quinta-feira, novembro 11

Ranking SPA


Depois do ranking SA, chegou a vez do ranking SPA.
De acordo com a primeira lista SPA, publicitada hoje pelo Ministério da Saúde, o Hospital de Oliveira de Azeméis é a mais eficiente das unidades de gestão pública .
O indicador global de eficiência, relativo ao primeiro semestre de 2004, apurou que o Hospital de Oliveira de Azeméis é a instituição com melhores resultados, seguido do Instituto Oftalmológico Gama Pinto (Lisboa), Hospital de Seia, Hospital de Tondela, Hospital Joaquim Urbano (Matosinhos), Hospital Curry Cabral (Lisboa), Hospital de Águeda, Hospital Maria Pia (Porto), Hospital S. João da Madeira e Hospital de Lamego.
O Ministério da Saúde considera que esta lista visa, em primeiro lugar, servir como incentivo à competitividade entre hospitais de gestão pública.

Ana Escoval, Administradora Hospitalar, Professora do ISCTE.
Questionada sobre o novo ranking dos hospitais SPA, Ana Escoval, disse desconhecer os critérios utilizados pelo ministério e manifestou a sua discordância sobre esta forma de avaliação, por tentar comparar instituições muito diferentes, as quais não são, de facto, comparáveis.
Como se sabe, o grupo do SPA integra hospitais de nível um, Distritais, Centrais, Universitários e Psiquiátricos, com valências e dimensões muito diferentes, dispondo dos mais díspares meios de gestão.
Meter todas estas unidades no mesmo saco para avaliação da sua performance não lembrava ao diabo.
Esta avaliação ao invés de constituir um incentivo à competitividade dos hospitais do SPA, como defende o Ministério, é antes fonte de inspiração do anedotário nacional.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Segundo foi divulgado pelos órgãos de comunicação o ministro pretende utilizar esta classificação para seleccionar os hospitais que irão ser transformados em SA. Balelas. A selecção dos hospitais do SPA a transformar em SAs já está feita desde há muito. Aliás os hospitais são todos para transformar em SA. Com excepção dos Universitários e Psiquiátricos. Para já. A segunda etapa, caso o PSD ganhe as eleições de 2006, será a progressiva concessão da gestão dos SA a empresas privadas.Mudar, encerrar, privatizar é o novo paradigma da Saúde definido por Luís Filipe Pereira.Tudo para conseguir a desresponsabilização do Estado relativamente aos problemas da Saúde.

9:58 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Mais uma excelente iniciativa plena de rigor, cheia de virtuosismo científico e transparência, realizada por leigos, para leigos.

10:23 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Tal como o ranking das escolas esta classificação só serve para desmoralizar uma grande parte dos profissionais da saúde.
Criar competitividade no sector tem a ver com as medidas acertadas de gestão a introduzir nos hospitais: por termo ao sistema de remuneração de base salarial, substituindo-o por um sistema remuneratório por objectivos. Neste campo os avanços do Ministro são praticamente nulos.
Criar um verdadeiro sistema de financiamento com base na produção contratada. Sem estabelecer barreiras aos aumentos de produção como acontece com o actual sistema.
Este ministro anda-nos a aldrabar.
Nós defendemos a reforma do SNS, mas através de um projecto sério.
É preciso dar aos profissionais da Saúde os meios necessários para produzirem mais e melhor. É preciso investir na Saúde.
Basta ver o orçamento da Saúde proposto pelo Ministro para 2005 para concluirmos que o seu projecto não é sério. O OE SSaúde prevê uma dotação muito inferior aos gastos previstos. Mesmo contando com ganhos de produtividade.
Por outro lado, as reformas custam dinheiro. Onde estão as verbas para sustentar a reforma da Saúde?
A Política de Saúde de Luís Filipe Pereira é uma mascarada.
Concordo com o que se disse atràs: Mudar, Encerrar e Privatizar. Servir o Lobis da Saúde. Nada mais.
Os profissionais da Saúde e os utentes são carne para canhão.

10:41 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

1. -Em primeiro lugar quero saudar o pessoal que faz o SAUDESA pela qualidade e equilíbrio dos seus conteúdos.Demonstram ser profundos conhecedores do sector. Fazem critica isenta, equilibrada sem cair em extremismos desnecessários. A perpectiva adoptada é quanto a mim a mais correcta: a perspectiva do gestor. Concluí por isso que devem ser da Administração Hospitalar.
2. - Estou convicto que é necessário criar um novo paradigma para o Serviço Nacional de Saúde. O problema do financiamento existe desde a sua criação. Mas a reforma do SNS não deverá nunca perder de vista a sua essencialidade: prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, universalidade e equidade.
3. - Aceito que para sustentar o SNS os utentes tenham que efectuar determinados co-pagamentos das prestações de acordo com o seu rendimento.
Defendo que é necessário estancar os gastos excessivos com a aquisição de medicamentos.
Vejam como o ministro tem sido extremamente cuidadoso com a ANF e a APIFARMA.
O negócio dos medicamentos alicerça-se no sistema de comparticipações do estado no custo de aquisição relativamente aos utentes do SMS.
è com este poderoro instrumento que o ministro tem de jogar. Descomparticipar sempre que seja possível, após prévio estudo do impacto social.
E fundamental reduzir as autorizações anuais de novos produtos.Atravé da definição de critérios rigorosos e a efectuação de estudos sobre o custo efectividade das terapêuticas. Portugal deve ser dos países da UE que tem mais cópias de medicamentos e em que, por ano, são introduzidos mais substâncias activas.
Por outro lado é necessário desenvolver uma campanha eficaz de promoção dos genéricos. Nos países ricos: EUA, Japão, Alemanha a quota dos genéricos atinge os 50% do consumo total. Portugal, país pobre, a quota de mercado dos Genéricos, após muito esforço, só atingiu os 11%, tendo o ritmo de crescimento, nos últimos meses vindo a abrandar.
3. - É essencial restabelecer a confiança na Política de Saúde. Acreditarmos que as medidas tomadas se destinam à realização de um objectivo justo.
Com este ministro a desconfiança é total. servir os interesses das empresas privadas é o seu objectivo fundamental.

11:25 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

E naturalmente, todos os hospitais receberam e devolveram
os questionários do MS?
Ou foi só o de Ovar que não recebeu, alegadamente por erro na morada?

blogquisto

9:58 da tarde  

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