Despesa c/ Medicamentos
Primeiro Alerta.
De acordo com o Jornal Nacional, o Mercado Global (não inclui a despesa hospitalar) registou, no mês de Março, um crescimento da despesa com medicamentos de 19%, relativamente ao mês anterior, e uma variação homóloga de cerca de 9%. Isto apesar da recente redução dos preços de 6%, decretada unilateralmente pelo Governo.
De notar que no ano anterior a taxa anual de variação dos Encargos do SNS com medicamentos foi de 4,1% link e do mercado global de 4,2% link
De notar que no ano anterior a taxa anual de variação dos Encargos do SNS com medicamentos foi de 4,1% link e do mercado global de 4,2% link
Tentámos confirmar estes dados no site do Infarmed, sem resultado.
Porque é que estas informações são dadas em primeira mão através de canais privilegiados (neste caso, a TVI) e não através da entidade que faz o tratamento da informação (neste caso, o Infarmed) ?
5 Comments:
DIDI !
Relembrem as minhas previsões, aqui enenunciadas, para o crescimento do mercado de medicamentos em 2006...
CC não ficará na história pelos melhores motivos. Será um final de carreira muito triste, com derrotas em toda a linha.
A Indústria, como sempre, soube reagir com rapidez às medidas do Governo.
Com uma forte influência sobre a classe prescritora e com base nos blocbusters consegue realizar os seus objectivos de manter os seus lucros sempre ao mais alto nível, como aliás acontece noutros países da UE e USA.
In 2000 there were 36 blockbuster drugs (those that generate sales of $1 billion or more a year) on the global market. Today, according to research firm IMS Health, the number of blockbusters worldwide stands at 92. Those medicines were responsible for almost half of pharmaceutical market growth during 2005. And experts say the number of blockbusters is expected to keep rising over the next several years
Relativamente ao consumo de medicamentos, penso que se mantiver o actual modelo de receita médica, (o qual CC já admitiu que iria alterar)até ao fim do ano, os consumos em mercado ambulatório estarão controlados; Isto é o aumento do consumo e consequentemente os encargos o SNS será da mesma ordem de grandeza ou inferior à taxa de inflação.
A evolução dos consumos de um mês não são indicativos de uma tendência, já que o facto de haver mais ou menos dias úteis em meses homólogos, significa mais ou menos consumo. Este facto por exemplo inflacionou os consumos do mês de Março, (+9%)mas vai diminuir significativamente os consumos do presente mês de Abril; os meus indicadores indicam que em Abril haverá uma diminuição do consumo entre 7 a 9%, comparativamente a Abril de 2004;
O facto de haver mais pontes significa menos consultas por parte dos médicos, e parte do doentes fora do seu local de aquisição; e consequentemente um diferimento no acto de aviamento por parte dos utentes crónicos, que são os que mais pesam em termos de orçamento.
Se CC mudar o modelo de receita médica vai contudo dar um “tiro no pé”!!! isto porque:
1-O modelo de receita médica criado por LFP que permitiu a contenção do aumento dos custos, primeiro por dar a opção ao utente de optar pelo medicamento genérico, no caso do médico autorizar ou não se opor, à substituição.
2- A maioria de substituições ocorre não por autorização activa do médico, mas sim por não oposição do clínico.
No sistema actual se o médico prescreve por exemplo: Fosamax 4 comprimidos (PVP 37 €) e não põe a cruzinha no “autorizo a substituição” nem no“ não autorizo” o utente poderá optar ou não pela substiuição pelo seu genérico.(PVP 24 €) Um utente do SNS pagará respectivamente 20,4 € se optar pelo Fosamax ou 7,4€ se optar pelo genérico)
No modelo que se pretende implementar se o médico não colocar cruz nenhuma o utente é obrigado a levar o Fosamax obrigatoriamente sendo penalizado em 275%???,;
Imaginem a justeza desta medida para um reformado com uma reforma de 400 €;
Cumprimentos
Caro EF
Não se falou em tendência mas sim em alerta.
Trata-se de um pico mensal preocupante dadas as circunstâncias em que ocorreu.
Será importante apurar as substâncias que mais influênciaram este aumento.
O comportamento dos prescritores continua (e continuará) a ditar a sorte destes aumentos.
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