terça-feira, novembro 23

Saúde, lucros em 2005


1. - O ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, apresentou no orçamento da Saúde de 2005, a previsão de um saldo positivo de 193 milhões de euros.
A Europa e o Mundo estarreceram de espanto e admiração pelo engenho e ousadia do feito Lusitano !
De imediato, o aeroporto da Portela começou a registar um inusitado movimento de passageiros, técnicos oriundos de todo o mundo, ansiosos por acompanhar "in loco" o desenvolvimento de tamanho invento. Portugal, viu-se, assim, num ápice, guindado a país da mais alta tecnologia na área da gestão da Saúde.
2. - Para desmistificar as contas apresentadas por Luís Filipe Pereira, autêntico paradigma de criatividade (do aldrabanço, claro), valeu-nos o brilhante trabalho do Avelino d"Os Estados da Nação", a quem desde já agradecemos a colaboração.
3. - Arte de aldrabar as contas da Saúde a toda a força:
a) - Receitas:
O saldo de 193 milhões de euros, previsto pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, no orçamento da Saúde de 2005, só é possível porque baseado em receitas fictícias:
- empréstimos - 800 milhões de euros;
- dotações de capital - 600 milhões de euros;
De facto, o saldo da Saúde previsível para o ano de 2005 não é de +193 milhões de euros, mas sim de 193-1400=-1207. (o mesmo truque no ano anterior fez subir um défice previsto de 53,9 milhões euros para 1311,6 milhões de euros) .
b) -
As despesas:
O crescimento da despesa do SNS 2002/2003, apurado nas contas do ministro da saúde, de 0,4 % não é correcto porque compara realidades que não são comparáveis. Senão vejamos:
- A despesa do SNS, relativa ao ano de 2002, incluía toda a despesa (inclusivé, os 34 hospitais, hoje 31 SA's).
- A despesa do SNS apurada em relação ao ano de 2003, inclui apenas os pagamentos de serviços efectuados pelo estado aos Hospitais SA.
Serão estes valores iguais?
- Não! Para serem comparáveis é necessário subtrair aos valores do ano de 2003 o pagamento aos hospitais (1238,9 M euros) e somar o total das despesas destes (1850,8 M euros).
A taxa de crescimento passa a ser 9,0 %, igual à do período anterior 2001/2002.
Agrava o facto de, pela diferença dos valores da inflação, em termos reais, o aumento de 2002/2003 (5,4 %) é superior ao do período anterior (4,6%)!

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Dúvidas sobre a autencidade do trabalho do Avelino: onde estão os "b"s pelos "v"s e Bice Bersa!

11:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Igual abordagem à do estudo recente do PS, alvo de críticas do Patinha Antão. Aldrabão sou eu e não minto tanto. A manipulação da informação da Saúde ´faz-me sintis num pa´s da América do Sul.

1:59 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O objectivo é clar. De tanto repetir a mentira ela vai assumindo as vestes da verdade.
Mudando de assunto. No meu target lá de casa colei a fotografia do Luís Filipe. E não é que a minha performance de atirador melhorou espectacularmente!

10:38 da manhã  

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