Gestores Hospitalares
Gostaríamos que este editorial da revista "Gestão Hospitalar", assinado pelo Dr. Manuel Delgado, presidente da APAH, fosse objecto de um amplo debate aqui na SaudeSA.
Desde já agradecemos os comentários de todos os que queiram colaborar.
1. - A propósito do relatório da Inspecção Geral de Saúde sobre as remunerações dos gestores hospitalares, fui interprelado por vários jornalistas que invariávelmente me perguntaram: “Como presidente da Associação de gestores Hospitalares o que tem a dizer sobre este relatório que atinge alguns dos seus colegas?”
Pela enésima vez voltei a explicar a diferença entre os gestores com formação específica em AH, e os outros, neste caso, os que recrutados fora da área da Saúde ocupam lugares de topo da administração hospitalar.
Foi este cenário que dominou no tempo do anterior Governo mas que, felizmente, parece ter terminado com o novo ciclo político. Não que não seja útil recrutar para a administração dos hospitais um ou outro profissional de fora, cujo prestígio, sensibilidade e competência se revele benéfico e inovador. Mas porque numa época de grande exigência em matéria de organização e de eficiência, é na área da produção hospitalar que se devem introduzir mecanismos de controlo, adequados e com impacte na economia de recursos e na qualidade do serviço.
E para isto, o profundo conhecimento do sector, o estudo e a experiência relativamente aos processos e à estrutura dos mecanismos de prestação, a análise da complexidade e da severidade dos diferentes tipos de doentes e os respectivos custos, são elementos essenciais para se poder gerir com responsabilidade e eficiência entidades tão específicas como são os hospitais. Daí a importância e a imprescindibilidade de ter o país dotado de um corpo de profissionais devidamente habilitados, capazes de responder aos desafios em que as crónicas dificuldades do sector nos colocam.
O actual Governo tem tido, nesta matéria, um registo que me parece sensato e adequado e competirá agora aos AH voltarem A PROVAR a provar o seu valor e a sua utilidade.
2. - Os AH têm, no entanto, uma questão interna por resolver: a manutenção da sua carreira ou o seu desaparecimento.
Caminhamos a passos largos para modelos de carreira “minimalistas”, que reconhecem competências mas deixam às entidades empregadoras a capacidade para recrutar, seleccionar e remunerar de acordo com critérios ditados pelas regras do mercado.
O fosso entre a carreira de administração hospitalae que temos, desde 1980, e as novas realidades para que inexoravelmente parece caminharmos, é demasiado grande para lhe ficarmos indiferentes.
Até porque os AH, vêm assumindo, numa movimentação que ultrapassa completamente as regras da carreira, diferentes papéis na gestão dos nossos hospitais, seja em funções de topo, seja em funções de direcção técnica dos serviços, seja em funções de administração intermédia.
A credibilização e sustentabilidade da nossa profissão passa, pois, por um trabalho sério que culmine numa revisão da carreira de AH , e eventualmente, num papel mais activo da APAH no acompanhamento da respectiva gestão.
Esgrimir, neste momento, argumentos sobre as razões da escolha ou indigitação de colegas para este ou aquele hospital, em busca de uma quimérica legitimidade curricular, parece-me, assim, uma atitude quixotesca que apenas derrubará moinhos de vento mas que nada alterará na paisagem. E é esta que precisamos de mudar: com inteligência, bom senso, muita humildade, e uma capacidade assumida de correr riscos. É este o tempo certo, não o desperdicemos com pequenas invejas ou mesquinhas ânsias de protagonismo!
Pela enésima vez voltei a explicar a diferença entre os gestores com formação específica em AH, e os outros, neste caso, os que recrutados fora da área da Saúde ocupam lugares de topo da administração hospitalar.
Foi este cenário que dominou no tempo do anterior Governo mas que, felizmente, parece ter terminado com o novo ciclo político. Não que não seja útil recrutar para a administração dos hospitais um ou outro profissional de fora, cujo prestígio, sensibilidade e competência se revele benéfico e inovador. Mas porque numa época de grande exigência em matéria de organização e de eficiência, é na área da produção hospitalar que se devem introduzir mecanismos de controlo, adequados e com impacte na economia de recursos e na qualidade do serviço.
E para isto, o profundo conhecimento do sector, o estudo e a experiência relativamente aos processos e à estrutura dos mecanismos de prestação, a análise da complexidade e da severidade dos diferentes tipos de doentes e os respectivos custos, são elementos essenciais para se poder gerir com responsabilidade e eficiência entidades tão específicas como são os hospitais. Daí a importância e a imprescindibilidade de ter o país dotado de um corpo de profissionais devidamente habilitados, capazes de responder aos desafios em que as crónicas dificuldades do sector nos colocam.
O actual Governo tem tido, nesta matéria, um registo que me parece sensato e adequado e competirá agora aos AH voltarem A PROVAR a provar o seu valor e a sua utilidade.
2. - Os AH têm, no entanto, uma questão interna por resolver: a manutenção da sua carreira ou o seu desaparecimento.
Caminhamos a passos largos para modelos de carreira “minimalistas”, que reconhecem competências mas deixam às entidades empregadoras a capacidade para recrutar, seleccionar e remunerar de acordo com critérios ditados pelas regras do mercado.
O fosso entre a carreira de administração hospitalae que temos, desde 1980, e as novas realidades para que inexoravelmente parece caminharmos, é demasiado grande para lhe ficarmos indiferentes.
Até porque os AH, vêm assumindo, numa movimentação que ultrapassa completamente as regras da carreira, diferentes papéis na gestão dos nossos hospitais, seja em funções de topo, seja em funções de direcção técnica dos serviços, seja em funções de administração intermédia.
A credibilização e sustentabilidade da nossa profissão passa, pois, por um trabalho sério que culmine numa revisão da carreira de AH , e eventualmente, num papel mais activo da APAH no acompanhamento da respectiva gestão.
Esgrimir, neste momento, argumentos sobre as razões da escolha ou indigitação de colegas para este ou aquele hospital, em busca de uma quimérica legitimidade curricular, parece-me, assim, uma atitude quixotesca que apenas derrubará moinhos de vento mas que nada alterará na paisagem. E é esta que precisamos de mudar: com inteligência, bom senso, muita humildade, e uma capacidade assumida de correr riscos. É este o tempo certo, não o desperdicemos com pequenas invejas ou mesquinhas ânsias de protagonismo!
Manuel Delgado - Presidente da APAH - revista "Gestão Hospitalar" Julho 2005.
26 Comments:
Resumindo:
-As nomeações estão bem porque o pessoal da APAH está todo no poleiro. Ponto final.
- Os AH bem colocados estão-se nas tintas para a carreira. regulação de competências e está tudo resolvido. Quem se conseguir chegar aos lugares da frente terá remunerações chorudas. Quanto aos outros...
Concursos de ingresso e de colocação, nunca mais.
- E é pegar ou largar porque os tempos assim o impõem.
E nada de chiar. Parece mal. Só pode prejudicar os que estão bem instalados.
Enfim: A situação é clara: Cada um que se desenrasque.
Isto não vai lá com falinhas mansas. A maioria dos AH não tem nada a perder. porque já perdeu tudo.
Há que desenvolver um combate fora da APAH. Para defender os interesses de quem precisa.
1. O sistema de gestão hospitalar actual pura e simplesmente devia ser mudado. O actual modelo não é compatível com uma gestão séria da coisa pública, é propenso ao desenvolvimento de situações de oportunismos e de oportunistas, não tem critérios de seriedade e de transparência, é um arremedo de profissionalismo, coloca os AH em condições de subserviência e de mendicidade em relação ao poder, é caro e idiossincraticamente inadequado, por incompatível com o estado da nossa economia e com a mentalidade terceiro-mundista reinante.
2. A APAH parece ter-se rendido à miragem de neoliberalismo e ao ideal sacrossanto do mercado; desde 1988 que não tem feito outra coisa senão colar-se aos modelos que têm vindo a ser impostos pelo poder; nunca definiu um modelo pelo qual se batesse, tem andado sempre a reboque dos acontecimentos, contentando-se apenas em apanhar a onda, se possível;
3. A única ideia «original» parece ser esta agora da defesa de uma carreira «minimalista»; na prática não é carreira nenhuma. Tal modelo apenas parece vir de encontro aos interesses do Estatuto actual da ENSP e dos que dela vivem (num sistema de carreira tradicional e de funcionalismo público): continuar a formar fornadas de gestores hospitalares a esmo, para continuar a assegurar a continuidade dos lugares de professores (já não só Administração Hospitalar, mas Pós-graduações para clínicos, administradores de saúde, Mestrados em Gestão em Saúde), todos com competências reconhecidas, nomeadamente para o exercício da Administração Hospitalar. Não seria então de abrir a ENSP também ao mercado e à concorrência no âmbito da formação de gestores, mantendo, num outro modelo de gestão hospitalar que não o actual, uma carreira de AH (ajustada, mas não minimalista) à qual teriam acesso todos os habilitados com formação específica legalmente reconhecida neste domínio, ministrada ou não pela ENSP?
4. Em termos de sistema de gestão hospitalar em que é que o actual governo tem tido, nesta matéria, um registo mais «sensato e adequado» do que o anterior se até agora em nada alterou o modelo que vinha de trás apenas se limitando a mudar algumas figuras a nível dos lugares dirigentes? Mudaram algumas moscas mas o resto continua, no essencial, na mesma.
Esta asserção do Dr. Delgado apenas parece evidenciar a acomodação que muitos temiam em relação ao poder. Quem o ouviu e quem o ouve.
5. Pessoalmente, não acredito que haja muitos AH preocupados com os lugares deste ou daquele colega, acredito, pelo contrário, que são bem mais aqueles que estão preocupados com o estado de degradação das condições do seu exercício profissional, na maior parte dos casos apenas por serem profissionais incómodos que se encontravam em lugares incómodos, apesar de competentes (muito competentes, conheço eu alguns) e mais preocupados ainda com o estado de degradação geral do ambiente de trabalho nos serviços de saúde, que tem vindo a acentuar-se nos últimos dois anos.
Fornadas de gestores hospitalares a esmo...diz o Vivóporto.
Pois é: afinal parece que os ilustres AH's da ENSP são formados a esmo. É esse o verdadeiro problema dos AH's e dos Hospitais. Com AH's incompetentes, como alguns dos já nomeaddos por CC para os CA dos Hospitais, estamos claramente a esbanjar recursos e oportunidades de dar a volta aos problemas da saúde. Pior ainda é o que se passa com as nomeações a esmo (fornadas de nomeações) que se têm verificado (e há já novas fornadas na calha) de AH's para os SA's, baseadas em relações familiares e de compadrio com os CA's desses hospitais. Veja-se o que se passa no já famoso futuro CH da zona ocidental de Lisboa. A incompetência começa aqui...no Hospital EM e vai por aí fora...para os lados do Restelo e Carnaxide.
Como os membros doS CA'S são AH há que contentar os seus pares até para não serem contestados pela corporação! E tanto quanto se sabe o mesmo acontece nos outros SA's.
O que é mais curioso é que gestores dos SA's com dois anos de experiência e com bons resultados foram substituídos, em muitos casos, por outros sem experiência alguma na área. Porquê? Que dizem a isto os AH's e a APAH?
Os AH Falam tanto em Gestão
Os colegas Parecem que desconhecem a competencia dos colegas para a actividade da Gestão hospitalar
Tenho pena que muitos falem em gestão dada a situação dos hospitais.
podia dar muitos exemplos de que se mamtem no passivo quando deveriam passar para o activo
O texto do Dr. Delgado é clarificador.
Correia de Campos sem mudar coisíssima nenhuma em relação à Administração Hospitalar sossegou a APAH com algumas nomeações.
E. aí temos o seu presidente a expressar a sua satisfação com a Governação.
Justifica-se a incapacidade de fazer algo com os tempos que aí vêm.
É certo que a APAH também não tem um projecto de modelo de gestão e de carreira a defender, refugiando-se em qualquer coisa de vago como a constituição de um corpo de competências.
Dado que o fim da carreira é um dado adquirido para que nos serve a APAH?
Serviu para servir os interesses de alguns associados quie pelos vistos são a "gente do professor".
A capa da revista da APAH é bem ilucidativa: braços cruzados porque o ordenado está garantido.
Então a ENSP vai lançar um Mestrado de gestão em saúde? Para quê? Os AH's vão ficar no desemprego? E para quê uma licenciatura em ciências de saúde pública? Então não são também os AH que sabem dessas coisas? Não basta dar a pós-graduação a um qualquer licenciado para que ele seja o maior em matéria de saúde?!
Quem se surpreende com a nova (?) postura de Manuel Delgado? Só os distraídos. Não acompanharam todas as suas tentativas para que LFP lhe desse um lugar, designadamente no CA do Centro Hospitalar de Lisboa? Não repararam que por isso e sobretudo por isso MD estrebuchou...estrebuchou...estrebuchou... Criticou os SA's...mas agora não enjeitou uma nomeação?!
ISTO É QUE É TRABALHAR?!
Senhores comentadores vamos ficar por aqui porque são quase 9 h e 30m e é tempo de irmos ao trabalhinho. Ou seremos todos médicos...e só lá para as 10 h é que arrancamos?!
Isto é simples de resolver:
1. Acabe-se com esta carreira moribunda, todos os seus mecanismos estruturantes foram desmantelados ao longo dos anos e já não se justificam no actual contexto do mercado de trabalho. Se não há progressão nem ingressos, porque existe ainda carreira de AH?
2. A forma de associação e de garante profissional dos AH deveria ser uma ordem. Todos, para exercer a profissão, deveriam estar inscritos e ser aceites na Ordem dos Gestores em Saúde.Não me venham com essa estória dos "somos poucos" porque já vamos no 35º Curso e para além disso há por aí muita gente com relevância e visibilidade suficiente que garantisse o elan necessário.
3. A nossa formação deveria possuir um espectro mais alargado. Hoje não se justifica formar Administradores Hospitalares, mas sim Gestores em Saúde. Quem vai gerir as recém impulsionadas ULS ? Quais as nossas competências/ formação ao nível dos Cuidados Familiares ?
4. Abra-se a possibilidade de integração de outros membros com formação específica em gestão de saúde, nomeadamente ao ISCTE. Nessa Ordem só deveria entrar quem fosse Mestrado. O Curso de AH da ENSP deveria ser equiparado a Mestrado (com as alterações que aí vêm do Tratado de Bolonha não se vislumbra outro caminho).
5.Acabe-se com o quadro único. Criem-se lugares específicos nos quadros dos Hospitais. A progressão poderia passar por um selo de qualidade da Ordem, que deveria também ocupar-se da formação continua dos seus profissionais.
6. A formação deverá ser orientada para as áreas produtivas, não para os serviços hoteleiros, aprovisionamento, financeiros, etc. Para isso existem os técnicos superiores. A nossa mais valia e especificidade reside na produção.
7. Como forma de garantir âmbito de actuação, todos os documentos de carácter estratégico e organizacional produzidos nas unidades de saúde (público, privadas, mistas) deveriam ter a assinatura de um membro da ordem (seu responsável), estou a falar dos contratos e orçamentos programas, contas de gerência, planos de actividades, projectos de investimentos, reorganização de serviços, etc.
Caros SA´s.
A seguir regaladamente o debate dos AH.
Nós não temos nada a esconder.
E não temos problema de discutir as nossas questões em público.
Não está em causa a competência dos AH formados pela ENSP. Ela será sempre superior a qualquer SA, por mais pintado que o seja.
Também não pomos em causa a competência dos colegas nomeados.
O que acontece é que há outro grupo de AH que anos a fio tem assumido grandes responsabilidades nos HH e que em muitos casos tem assegurado o funcionamento do sistema.
Esses, porque não têm tempo para a aparecer nos eventos sociais, que são tímidos como diz o presidente da APAH, vivendo na grande maioris fora de Lisboa, não são considerados a "gente do professor" e portanto fazem parte do rol dos esquecidos.
Caros SA aproveitem os novos cursos da ENSP para adquirir as competencias necessárias para o exercício da Administração Hospitalar.
Como no futuro todos seremos Gestores Hospitalares atépoderão passar por AH e solicitar a inscrição na APAH estará preparada para vos receber de braços abertos.
Peço desculpa, mas esqueci-me do ponto 8. Por favor! Por muito relevante que seja o contributo científico e as vantagens decorrentes da multidisciplinariedade de conhecimentos, acho que quem tem formação base em Filosofia, Engenharia Agrícola ou Arquitectura deveria seguir o seu caminho (...não me interessa o que se faz nos EUA). O CEAH é um curso pós-graduado, não faz milagres.
E eu que estava convencido de que os AH's tinham o Mestrado! Afinal não. E um mestrado administrativo até dava jeito?! Já agora porque não o doutoramento "honoris causa".
Quanto ao Ricardo faça comigo um simples raciocínio: será que pessoas com larga experiência de gestão empresarial, outras com larga experiência de Administração Pública (dirigentes e técnicos superiores) depois de estarem dois anos e uns meses nos SA's estão menos habilitados para continuar a gerir hospitais do que AH's? Serão assim tão burros que em mais de dopis anos não adquiriram tantos conhecimentos específicos como os que os AH's se arrogam?
Pois...é que eu conheço vários AH's que foram meus colegas e sabe: são autênticos desastres!
E você também os conhece (a alguns deles e a outros).
Quem tem uma revista como a "Gestão Hospitalar" tem tudo.
Tirando um ou outro artigo, algumas entrevistas, tudo o mais é espampanante e piroseira da pesada.
Recomendações para desportos radicais a requererpreparação do ginásio patrocinador. Publicidade por toda a revista. Há que pagar a edição.
Lamentamos que o Dr. Poole da Costa tenha deixado de fazer editoriais. Era a verdadeira alma da revista. Deixámos de poder acompanhar as suas idas de fim de semana ao MET para desanuviar do stress hospitalar. Deve andar assoberbado de trabalho nas suas novas funções em Santa Maria.
Depois de ter lido o editorial do Dr. Delgado não pude deixar de sentir orgulho por ser AH. Quem tem umpresidente assim, pronto a sacrificar tudo pela causa.
A sua satisfação pela acção Governativa do CC é caricata.
Não há uma palavra sobre o modelo de gestão, apenas recomendações aos colegas AH para não levantarem ondas senão pode ainda ser pior.
Pior era difícil.
A junçãodo editorial do MD com os cinco tópicos do Vivóporto é feliz.
Dá para ver como é grande a distância que separa actualmente o presidente da APAH de alguns AH mais esclarecidos.
A APAH não tem qualquer trabalho feito sobre o modelo de gestão, sobre o modelo de carreira, um qualquer esboço de Código deontológico.
O que o MD gosta de fazer é "aparecer" como porta voz de um grupo profissional que ele afinal não conhece, em relação ao qual não tem qualquer projecto ou trabalho desenvolvido. O MD afinal é o presidente dos AH que vão aos eventos sociais, aos encontros, seminários reuniões, jornadas, e jantares de gestão.
A APAH tem cumprido exemplarmente a sua missão, ou seja, a promoção de uma clique que o CC se apressou a colocar nos lugares de topo dos HH. Alguns merecidamente.
Vou mandar emoldurar este editorial com a foto do MD.
Nas férias vou à terra dos meus pais. Vou colocar o referido quadro num palheiro que alberga vários animais que trabalham no campo.
Vamos a ver qual vai ser a reacção a semelhante artefacto.
A Inscrição correcta constante da capa da GH deveria ser:
Os Administradores Hospitalares não fazem nada!
Parece-me que chegados à situação de termos de ir para a praça («o mercado») oferecermo-nos, só nos resta o seguinte caminho:
1º Propor ao Presidente da APAH que convoque uma Assembleia Geral e se demita. Manifestamente, deixou de ter condições para se manter na Direcção da APAH;
2º Eleger-se uma nova Direcção constituída na sua totalidade por jovens AH (os que têm tudo a ganhar e nada a perder com uma postura mais proactiva;como AH senior continuarei a dar-lhes o maior apoio em prole da revitalização de uma profissão/carreira que já foi aliciante e deixou de o ser, diga-se em abono da verdade, por culpa dos próprios AH, em especial por aqueles que passaram pela Direcção da APAH: Lopes Martins, Varandas, Delgado e porque não, também, Nogueira da Rocha e o próprio CC.
3º Em última instância, deve contactar-se o PCP para lhes pedirmos umas dicas para o modo de negociar as condições de trabalho na praça, como se fazia antes no Alentejo (convém ir lendo, entretanto, o Até Manhã Camaradas!.
Parece-me que chegados à situação de termos de ir para a praça («o mercado») oferecermo-nos, só nos resta o seguinte caminho:
1º Propor ao Presidente da APAH que convoque uma Assembleia Geral e se demita. Manifestamente, deixou de ter condições para se manter na Direcção da APAH;
2º Eleger-se uma nova Direcção constituída na sua totalidade por jovens AH (os que têm tudo a ganhar e nada a perder com uma postura mais proactiva;como AH senior continuarei a dar-lhes o maior apoio em prole da revitalização de uma profissão/carreira que já foi aliciante e deixou de o ser, diga-se em abono da verdade, por culpa dos próprios AH, em especial por aqueles que passaram pela Direcção da APAH: Lopes Martins, Varandas, Delgado e porque não, também, Nogueira da Rocha e o próprio CC.
3º Em última instância, deve contactar-se o PCP para lhes pedirmos umas dicas para o modo de negociar as condições de trabalho na praça, como se fazia antes no Alentejo (convém ir lendo, entretanto, o Até Manhã Camaradas!.
«A credibilização e sustentabilidade da nossa profissão passa, pois, por um trabalho sério que culmine numa revisão da carreira de AH , e eventualmente, num papel mais activo da APAH no acompanhamento da respectiva gestão.»
100 % de acordo .
E a APAH, o que tem feito neste contexto ?
Criou um observatório da saúde em Portugal ?
Consultou os associados sobre os múltiplos factores que condicionam o reconhecimento da carreira pela actual e anterior tutelas ?
Estudou a viabilidade da criação de uma Ordem ?
Contribuiu para mediatizar as posições da APAH, como representante dos AHs, na reforma do SNS nas suas diversas vertentes ?
"Institucionalizou" relatórios trimestrais, semestrais ou anuais sobre a evolução do sector, com análises devidamente fundamentadas e sustentadas em evidência estatística ?
Trabalhou exercendo uma espécie de "magistratura de influência" no sentido de se posicionar como um "real player" no sector da saúde ?
Passou da "clandistinidade" para a "visibilidade" na opinião pública e publicada ?
Adoptou uma estratégia de influência por forma a poder exercer um legítimo lobbying de opinião/intervenção no sector ?
Tem a APAH tido uma acção suficientemente assertiva e pró-activa que contribua para o reconhecimento da missão/função dos AHs no sector da saúde ?
Certamente que terá dado alguns passos certeiros e necessários, mas ficamos com a sensação de que ainda haverá muito a fazer.
O princípio de Darwin também é ajustável às instituições, organizações e associações.
Aquelas que não se adaptam, morrem, paulatina mas seguramente...
Concordo com o que atrás foi dito.
Há que convocar uma Assembleia Geral e nomear nova Direcção.
Será necessário alguém avançar com um projecto bem delineado : modelo de gestão para os HH do SNS, modelo de carreira, proposta de criação/funcionamento de um observatório, elaboração de um código deontológico.
Gostaria de ver liderar este projecto o professor Sakellarides, integrando AH mais velhos como o Vivóporto, o Xavier, O Che e AH mais jovens e tantos outros que não vale a pena estar a enumerar.
Há que tomar decisões. O tempo urge.
Vamos tirar o Manuel Delgado dos Telejornais. Precisam-se caras novas. Descomprometidas.
Se nada fizermos, se não tomarmos a iniciativa, continuaremos neste processo de morte lenta.
70% na praça dos AH, nem para gerir empresas familiares fará Hospitais
Caro SA do comentário anterior.
Sabem qual é o vosso problema. É que os melhores SA não chegam aos calcanhares dos nossos piores AH.
Agora vejam bem os anos luz a que os AH razoáveis estão das vossas melhores vedetas.
Aproveitem a ENSP vai iniciar uma licenciatura este ano.
Daqui a meia dúzia de anos falamos.
Aliás vou propor a alguns colegas para criarmos uns cursos rápidos dirigidos aos SA.
A propósito sabem qual é o vosso código na nomenclatura dos GDHS (sabem do que estou a falar?)?
Código de field - 125.
A requerer intervenção cirúrgica.
Qual?
Lobotomia?
Antes que seja tarde!!!
Afinal será que é só garganta e post´s
Penso que já que os grisalhos não assumem, desafio os mais novos trintões e quarentões a liderar o processo.
Sindicato, ou ordem , apah anestesiada é que não , porra.
Já sou grisalho , mas acredito da força da vossa capacidade e dinâmica.
Vamos lá nós queremos o SNS e o SNS e os cidadãos precisam do nosso apoio e pró - actividade senão defina-se de forma triste e desprestigiante
Caro Lisboaearredores.
Tanta especulação por causa dos braços cruzados!
Então não se vê logo que é um gesto institivo para esconder a barriga.
Pegando na "coisa" de outra forma:
O professor Vasco Reis é director do Curso de AH e vai acumular, a partir do próximo ano, com o de director do Mestrado em Ciências da Saúde, que tem início este ano.
É professor na ENSP há 34 anos.
É conhecido e reconhecido por ser um brilhante investigador na área da gestão.
No tempo da outra senhora foi um dos jovens universitários que fizeram a marcha da Academia sobre Lisboa.
Além de tudo o mais é um excelente professor e um gajo porreiro.
Tem demonstrado também ser um homem extremamente corajoso, continuando a trabalhar que nem um desalmado, mesmo depois de fazer um AVC.
Como vê, meu caro, as aparências, aparudem.
Ao João Pedro
Você baralhou tudo!...
Não está em causa a pessoa do Prof. Vasco Reis...o que está em causa é a revista da APAH e a sua direcção.
Pecebe...meu querido (como diz a minha tiaaa...sustelo)
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