Governo Catastrófico
UM GOVERNO OU UM AJUNTAMENTO
Ouve-se e não se acredita. Álvaro Barreto diz que é “precipitado” dizer que a refinaria de Leça vai ser encerrada. Quem se precipitou? O primeiro-ministro. Diz também que todos os estudos anteriores concluíram que a refinaria não deve ser encerrada. Quem se precipitou não sabia, ou não se informou antes de falar?
Não parece um governo, parece um ajuntamento.
Abrupto - JPP - 21.09.04
A confirmação: Bush à Portuguesa
"Pedro Santana Lopes, é ligeiro e precipitado nas intervenções que faz. Exemplos: anúncio do encerramento da refinaria de Matosinhos, a deslocalização das secretarias de Estado, a questão das taxas moderadoras, actualização salarial. A actuação de Santana Lopes, como se esperava, é caracterizada por uma sucessão de declarações muito ligeiras e de propostas que não são estudadas."
JPP - Quadratura do Círculo - 22.09.04
Estrela do Jet-set e Ministro
Com nome feito nos noticiários do "jet-set" e com visibilidade nascida de uma experiência partidária de choque, o actual primeiro-ministro assumiu, logo depois da sua nomeação, um ar grave e uma silhueta curvada, a sugerir as responsabilidades que lhe pesam nos ombros. Não conseguiu, no entanto, reprimir a sua antiga vocação para o estrelato, a necessidade compulsiva de se mostrar e o desejo irreprimível de falar.
As suas ambições de evidência parecem sobrepor-se às de conquistar uma necessária credibilidade política e de conseguir um bom desempenho governativo. Corre, sempre que pode, para a frente das câmaras e dos microfones, exprimindo-se com uma leviandade que nos tem lançado na mais absoluta perplexidade. Com informações irreflectidas, com o anúncio de medidas antes de concretizadas e até antes de verificada a sua viabilidade; com o desencontro das declarações dos ministros e com os reflexos públicos dos seus desentendimentos, tem sido o Governo a cavar os muitos buracos em que tem caído, neste seu curto tempo de vida. E continua a tentar tapá-los com a sistemática desculpabilização que tem marcado o estilo da coligação no poder. Só que, agora, já não se aponta o dedo apenas "à pesada herança socialista", que vai ficando, de facto, muito distante, mas igualmente aos erros do Governo anterior, metade do qual se mantém, aliás, em funções.
Rui Camacho - Jornal de Notícias 23.09.04
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