sábado, julho 31

Portugal, Terra Queimada!

Portugal, devorado pelo fogo!

1. -Repete-se o drama das populações: casas, pomares, culturas, animais, tudo devorado pelo fogo.
Relativamente a todas as grandes catástrofes: terramotos, maremotos, erupções vulcânicas, ciclones, tufões, inundações, o homem pode planear acções com o objectivo de conhecer, prevenir, socorrer, minorando o seu efeito devastador.
Cabe aos governos tomar as decisões correctas em relação ao planeamento das medidas (estudo, prevenção, socorro e ajuda) de combate às catástrofes naturais, afectando para isso os recursos necessários.
É cedo, ainda, para fazer um balanço da época de fogos de 2004. Para já, as tão apregoadas medidas planeadas pelo XV governo para o combate aos fogos, mostraram-se de todo ineficazes: sistemas de detecção, acessos e limpeza das matas, meios de combate. Outros culpados haverá, o que não atenua a responsabilidade do principal culpado, o governo da maioria PSD/CDS.
2. - Luís Delgado, tem feito escola no jornalismo português. Por isso, não é de estranhar que, de vez em quando, surjam novos aprendizes de feiticeiro na arte de fazer cócegas ao governo.
João Pereira Coutinho, conhecido ex-blogger, estagiário colunista do Expresso, entende que a onda de fogos que varre o país deverá ser entendida como um fenómeno natural ciclíco que os coitados dos portugueses, resignadamente, devem aceitar, como castigo de Deus por terem nascido neste extremo da Europa à beira mar plantado e de clima adverso.
Segundo JPC, no seu texto sobre o advogado, José Sá Fernandes, não se devem assacar quaisquer culpas aos governos da maioria PSD/CDS, relativamente aos fogos que, sazonalmente, varrem o nosso país. Devemo-lhes antes pedir a construção de uma Basílica. E, rezar, rezar para que Deus, no próximo ano, mande amainar a mãe Natureza.
Ou, talvez para o ano, por esta altura, com a planificação desenvolvida pelo governo de Santana Flops, a Natureza que, segundo consta, não gosta de graxistas, para fazer pirraça aos dislates do senhor Coutinho, decida não nos castigar tanto com os fogos de Verão.