Marketing dos cuidados de Saúde
A utilização de técnicas de Marketing na Saúde
1. - Como escrevemos recentemente, a eficiência dos Serviços de Saúde, entendida como obtenção de resultados económicos (maior produção - mais cirurgias, consultas, doentes tratados - e controle dos custos com pessoal e consumos), pouco diz aos cidadãos utilizadores dos serviços de saúde. A desorganização da marcação das consultas, as longas listas de espera cirúrgica, a falta de humanização do atendimento – instalações e pessoal - são os verdadeiros "indicadores de eficiência" para os utilizadores.
2. - Para melhorar a eficiência, é fundamental para o gestor hospitalar conhecer as avaliações dos utentes sobre a qualidade dos cuidados de saúde que lhe são prestados.
3. - Já vimos também que o conceito de saúde - todos devemos ter saúde - evoluiu para uma nova fórmula - todos devemos ter direito ilimitado aos cuidados de saúde.
Nesta nova perspectiva, os cidadãos utilizam os cuidados de saúde como de um mero bem de consumo se tratasse.
4. - Com a alteração da forma de utilização dos cuidados de saúde o conceito de consumo de bens de saúde deixou de se centrar só na sua utilidade (recurso aos cuidados quando se está doente) passando a constituir também um meio para concretizar uma aspiração - melhorar a qualidade de vida, prolongar os anos de vida, corrigir a forma do nariz dos seios.
A dinamização do "consumismo" dos cuidados da saúde foi acompanhada pela introdução de técnicas, mais ou menos agressivas, de marketing, usualmente utilizadas no mercado.
Em países como os EUA, França, Holanda, a existência de publicidade a promover a oferta de cuidados é prática corrente de um grande número de instituições da saúde.
"A nossa clínica proporciona-lhe um restabelecimento rápido, sem complicações". "O nosso hospital dispõe de quartos individuais com o máximo conforto onde poderá receber visitas com privacidade". "As nossas técnicas cirúrgicas permitem a prática de altas rápidas".
Segundo determinados autores, esta nova relação utente entidade prestadora de cuidados (procura/oferta), justifica o repensar do significado de humanização da saúde.
A mercantilização dos cuidados de saúde, está agora em plena rampa de lançamento no nosso país com a política de Luís Filipe Pereira.
Não constituirá surpresa para nós ver publicitada nos media as vantagens e a superior qualidade da oferta de cuidados de saúde dos hospitais SA.
----------------------------------------
Ver este artigo:
Comunicação Pós moderna- Paulo Kuteev-Moreira
1. - Como escrevemos recentemente, a eficiência dos Serviços de Saúde, entendida como obtenção de resultados económicos (maior produção - mais cirurgias, consultas, doentes tratados - e controle dos custos com pessoal e consumos), pouco diz aos cidadãos utilizadores dos serviços de saúde. A desorganização da marcação das consultas, as longas listas de espera cirúrgica, a falta de humanização do atendimento – instalações e pessoal - são os verdadeiros "indicadores de eficiência" para os utilizadores.
2. - Para melhorar a eficiência, é fundamental para o gestor hospitalar conhecer as avaliações dos utentes sobre a qualidade dos cuidados de saúde que lhe são prestados.
3. - Já vimos também que o conceito de saúde - todos devemos ter saúde - evoluiu para uma nova fórmula - todos devemos ter direito ilimitado aos cuidados de saúde.
Nesta nova perspectiva, os cidadãos utilizam os cuidados de saúde como de um mero bem de consumo se tratasse.
4. - Com a alteração da forma de utilização dos cuidados de saúde o conceito de consumo de bens de saúde deixou de se centrar só na sua utilidade (recurso aos cuidados quando se está doente) passando a constituir também um meio para concretizar uma aspiração - melhorar a qualidade de vida, prolongar os anos de vida, corrigir a forma do nariz dos seios.
A dinamização do "consumismo" dos cuidados da saúde foi acompanhada pela introdução de técnicas, mais ou menos agressivas, de marketing, usualmente utilizadas no mercado.
Em países como os EUA, França, Holanda, a existência de publicidade a promover a oferta de cuidados é prática corrente de um grande número de instituições da saúde.
"A nossa clínica proporciona-lhe um restabelecimento rápido, sem complicações". "O nosso hospital dispõe de quartos individuais com o máximo conforto onde poderá receber visitas com privacidade". "As nossas técnicas cirúrgicas permitem a prática de altas rápidas".
Segundo determinados autores, esta nova relação utente entidade prestadora de cuidados (procura/oferta), justifica o repensar do significado de humanização da saúde.
A mercantilização dos cuidados de saúde, está agora em plena rampa de lançamento no nosso país com a política de Luís Filipe Pereira.
Não constituirá surpresa para nós ver publicitada nos media as vantagens e a superior qualidade da oferta de cuidados de saúde dos hospitais SA.
----------------------------------------
Ver este artigo:
Comunicação Pós moderna- Paulo Kuteev-Moreira
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home