sábado, junho 21

"Médicos Espanhóis


Estão a abandonar o interior do país", JP, 17.06.08, Carlos Dias
Mais um título a regalar o director do Jornal Público, José Manuel Fernandes. link

Qual a dimensão deste fluxo migratório, objecto de análise do articulista?

Terá havido um pico de imigração de profissionais de saúde de Espanha entre 2003 e 2004 (2.400 médicos e 1.500 enfermeiros). A partir de 2005, este número estabilizou em cerca de 2.800 profissionais (1.800 médicos e cerca de 1.000 enfermeiros).
Segundo dados do MS, na ARS do Norte (hospitais e centros de saúde), exercem actualmente funções 93 profissionais espanhóis, tendo saído sete desde Janeiro. Na ARS do Alentejo (hospitais e centros de saúde) exerciam actividade a 31 de Dezembro, 134 profissionais, dos quais 99 médicos. Actualmente, há 140 profissionais, dos quais 102 médicos. Quanto à ARS do Algarve, exercem funções actualmente 123 médicos» espanhóis, tendo saido 11 médicos hospitalares desde Janeiro. Não se registou nenhuma saída de profissionais espanhóis dos centros de saúde.
link
Podemos, pois, concluir que a oportunidade do trabalho do jornalista do JP, chegou-nos com quatro anos de atraso.
De qualquer forma, devemos encarar como natural, para lá das dificuldades que nos coloca, este regresso a casa dos profissionais de saúde espanhóis, face à escassez desta mão de obra do país vizinho o que obriga as autoridades espanholas a aliciar médicos e enfermeiros.
Por outro lado, a forma como encaramos esta “intromissão” dos profissionais espanhóis no nosso mercado de trabalho nem sempre é a mais correcta. Para lá das conhecidas intervenções das várias corporações da saúde, ainda recentemente Sousa Santos, presidente do CA do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, deixava cair mais esta crítica amarga: “Pagamos 3.000 euros para os aguentar (aos médicos espanhóis), (enquanto os da carreira) têm de suar as estopinhas (para ganhar o equivalente).

5 Comments:

Blogger e-pá! said...

Quando da criação da UE e da livre circulação de trabalhadores, recordamo-nos dos anos 50 e 60 e das fugas "a salto", com " la valise de carton"...
Trabalhadores sem qualificação (operários não espacializados) que se sujeitavam a tudo para inverterem o curso da vida. Da própria vida e da dos que cá tinham ficado ansiosos e preocupados, penando uma existência terceiro-mundista.

Esta emigração transformou-se.
Hoje mais qualificada e incide em profissionais da indústria hoteleira, da construção civil (especializados) e mudou de rumo. Vai para o Reino Unido, Países Escandinavos e mantêm o Luxemburgo.
Provavelmente começará a diminuir na Suiça, que estando fora da UE, pode contingentar.

Mas as mais recentes migrações dizem respeito a técnicos qualificados, em diversas áreas: saúde, investigação básica, investigação cientifica aplicada, etc.
São os "bolseiros sem retorno" que se governam nos Países de formaação, outros circulam na EU e USA, mas quando estão por cá, vieram dar uma conferência...

Outros técnicos como, médicos, engenheiros, professores , economistas, gestores, a sua situação é, fundamentalmente, definida pelo mercado, que se globalizou, ou para lá caminha.
Por esta razão, não compreendo a razão do espanto sobre o retorno dos médicos espanhóis...
Nos anos 80 e 90 a Espanha apresentava um excedente de médicos. Nunca se conheceram os números reais, mas “falava-se” em cerca de 20.000 médicos excedentários…
A administração pública espanhola (da Saúde) aproveitou-se desta situação e, em relação ao jovens médicos à procura de trabalho, para além de "desqualificá-los" socialmente e tecnicamente, começou a pagar-lhes mal (em relação a Portugal não tão mal), a libertar-lhes pequenas “plazas” de 2 ou 3 horas que não permitiam qualquer tipo de fixação geográfica ou laboral.
Nesta altura, começou uma intensa migração de médicos espanhóis para a América Latina, nomeadamente para a Argentina.
Entretanto, dificultavam-se as provas de acesso a Medicina, o que têm motivado intermináveis polémicas, normalmente incriminando interesses corporativos, esquecendo-se sempre a grave e generalizada crise do ensino superior que, só agora, Bolonha tenta suprir.
Em Portugal, foi o suficiente para entrarmos numa crise de modo lento e diferido.
Vinte anos depois do 25 de Abril, surgem o numerus clausus.
Este mecanismo é no ensino superior recente. Está em criação na altura do 25 de Abril e portanto na moda. Aparece travestido e não se aplica só à Medicina como certas afirmações fazem supor. Pretendem justificar-se pela necessidade das instituições ministrarem um ensino de qualidade nas áreas em causa. O numerus clausus só poderia funcionar como garantia de qualidade se, simultaneamente, se tivessem tomado outras importantes medidas complementares, cuja falta ainda hoje empestam Universidades e Escolas Superiores, em Portugal.
Assim o numerus clausus serviu para “adequar” a procura de ensino superior e ajustá-la a necessárias saídas profissionais. Ditadas pelas previsões do mercado.
Criaram-se, pelo menos de modo oculto, “quotas de mercado” interno. Foi também difícil arranjar um equilíbrio para a formação já que Lisboa, Porto e Coimbra, nunca aceitaram qualquer processo de “downsizing”.
Aliás, este não é um problema exclusivo das Universidades e do Ministério do Ensino Superior. É, antes de tudo, um programa de gestão de recursos humanos e, para além disso, de planeamento técnico científico. Em Portugal tenta-se, sempre, escamotear estas razões. Somos mais rudimentares e primários: não há médicos porque a Ordem dos Médicos não quer, preferindo regular e disciplinar a concorrência. Como que atirando foguetes para o ar se distraí a populaça... O estratagema da feira.

E assim chegamos, 30 anos depois de Abril, sem médicos para efectuar as tarefas constitucionais do SNS (ou com médicos mas sem organização para garantir a cobertura universal).
Fomos buscá-los a Espanha. Começamos a pagá-los melhor que os portugueses. As administrações enquanto regateavam vencimentos com portugueses nos regimes de contratos individuais de trabalho, pagavam “ por cima” (gosto deste termo por contraposição a por debaixo da mesa) aos espanhóis para que estes não regressassem.
Regressaram. Resta-nos agradecer-lhes a ajuda que nos deram no quadro do SNS, onde a maioria esteve integrada.
Mas aos médicos, e aos gestores da Saúde, portugueses, interessa perceber o que se passou de “novo” em Espanha para voltar a ser um centro de atracção dos seus médicos. Suspeito que teremos alguma coisa a apreender e, neste momento, estamos a tentar iludir com importações ad hoc (uruguaios, brasileiros , PALOP’s). Este caminho conduzirá ao total descalabro em termos de qualidade do SNS, para além de não fugir às regras do mercado, onde o Sistema Privado de Saúde actua como predador.
Por alguma razão a migração de médicos foi sempre contrariada pela OMS.
Xavier, já houve tempo em que era sinal de prestígio social , sustentar uma espanhola em Lisboa. “Elas” foram embora, acabaram.
Os médicos espanhóis também. Nem todos. Ficaram candidatos a oftalmologistas que se travestiram, com incomensurável sucesso, em nutricionistas.
Somos um País de surpresas!

8:44 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Até finais de 2007 era assim:

“Los médicos prefieren Portugal”

Sueldos más altos y el respeto de los pacientes los retienen en el país vecino

Hace unas semanas, el ministro de Sanidad, Bernat Soria, afirmó que en España faltan médicos españoles. Si entra en un hospital o en un ambulatorio cualquiera de Portugal, puede apostar a que encontrará alguno. En este momento hay cerca de 1.700 españoles ejerciendo al otro lado de la frontera.
El éxodo de médicos comenzó a finales de los años noventa. En el Algarve, la presencia hispana alcanza cotas superiores al 20%. En las urgencias de Ponte de Lima, de 16 médicos, 14 son españoles. En el distrito de Viana de Castelo son un 23,6% (57 de 242). Y aunque algunos han vuelto (sobre todo gallegos, porque Galicia sacó hace unos meses 2.461 plazas a concurso), el resto es reacio. Si el ministro les pide que regresen, la mayoría dirá que no.
Primero le contarán oscuras historias sobre su experiencia española. Unos huyeron por "la falta absoluta de oportunidades"; otros se fueron "hartos de un sistema totalmente perverso y cerrado"; alguno más le hablará de "agresiones de los pacientes y unas condiciones laborales de semiesclavitud". "¿Volver yo? ¡Ni hablar! Aquí estamos muy contentos", dice Ana Herrero, de 38 años, neuróloga en el Hospital Amadora-Sintra, a las afueras de Lisboa. Herrero llegó hace cinco años con su marido, José Mera Campillo, también médico.
"Vinimos porque en Madrid teníamos unas condiciones laborales infames", cuentan. "Yo empecé con una beca de un laboratorio de Farmaindustria en el Clínico de Madrid", dice él. "Ganaba 900 euros, hacía trabajos de senior y no tenía contrato ni Seguridad Social".
Tras un año "muy duro" de adaptación en el Hospital San José de Lisboa -"las urgencias parecían la guerra"-, los dos encontraron trabajo en Amadora. Hoy, tienen dos hijos portugueses, de tres y un año, y no piensan ni remotamente en moverse. "No me veo volviendo", dice Herrero. "Cobro lo mismo que en España o quizá un poco más, pero no hago noches", afirma. Saben que tienen suerte. Amadora-Sintra es uno de los mejores hospitales de Portugal. En él trabajan 20 médicos españoles. Aunque las listas de espera superan en diez veces a las españolas, no lo ven como una desventaja: "Hay posibilidad de hacer horas extra, y se cobran aparte y mejor que en España", dice Campillo.
Rosario Pazos, coruñesa de Peisaco, tiene 37 años, es especialista en enfermedades infecto-contagiosas y lleva cinco años en Lisboa. "Mi pasión son las infectos, y ésta es una zona muy deprimida con mucha inmigración africana", cuenta. "Es como trabajar en África, pero con medios. Son gente estupenda, vinieron a buscarse la vida y no tienen nada. Aprendes mucho con ellos. La ironía es que les damos retrovirales que valen 2.000 euros y no tienen ni para comer". Su historia se parece mucho a la de otros emigrantes con bata: "Hice el MIR en el Ramón y Cajal [Madrid], y cuando acabé no había curro en lo mío", explica. "Busqué durante seis meses, pero sólo salían guardias y me harté. Tenía 30 años. Cuando vi que no me iba a comer un rosco, miré en Internet. Mandé el currículo y a los tres días me llamaron". "¿Por qué faltan médicos aquí? Hay pocas universidades y el colegio de médicos está encantado", explica Campillo. "Son pocos y tienen mucho poder", añade Herrero. "Y tratan de mantener su élite apretando en el numerus clausus", dice Pazos.
Los recuerdos de los españoles sobre el sistema de salud que dejaron atrás son sorprendentes. Si no fuera por la bata, sería difícil distinguir si hablan del sector sanitario o de la construcción. Según Campillo, "la política de universidades y de plazas ha sido una chapuza total. Independientemente del color político, las comunidades autónomas han montado sus reinos de Taifas y no hay movilidad".
Ricardo Ginestal, de 35 años, prefirió ahorrarse la experiencia de trabajar becado por un laboratorio. "Me ofrecieron una beca de párkinson en Sevilla. Consiste en ser el chico para todo de un médico célebre. Lo paga la industria. Y lo que en teoría sirve para terminar tu tesis doctoral, en realidad consiste en tratar pacientes a destajo".
Ginestal renunció a una segunda oferta, una suplencia de verano. Y se hizo médico de empresa. Sólo duró unos meses. Ahora está encantado con su jefe. "Es para sacarlo a hombros, me recomienda que vaya a congresos, hago lo que me gusta, no me controla y me mete en ensayos clínicos que te pagan más". "Me gustaría volver a España, pero veo muy difícil que allí encuentre lo que tengo aquí. Soy adjunto, tenemos el reconocimiento que allí nos niegan. Aquí ni siquiera han editado la Guía de reacción a agresiones".
Como muchos otros compatriotas expatriados a Portugal, los médicos españoles todavía no han matriculado sus coches, pero se sienten integrados. Y el sentimiento es mutuo: "Son trabajadores cinco estrellas, tienen mucho sentido del deber", dice Helena Cardoso, enfermera del servicio de Neurología. "Y no hay choque cultural, aunque a veces sueltan algún taco".
MIGUEL MORA – El País - 15/11/2007


Calidad y formación
El chiquitín del grupo de españoles que trabajan en el Hospital Amadora, en las afueras de Lisboa, es David Pacheco, canario de 31 años. Pacheco está haciendo el periodo de Médico Interno residente (MIR), los años que los médicos tienen que cursar en un hospital para conseguir el título de especialista. Él ha elegido la especialización de Cirugía.
Pacheco llegó a Portugal en 2003. En la Universidad de Lleida, "todos manejaban esta alternativa". "El MIR aquí es más sencillo, sólo hay cinco asignaturas. Por un lado te pagan mejor, casi el doble que en España, y además te permiten tener algún acceso a la privada como médico interno [lo que da más experiencia y más dinero], cosa que allí tampoco pasa".
Pacheco cree además que "la formación portuguesa es mejor que la española, más pragmática y continua". "Hacemos 50 o 60 cirugías al año y va subiendo la dificultad", dice. ¿Y cuando acabe el MIR? "Si no sale algo en Canarias, aquí me quedo".
La calidad formativa es sólo parte del atractivo que ejerce Portugal sobre los médicos españoles. Los ingresos, iguales o incluso superiores a los que recibirían en España, con la ventaja de que es un país más barato, es otro.
Además, "los pacientes son encantadores, a veces nos regalan conejos y hortalizas. El jefe delega en nosotros y nos ayuda y promociona. Aquí sentimos respeto y tenemos una carrera profesional por delante; en España no teníamos nada de eso", dice Ana Herrero.

12:44 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Portugal país de Emigração para médicos espenhois. link

Ante el maltrato que en Madrid sufren los médicos, Pablo Rivas, especialista en medicina interna, que renuncia ahora a su plaza y, harto ya, se marcha a Portugal a prestar sus servicios, nos hizo en una carta al director de este periódico la siguiente pregunta, quizá con un poco de retintín, tal vez acusatoria: "¿Qué has hecho tú, político, periodista o ciudadano de a pie para cuidar a tu médico?". Lo que las administraciones han hecho por el médico lo tiene claro el doctor Rivas: someterlo a contratos basura eventuales, incluso de días, que se suceden durante años; sueldos indignos para las responsabilidades que se les exigen, jornadas de 24-32 horas, consultas con tres minutos por paciente... No es poca cosa. Ni siquiera es preciso recordar las vejaciones, y hasta las ignominias, que han sufrido algunos médicos por parte de las autoridades de la región. Y esto es lo que parece haber hecho el Gobierno de Madrid, acaso como otros, aunque tal vez de un modo especial. No en vano está el de Madrid entre los últimos gobiernos de la cola, de acuerdo con recientes informes muy bien argumentados, a la hora de ofrecer sus servicios sanitarios
FERNANDO DELGADO , El País 09/10/07

12:58 da tarde  
Blogger Clara said...

São actualmente 20 os médicos espanhóis que prestam serviço em unidades de saúde do distrito da Guarda, colmatando a falta de clínicos nacionais em várias áreas. Isabel Coelho, coordenadora da sub-região de saúde, referiu que ao nível dos centros de saúde, há 10 clínicos a prestar serviço no distrito: um em Almeida, um em Fornos de Algodres, dois no Sabugal, um em Seia, quatro na Guarda e um em Vila Nova de Foz Côa. Os outros 10 prestam serviço no Hospital Sousa Martins, na Guarda, nos serviços de medicina, cirurgia e pediatria.
Em Espanha a carência de médicos e enfermeiros nas unidades de saúde obrigou as autoridades a aliciar esses profissionais radicados em Portugal para regressarem a casa. Porém a responsável da sub-região de saúde não se manifesta muito preocupada com o alerta, uma vez que «a grande avalanche de saídas foi há mais de meio ano».
Nessa altura cinco clínicos regressaram a Espanha, «mas uma médica já regressou ao centro de saúde de Vilar Formoso». Os outros, que saíram definitivamente, prestavam serviço nos centros de saúde de Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Trancoso e Sabugal.
«Espero que a situação tenha estabilizado», admitiu a responsável à Lusa, esclarecendo que os médicos espanhóis que se mantêm ao serviço em centros de saúde do distrito são oriundos de Castilla y Léon e da Galiza.
Isabel Coelho, coordenadora da sub-região da Guarda


Em 2006 havia na sub-região de saúde de Bragança 14 clínicos, agora são sete.
Segundo Berta Nunes, responsável pelo sector no distrito de Bragança, a “fuga” dos clínicos do país vizinho deve-se ao facto de na Galiza e em Castilla-Léon os médicos estarem a ser mais procurados e ali serem oferecidos contratos “que devem ser mais atractivos
Já no Centro Hospitalar do Nordeste, esta situação não se verifica. Os médicos espanhóis que ali prestam serviço não têm manifestado interesse em sair. Ali são 14, nove deles do quadro de especialistas. Porém, garantiu que este Distrito continua a ser dos poucos do país com a cobertura total de médico de família para os cerca de 150 mil utentes dos 12 centros de saúde.
"Temos conseguido substituir os médicos espanhóis por alguns internos portugueses que acabam o internato e ficam na região, por médicos de Leste, brasileiros e dois dos PALOP.

Berta Nunes sub-região de saúde de Bragança semanário transmontano 20.06.08

1:41 da tarde  
Blogger e-pá! said...

É melhor começar a espiolhar as prováveis e múltiplas razões para este inusitado e precipitado êxodo...

Os médicos espanhóis que trabalham nas regiões transfronteiriças, deslocam-se diariamente a Portugal.

Segundo dizem, são perseguidos pela GNR-BT, com multas a rodos...

Em Janeiro, na cimeira Sócrates-Zapatero, conseguiram incluir o problema na agenda política.
Socrates, prometeu resolver o problema com toda a brevidade.

Ao que parece não o resolveu na totalidade.

Os médicos espanhóis - diferentes - dos portugueses, fizeram as malas e regressaram a casa (onde também começaram a disfrutar de melhores condições de trabalho, porque de vencimento é melhor esquecer).

Cá as promessas valem pouco.
Lá parece serem fundamentais...

Um pormenor, uma diferença.

A vida não permite a todos tomar posições duras. Mas quando dá azo, quando as questões se põem a jeito, é a aviar...

10:01 da tarde  

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