Os Idosos contam quanto ?
Monet, Ponte de Argenteuil
Agradeço vivamente os comentários e opiniões recebidas, nomeadamente do Lisboaearredores e Xavier, destinatários principais deste pequeno post.
A – Relembrando
Lembrei então que não devíamos concluir mais que os próprios estudos – ex. alguns traduzem o efeito no internamento e não no total das despesas de saúde – e que, sendo os estudos contextualizados, a extrapolação para outras realidades poderá ser perigosa. (note-se, por ex., que em Portugal os medicamentos representam 25% da despesa de saúde e a “responsabilidade” dos idosos deve aqui ser muito elevada)
Não contestei a validade dos estudos que indicam que a contribuição da idade isoladamente (demografia) para o crescimento das despesas era reduzida face a outros factores: inovação tecnológica (cf. citação do Xavier, novidades em ”...medicamentos, intervenções cirúrgicas e técnicas de diagnóstico”); efeito rendimento; efeito aumento dos preços dos actos; etc. Pelo contrário, citei um desses estudos que mais claramente explicita uma realidade óbvia: pelo efeito cumulativo da demografia (idade apenas), da inovação tecnológica e da frequência de actos os idosos representam uma fatia elevada, com tendência para crescer muito mais depressa que o total das despesas de saúde. Nos EUA o peso das despesas de saúde dos maiores de 65 anos no PIB duplicaria de 1995 para 2020 – apesar da % de idosos não ser elevada (evolui de 12,4% em 2003 para 14,5% em 2015). Diversas variáveis interagem de modo não coincidente mas produzem o mesmo resultado: a despesa com idosos aumenta mais que o total e quanto maior for a % de idosos maior será a despesa de saúde do país.
O que tentei descrever no referido comentário foi bem resumido pelas palavras certeiras do Lisboaearredores: o crescimento das despesas com idosos “não é demográfico, é sim de aumento da capacidade de aumentar a longevidade e a qualidade de vida a custos cada vez maiores e de cada vez mais idosos terem acesso a esses cuidados (a que normalmente se dá o nome de progresso tecnológico e melhor acesso)”.
Todos ficamos satisfeitos quando a despesa de saúde se faz com pouco desperdício, isto é, a aplicação de recursos do sistema de saúde traduz um verdadeiro investimento para a Sociedade porque melhora os resultados em saúde (maior nº de anos de vida livre de doença ou maior qualidade de vida para os mesmos anos) usando os recursos necessários (apenas).
No comentário que aqui tinha postado penso que ficou provado que o nosso sistema de saúde revelava (face ao PIB): escassez de resultados; pouca eficiência; pouca produção nalgumas “tecnologias”. Se existe deficiente acesso e subconsumo em actos e serviços destinados sobretudo a idosos (ex. cataratas, cuidados continuados e paliativos) então previsivelmente as despesas com idosos aumentarão sensivelmente no futuro (“contarão” ainda mais) – esta conclusão é ainda reforçada pelo aumento futuro do peso de idosos previsto pelo INE, como veremos.
B – Informação e sua utilidade
A informação não vale por si mas apenas pelos efeitos/resultados que permite. Qual é a importância de concluirmos que a idade conta muito, considerando os efeitos cumulativos (globalmente)?
Deixo aqui duas notas sobre o tema em causa, uma de comparação com os EUA outra de medidas a tomar.
1ª Os EUA nesta matéria apresentam as seguintes diferenças face a Portugal, donde efeito menos drástico dos idosos no crescimento da depesa de saúde futura:
i) Têm muito menor % de idosos (em 2003 tinham 12,4% nós 16,7%) e todos os anos lhe chega um enorme contingente de imigrantes (idade menor que a média, natalidade superior à do país receptor) – assim o crescimento da % de idosos é ligeiro, o que não será o caso de Portugal;
ii) O internamento hospitalar tem vindo a cair consistentemente substituído por ambulatório (hospitalar e não hospitalar), apresentando os HH demoras médias baixas e taxas de ocupação fracas (donde não ser problemático o simples efeito do envelhecimento na capacidade do internamento) – a substituição por cuidados leves e outros não agudos já se deu há muito e está consolidada;
iii) Pela rápida difusão de tecnologia e porque o Medicare paga a quase totalidade dos cuidados, os EUA apresentam níveis elevados de consumo de cuidados dos maiores de 65 anos, sendo possível evitar grandes crescimentos através de maior controlo da inapropriação. Portugal com subconsumo (ou sem acesso) pode esperar crescimento significativo;
iv) Nos medicamentos apesar da rápida difusão existente nos EUA o sistema não permite tanto desperdício como em Portigal, daí que os efeitos possam não ser tão importantes no futuro;
2ª Considerando o previsível crescimento das despesas em Portugal o que se poderá fazer?
i) Valorizar o crescimento recente da despesa em saúde em função do peso dos idosos e das melhorias de acesso que foram sendo introduzidas (ex.s: difusão de alta tecnologia, programa de listas de espera, inovações em medicamentos + prática de custo zero para crónicos). Por exemplo quando comparamos a Coreia com Portugal (níveis de desenvolvimento semelhantes ) o que vemos (2003 e OCDE)?
Coreia (Vs. Portugal): tem esperança de vida à nascença de 76,9 (nós 77,3); gasta em saúde 5,6% do PIB (nós 9,6%); Mas tem apenas 8,3% maiores de 65 anos; Portugal 16,7% (valor acima da média da UE).
ii) Avaliar cuidadosamente as projecções demográficas e intervir, na medida do possível, para que sejam introduzidos incentivos que permitam melhorar as perspectivas futuras: o INE prevê que em 2050 os maiores de 65 anos representarão mais de 30% (melhor cenário) e que haverá redução da população activa (10%).
iii) Prevenir custos incomportáveis futuros:
– Tanto quanto possível actuar na promoção de saúde e prevenção de doença, privilegiar os cuidados primários e os cuidados não agudos;
– Reformular a rede hospitalar e expandir significativamente a produção de actos em ambulatório programado (CE, HD, CA e MCDT), dentro de coordenação de cuidados e a partir de encaminhamento/controlo pelos médicos de família;
– Regular cuidadosamente a difusão de tecnologia (novos meios de diagnóstico e tratamento, medicamentos) de modo a permitir o máximo acesso mas garantindo apropriação e evitando a multiplicação de serviços que se comportam apenas como “fábricas de actos”, a pagar pelo erário público (SNS e outros Subsistemas);
– Combater o desperdício e a despesa injustificada/ineficaz no SNS para permitir a expansão do acesso a cuidados e tecnologias a todos os que delas carecem (investir siginificativamente na organização e gestão do sistema, incluindo na área da qualidade);
– .....
Agradecimento: Nós aprendemos através de leitura, diálogo, observação, prática e experimentação (“tentativa e erro”). Pela minha parte muito beneficiei com a interacção neste tema (leitura dos artigos científicos disponibilizados, reflexão e diálogo com pessoas com muito nível). Muito obrigado por isso.
A – Relembrando
Lembrei então que não devíamos concluir mais que os próprios estudos – ex. alguns traduzem o efeito no internamento e não no total das despesas de saúde – e que, sendo os estudos contextualizados, a extrapolação para outras realidades poderá ser perigosa. (note-se, por ex., que em Portugal os medicamentos representam 25% da despesa de saúde e a “responsabilidade” dos idosos deve aqui ser muito elevada)
Não contestei a validade dos estudos que indicam que a contribuição da idade isoladamente (demografia) para o crescimento das despesas era reduzida face a outros factores: inovação tecnológica (cf. citação do Xavier, novidades em ”...medicamentos, intervenções cirúrgicas e técnicas de diagnóstico”); efeito rendimento; efeito aumento dos preços dos actos; etc. Pelo contrário, citei um desses estudos que mais claramente explicita uma realidade óbvia: pelo efeito cumulativo da demografia (idade apenas), da inovação tecnológica e da frequência de actos os idosos representam uma fatia elevada, com tendência para crescer muito mais depressa que o total das despesas de saúde. Nos EUA o peso das despesas de saúde dos maiores de 65 anos no PIB duplicaria de 1995 para 2020 – apesar da % de idosos não ser elevada (evolui de 12,4% em 2003 para 14,5% em 2015). Diversas variáveis interagem de modo não coincidente mas produzem o mesmo resultado: a despesa com idosos aumenta mais que o total e quanto maior for a % de idosos maior será a despesa de saúde do país.
O que tentei descrever no referido comentário foi bem resumido pelas palavras certeiras do Lisboaearredores: o crescimento das despesas com idosos “não é demográfico, é sim de aumento da capacidade de aumentar a longevidade e a qualidade de vida a custos cada vez maiores e de cada vez mais idosos terem acesso a esses cuidados (a que normalmente se dá o nome de progresso tecnológico e melhor acesso)”.
Todos ficamos satisfeitos quando a despesa de saúde se faz com pouco desperdício, isto é, a aplicação de recursos do sistema de saúde traduz um verdadeiro investimento para a Sociedade porque melhora os resultados em saúde (maior nº de anos de vida livre de doença ou maior qualidade de vida para os mesmos anos) usando os recursos necessários (apenas).
No comentário que aqui tinha postado penso que ficou provado que o nosso sistema de saúde revelava (face ao PIB): escassez de resultados; pouca eficiência; pouca produção nalgumas “tecnologias”. Se existe deficiente acesso e subconsumo em actos e serviços destinados sobretudo a idosos (ex. cataratas, cuidados continuados e paliativos) então previsivelmente as despesas com idosos aumentarão sensivelmente no futuro (“contarão” ainda mais) – esta conclusão é ainda reforçada pelo aumento futuro do peso de idosos previsto pelo INE, como veremos.
B – Informação e sua utilidade
A informação não vale por si mas apenas pelos efeitos/resultados que permite. Qual é a importância de concluirmos que a idade conta muito, considerando os efeitos cumulativos (globalmente)?
Deixo aqui duas notas sobre o tema em causa, uma de comparação com os EUA outra de medidas a tomar.
1ª Os EUA nesta matéria apresentam as seguintes diferenças face a Portugal, donde efeito menos drástico dos idosos no crescimento da depesa de saúde futura:
i) Têm muito menor % de idosos (em 2003 tinham 12,4% nós 16,7%) e todos os anos lhe chega um enorme contingente de imigrantes (idade menor que a média, natalidade superior à do país receptor) – assim o crescimento da % de idosos é ligeiro, o que não será o caso de Portugal;
ii) O internamento hospitalar tem vindo a cair consistentemente substituído por ambulatório (hospitalar e não hospitalar), apresentando os HH demoras médias baixas e taxas de ocupação fracas (donde não ser problemático o simples efeito do envelhecimento na capacidade do internamento) – a substituição por cuidados leves e outros não agudos já se deu há muito e está consolidada;
iii) Pela rápida difusão de tecnologia e porque o Medicare paga a quase totalidade dos cuidados, os EUA apresentam níveis elevados de consumo de cuidados dos maiores de 65 anos, sendo possível evitar grandes crescimentos através de maior controlo da inapropriação. Portugal com subconsumo (ou sem acesso) pode esperar crescimento significativo;
iv) Nos medicamentos apesar da rápida difusão existente nos EUA o sistema não permite tanto desperdício como em Portigal, daí que os efeitos possam não ser tão importantes no futuro;
2ª Considerando o previsível crescimento das despesas em Portugal o que se poderá fazer?
i) Valorizar o crescimento recente da despesa em saúde em função do peso dos idosos e das melhorias de acesso que foram sendo introduzidas (ex.s: difusão de alta tecnologia, programa de listas de espera, inovações em medicamentos + prática de custo zero para crónicos). Por exemplo quando comparamos a Coreia com Portugal (níveis de desenvolvimento semelhantes ) o que vemos (2003 e OCDE)?
Coreia (Vs. Portugal): tem esperança de vida à nascença de 76,9 (nós 77,3); gasta em saúde 5,6% do PIB (nós 9,6%); Mas tem apenas 8,3% maiores de 65 anos; Portugal 16,7% (valor acima da média da UE).
ii) Avaliar cuidadosamente as projecções demográficas e intervir, na medida do possível, para que sejam introduzidos incentivos que permitam melhorar as perspectivas futuras: o INE prevê que em 2050 os maiores de 65 anos representarão mais de 30% (melhor cenário) e que haverá redução da população activa (10%).
iii) Prevenir custos incomportáveis futuros:
– Tanto quanto possível actuar na promoção de saúde e prevenção de doença, privilegiar os cuidados primários e os cuidados não agudos;
– Reformular a rede hospitalar e expandir significativamente a produção de actos em ambulatório programado (CE, HD, CA e MCDT), dentro de coordenação de cuidados e a partir de encaminhamento/controlo pelos médicos de família;
– Regular cuidadosamente a difusão de tecnologia (novos meios de diagnóstico e tratamento, medicamentos) de modo a permitir o máximo acesso mas garantindo apropriação e evitando a multiplicação de serviços que se comportam apenas como “fábricas de actos”, a pagar pelo erário público (SNS e outros Subsistemas);
– Combater o desperdício e a despesa injustificada/ineficaz no SNS para permitir a expansão do acesso a cuidados e tecnologias a todos os que delas carecem (investir siginificativamente na organização e gestão do sistema, incluindo na área da qualidade);
– .....
Agradecimento: Nós aprendemos através de leitura, diálogo, observação, prática e experimentação (“tentativa e erro”). Pela minha parte muito beneficiei com a interacção neste tema (leitura dos artigos científicos disponibilizados, reflexão e diálogo com pessoas com muito nível). Muito obrigado por isso.
Semisericórdia
Etiquetas: Semisericórdia
7 Comments:
Quero agradecer ao semmisericórdia :
a) - mais este excepcional texto;
b) - os ensinamentos que nos tem proporcionado;
c) - a humildade e elevação com que tem lidado com todos nós, apanágio de quem previligia o cultivo do espírito.
Um grande abraço
Victor Moreira
Concordo com o muito que se tem escrito sobre esta matéria.
Acho no entanto que os idosos começam a ser "demasiado" utilizados para explicar os custos dos sistemas de saúde. Tal como os funcionários públicos são o bode expiatório para as despesas da Adminstração Pública (esquecendo-se quase sempre as despesas que estão para lá dos salários) também os idosos, que já são os grndes responsáveis pela "falência" da Segurança Social, são agora "chicoteados" (permita-se-me esta expressão forte) com as despesas da saúde.
É evidente que são uma parte significativa dos "consumidores" de saúde. Mas serão mesmo a mais importante?
Quanto custa hoje um "nascimento" desde as muitas consultas de planeamento familiar, às consultas e consumo de medicamentos e MCDT's durante a gravidez, até ao parto e cuidados neo-natais?
Temos além do mais este tributo a pagar àqueles que, com os seus contributos durante uma vida de trabalho, possibilitaram que o Estado-Providência chegasse até aos dias de hoje, com todos os seus defeitos mas...com elevadas virtudes.
Eu sei, e dirão alguns,não se trata de "culpar" os idosos. Nem é a sua defesa que aqui quero fazer. O que me parece é que os "estudos" carecem de alguma precisão. E felizmente, como sabemos, já há quem aponte para uma certa inversão (ou pelo menos estabilização da situação) porque nas próximas décadas se farão sentir também os efeitos do "esgotamento" da geração do "baby boom".
Nas próximas duas décadas, continuaremos certamente a ter pessoas mais idosas mas, globalmente e em termos de "taxa de substituição dos idosos" a situação actual será alterada. As taxas de natalidade parecem estar estabilizadas e os idosos do baby boom chegarão a uma acentuada fase de fim das suas vidas. Por causa naturais, a pirâmide de idades tenderá a tornar-se "cilíndrica" (?) com reflexos nos custos de saúde associados ao grupo dos idosos.
Os exemplos seleccionados pelo semmisericórdia são muito ilustrativos para a focalização do nosso problema.
Entre nós o problema dos idosos tem uma forte incidência na despesa com medicamentos.
Nesta área penso que o Estado gasta mal o seu dinheiro e utentes acabam também por suportar muitos dos custos.
Tomar decisões em relação a este problema é deveras complexo.
Estudos de avaliação económica para decidir as comparticipações e descomparticipação dos medicamentos que comprovadamente não apresentem resultados terapêuticos.
Racionalizar a utilização das camas hospitalares parece-me outro passo importante.
O Estado devia estudar também a articulação/fiscalização rigorosa da maioria dos lares, muitos com mensalidades elevadíssimas, e sem condições para manutenção de um sistema de assistência capaz, transferindo abusivamente essa responsabilidade para o serviço público (mantendo a cobrança dos utentes).
Uma pequena nota sobre a colaboração do nosso colega semmisericórdia para lhe agradecer os primorosos textos, a oportunidade que nos tem dado de aprendermos com a demonstração do método como se devem abordar os problemas.
Principalmente pelo novo espírito que tem introduzido neste blog muito distante de muitas intervenções matraqueiras que por aqui se repetiram demasiadas vezes.
Efectivamente, desde que o semmisericórdia se tornou mais assíduo areja por aqui um vento bom.
A SaudeSA vem denotando ultimamente uma certa condescendência com este ministro.
Parece haver uma grande confusão com os últimos dois comentários.
O projecto de cuidados continuados recentemente anunciado pelo Governo é para dar cobertura aos idosos. Não é para tirar nada. Trata-se de adequar às necessidades de cuidados dos idosos.
Caro Semmisericórdia,
Li a sua observação ao meu comentário e não vejo em que as minhas referências aos custos em saúde dos idosos estejam erradas. Talvez da sua leitura não tenha ficado claro o que escrevi.
Na verdade acho que uma coisa é falarmos das despesas de saúde com idosos na sua globalidade, outra é falarmos na despesa média por idoso (durante o seu ciclo de vida (a partir dos 65 anos) e é aí que me parece que feitas bem as contas, talvez a diferença em relação às crianças e jovens não seja tão significativa.
Mas, dir-se-á: os idosos são muitos e vivem cada vez mais. É verdade.
Porém, como parece referir a OCDE, não existe uma relação clara entre as despesas de saúde de um país e a esperança média de vida desse mesmo país.
A minha reflexão é no entanto outra: a geração do "baby boom" está hoje em idade já relativamente avançada e, consequentemente, caminhamos a passos largos para o desaparecimento dessa geração. Ora os que os vão substituir na faixa etária dos idosos serão também em menor número (dado o decréscimo das taxas de natalidade nas últimas décadas) e por isso a inversão da pirâmide de idades tenderá a desaparecer ou, pelo menos a esbater-se. Com isso reduzir-se-á, pelo menos em relação à situação actual, o peso das despesas de saúde com os idosos.
Também conheço o estudo do INE. E tenho as minhas reservas: desde logo em relação a previsões a 50 anos; depois quando se admite uma oscilação tão grande (190 a 398) para o Índice de Envelhecimento, fico com dúvidas sobre o rigor do estudo.
Ou melhor, a projecção só não estará errada porque é tão tolerante quanto aquela oscilação (possível).
Mas, o que me parece evidente é que mais década, menos década, (duas a três décadas) teremos esgotada a geração do "baby boom" e por mais projecções que se façam, essa é uma certeza a ter em conta.
Não sei se ouviu, ontem (5ª feira) a Grande Entrevista ao Ministro António Costa (RTP1). Na verdade, a propósito do esgotamento do Fundo de Estabilização Financeira da SS, ele referiu exactamente que a evolução futura dos idosos será influenciada pelo desaparecimento daquela geração.
Julgando ficar mais claro o meu pensamento, aceite um abraço...
Caro Semmisericordia,
Valeu a pena.
Um abraço.
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