quarta-feira, outubro 11

CC não desilude


Tudo corre como orçamentado / programado.
"A lo mejor", dir-se-ía, caso não tivesse havido 1º de Dezembro.
Com tanto rigor, com tamanho comprometimento com as metas traçadas pelo colega das Finanças, não será de estranhar que, para 2007, CC tenha de se (nos) governar com menos 2% do valor de 2006.
Aposto que o conseguirá.
Com igual rigor e transparência.
Como já afirmei antes (ou insinuei), a criatividade não é património exclusivo de gestores (ou Ministros) do PSD...
Bem hajas, António Fernando!
Depois manda-nos um postal com a imagem dos restos do SNS, vale?
Raven

4 Comments:

Blogger tonitosa said...

A informação sobre o Estado da Saúde/SNS vai chegando a conta-gotas e à medida de um estratégia traçada pela equipa governativa.
Num dia anunciam-se encerramentos de serviços, no outro apresentam-se os dados financeiros garantindo-se que representam uma boa gestão, no outro anunciam-se as "taxas de penalização", no outro ainda aborada-se o valor daquelas taxas, etc.
Mas informação sobre produção dos HH e CS ou não existe ou é demasiado escassa.
Veja-se o exemplo dos relatórios e contas dos Hospitais EPE: apenas metade dos mesmos foram até agora divulgados.
CC foi à Comissão Parlamentar de Saúde apresentar dados financeiros, garantindo que as despesas de saúde estão controlados e que não haverá derrapagem no orçamento.
Falta saber na verdade os dados da produção. E ao que se sabe, em alguns dos maiores HH os custos com MCDT aumentaram e muito.
E consta que também a "contabilidade criativa" vai "fugindo" à especialização de exercícios, nomeadamente quando se trata dos descontos de quantidade na compra de medicamentos e material de consumo clínico.
Na verdade temos que admitir a boa-fé de CC mas pode muito bem acontecer que a informação que chega(?) ao seu Gabinete não seja fiável!
Ou não fôssem conhecidas as insuficiências e "ineficácia" dos SI's do SNS e particularmente dos HH.

12:40 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Ainda a propósito deste post sob o título "CC não desilude" tenho por oportuno referir mais um CASO DA VIDA REAL (pode ser mandado confirmar por quem nisso tiver (deve ter) interesse.
Na verdade em Abril de 2006 foi apresentada (mais numa vez com a pompa requerida) a designada "Rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde e Apoio Social".
E a esta matéria se referiu o Senhor Ministro da Saúde na apresentação que fez à CPS, nos seguintes termos:

"E estamos, finalmente,... a celebrar protocolos para cuidados a idosos e dependentes, nomeadamente em cuidados paliativos, área até aqui quase desprezada pelo SNS, aliviando as famílias de uma carga material e emocional tantas vezes incomportável."
E convenhamos que esta é uma IDEIA louvável. Mas o que se vai passando na vida real é bem diferente. Cito o exemplo: No Porto, mais precisamente no Bairro da Fonte da Moura, Rua de Angola, um casal de idosos - ele quase com 95 anos e ela com cerca de 75 anos - encontram-se extremamente doentes e totalmente dependentes. E só com ajuda (é possível ainda retirá-los das respectivas camas e colocálos em cadeiras de rodas. Um e outro passam assim os dias num 4º andar de uma pequena habitação que partilham com o filho, a nora e um ou dois netos netos.
Pois bem, no início do ano a nora que deixou de trabalhar para poder cuidar destes doentes (estando praticamente enclausurada com eles na precária habitalção que nem sequer tem elevador), pediu o subsídio complementar para apoio de 3ª pessoa. Passaram todos estes meses e do pedido, pelo mesno até há cerca de três semanas, nem notícias tinham.
É esta a melhoria de cuidados anunciada pelos Minsitros da Saúde e Segurança Social?
Creio que não. E neste como noutros casos alguém está a falhar.

1:04 da manhã  
Blogger Clara said...

CC tenta vender a mercadoria.
Há muita gente que compra sem saber.
Não é o nosso caso.

É evidente que continua a haver muita falta de transparência e de informação fiável e actualizda.

O próprio ministro ainda recentemente se viu confrontado com informação contraditória sobre os gastos com medicamentos.
Isto apesar de ter anunciado, todo lampeiro, que tinha posto a funcionar uma intranet no MS com toda a informação dos hospitais.
Gostava de ver!

A apreciação das medidas de CC têm de ser vistas do ponto de vista da produção de cuidados e do comprometimento da qualidade que se tem registado.
A informação sobre o corte de medicamentos mais caros é um dos dados preocupantes que dão testemunho desta baixa.

Olha-se a aquisição dos farmácos como de cebolas se tratasse.
Esquece-se que medicamentos mais baratos podem significar mais riscos de toxicidade, redução de eficácia e portanto, afinal, custos mais elevados.
O economicismo é cego.

1:34 da manhã  
Blogger saudepe said...

CC é bom para tratar os problemas do défice, não para tratar de doentes. Se não é ver como vai a lista de espera dos hospitais.
Inexplicavelmente anda toda a gente calada sobre este problema.

Correia de Campos para o Ministério das Finanças. JÁ !

9:13 da manhã  

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