Hospital de Seia
O João Tilly também ficou admirado com os resultados do Ranking dos Hospitais SPA. Inserimos a seguir o post que ele hoje, bem cedo, publicou no seu blog:
"Doentes em macas à chuva e ao vento no 3º melhor hospital do país!
Esta do Hospital de Seia ser considerado o 3º melhor do país não lembra ao demónio!...
Primeiro, porque ele é tão obsoleto que o próprio ministro teve que o reconhecer e mandar construir outro de raiz.
Depois porque nas urgências é ver os doentes acamados nos corredores sem condições nenhumas dias e dias, enquanto lá estiverem. Ali comem e ali fazem as suas necessidades à frente dos outros doentes e dos profissionais.
Em terceiro lugar, porque nem sequer um elevador existe, no bloco principal, que comporte uma maca.
Os doentes são levados às costas pela boa vontade dos enfermeiros e pessoal mais robusto até ao piso superior, como se de carne para o talho se tratasse.
Por último, porque nem sequer o acesso entre blocos é fechado, pelo que os doentes são transportados, em macas, ao frio, ao vento e à chuva entre blocos, como a 1ª página e a reportagem do Porta da Estrela documentam.
Se isto é o 3º melhor Hospital do País, o que será o 10º ...
Só se compreende que este estudo tenha incidido sobre a nobre arte de se fazerem omeletes sem ovos. E, nesse caso, teremos que dar os Parabéns à Administração do Hospital de Seia. À nova e à anterior, que algum trabalho deve ter preparado.
Publicado por JoaoTilly ,em 07:32 AM, novembro 13, 2004.
Esta do Hospital de Seia ser considerado o 3º melhor do país não lembra ao demónio!...
Primeiro, porque ele é tão obsoleto que o próprio ministro teve que o reconhecer e mandar construir outro de raiz.
Depois porque nas urgências é ver os doentes acamados nos corredores sem condições nenhumas dias e dias, enquanto lá estiverem. Ali comem e ali fazem as suas necessidades à frente dos outros doentes e dos profissionais.
Em terceiro lugar, porque nem sequer um elevador existe, no bloco principal, que comporte uma maca.
Os doentes são levados às costas pela boa vontade dos enfermeiros e pessoal mais robusto até ao piso superior, como se de carne para o talho se tratasse.
Por último, porque nem sequer o acesso entre blocos é fechado, pelo que os doentes são transportados, em macas, ao frio, ao vento e à chuva entre blocos, como a 1ª página e a reportagem do Porta da Estrela documentam.
Se isto é o 3º melhor Hospital do País, o que será o 10º ...
Só se compreende que este estudo tenha incidido sobre a nobre arte de se fazerem omeletes sem ovos. E, nesse caso, teremos que dar os Parabéns à Administração do Hospital de Seia. À nova e à anterior, que algum trabalho deve ter preparado.
Publicado por JoaoTilly ,em 07:32 AM, novembro 13, 2004.
Nota: O Ranking agora publicado diz apenas respeito ao grupo de hospitais do SPA (Sector Público Administrativo) um universo de 61 hospitais. Há um outro Ranking só para os hospitais SA (31 hospitais). A forma como foi concebido este Ranking fez da avaliação dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde uma autêntica lotaria.
4 Comments:
Vejam o disparate que é meter no mesmo saco o Hospital de Seia a necessitar de ser abatido ao efectivo e o Hospital de D. Estefânea, Curry Cabral ou Santa Maria, por exemplo. Trata-se de uma tentativa apalhaçada de comparar realidades não comparáveis.
A actuação deste ministro está a atingir os limites da arrogância. Tudo lhe é permitido. Até gozar com os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde.
O terceiro lugar do Hospital de Seia é mau augúrio.
Vai servir de justificação para o ministro não construir uma nova Unidade.
Já o estou a ouvir dizer: Bem, o novo hospital de Seia ainda não pôde ser construído porque tivemos de atender a outras prioridades. Afinal o hospital de Seia não está assim tão mal: até obteve um terceiro lugar np Ranking!
João Pedro
No ano passado não era o Hospital de Barcelos o melhor do nosso país
A criação do indicador de Eficiência, segundo o ministro da Saúde, visa promover a concorrência entre hospitais.
Mas qual é o objectivo da produção hospitalar?
1. - Atender bem os doentes, o que envolve o exercício de uma série de competências: diagnóstico e tratamento adequados, atendimento humanizado, acompahamento da situação do doente.
2. - Prestar cuidados tendo em atenção a utilização criteriosa dos recursos postos à sua disposição.
Tendo em atenção estes dois patamares de objectivos poder-se-à construir um índice de produtividade dos hospitais, mas considerando sempre que os factores de ponderação relativos à avaliação da qualidade são prioritários.
O que é que o ministério faz? Constroi o seu indicador de eficiência com base na ponderação de factores quantitativos, não fazendo qualquer diferenciação entre nível de cuidados, dimenção das unidades prestadoras, condições de exploração (instalações. equipamentos, financiamento, local de funcionamento).
Há desonestidade intelectual e de procedimentos por parte do SENHOR MINISTRO DA SAÚDE ao utilizar ao tentar avaliar desta forma os profissionais da Saúde.
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