.
- E quanto é a taxa, senhor doutor?
- São vinte euros.
- Vinte Euros?
- Não fazem descontos ?
- Não senhor, é da tabela.
- Deixe estar senhor doutor já me sinto melhorzinha...


NOTA: Depois de ter dado uma entrevista à Rádio Renascença, em que pôs a hipótese de subir as taxas moderadoras nos casos de falsas urgências, Correia de Campos veio esclarecer, posteriormente, em declarações à TSF, que a única coisa que referiu foi um exemplo teórico de difícil execução (link)
Depois das participações privadas nas EPE´s, agora foi a subida das taxas moderadoras, dois exemplos teóricos (gaffes), segundo Correia de Campos, dados no curto espaço de uma semana.
Será que o professor deu agora em esbarrar na teoria?

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A solução é o primeiro ministro, José Sócrates mandar tapar-lhe a boca.

12:03 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ou os jornalistas não entendem Correia de Campos, ou o Ministro não encontrou a forma certa de se dar com os jornalistas.
Aplicando aquela velha máxima:
Ou é do cu ou é das calças.

12:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O assessor para a comunicação social do Correia de Campos deve ser um grande nabo...

2:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Correia de Campos deve perder o hábito de dar lições à Comunicação Social.
CC deve tomar consciência de que não está numa sala de aulas a teorizar sobre temas da Saúde. Estes alunos(jornalistas) são uns venenosos. Envenenam tudo o que lhes vai parar às orelhas.
O Jornalista hoje em Portugal, apesar do curso universitário é um perfeito ignorante. Sabe tudo pela rama e não tem tempo para aprofundar nada.
O sistema modelou estes ignorantes para serem os veiculadores de narrativas soltas, frases feitas, colagens desprovidas de conteúdo. O que hoje vale amanhâ é para esquecer.
Senhor ministro veja para quem fala. Seja parco em palavras. Sucinto, prático e conciso.
Para quê grandes incursões teóricas. Pérolas para porcos.
Dê-lhes palha que é disso que eles gostam.

3:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já me admirava que se não falasse nas urências é o tema predilecto dos ministros.
Então as triagens de Manchester não resolveram este problema tão português?
Vamos criar uma triagem á moda do Porto cada um paga a sua.
Mas há comentários ehá comentários. Então os utentes(detesto este termo, porque mete tudo o mesmo saco), não devem ter uma cultura de responsabilidade? E deveres? Como conseguir este desiderato? Faço reparo a que muitas pessoas já assistiram: Então este tipo é atendido primeiro que eu e chegou depois mesmo que tenha as tripas na mão?
Como vamos resolver o problema dos centros de saúde e dos hospitais (com pessoal médico em pré reforma nas especialidades essenciais), quando os serviços de urgência hospitalar estão cheios de médicos, muitos em trabalho de empresas de serviços, SA ou não SA, que entopem os serviços e que fazem toda uma bateria de exames com medo dos casos explorados pelos média, com internamentos escusados. Isto é apenas uma reflexão...

10:44 da tarde  

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