SNS, deitado às feras
"Isabel Vaz, administradora da Espírito Santo Saúde, um dos concorrentes à gestão dos dez novos hospitais em parceria com o sector privado, considera que se o Hospital de Loures for adjudicado ao Grupo Mello surgirá um problema de concorrência, devido à posição dominante do grupo na Grande Lisboa. Em entrevista ao Diário Económico, Isabel Vaz afirma que a experiência não pode ser argumento para a adjudicação e defende que essa decisão tem de ter uma componente de estratégia política do Estado" (link).
Será que esta componente estratégica é critério de adjudicação, previsto no caderno de encargos do Concurso?
As PPP da Saúde são um negócio de muitos milhões. Luís Filipe Pereira, através deste negócio, escancarou as portas do sector público da Saúde aos empresários privados, os quais, de há muito, iniciaram as hostilidades na busca das melhores posições estratégicas de acesso ao lauto repasto.
5 Comments:
Desculpe a ousadia: falta o "i" em "muitos milhões". Se foi intencional apague este comentário,se não foi apague na mesma :) Cumprimentos pelo texto e ao autor dele.
Obrigado.
Ainda me falta fazer os trabalhos de casa.
Cumprimentos
Apenas pergunto se será 'escancarou as portas do sector público da Saúde aos empresários privados' ou só ao Grupo Mello? Não vejo/ouço/leio mais ninguém a 'afiambrar-se' ao SNS. Será coincidência o Dr. Luis Filipe Pereira ter vindo desse grupo para Ministro? Que irá ele fazer quando sair do Governo?
Que diriam as Comissões de Incompatibilidades da UE com que os candidatos a Comissários se têm de bater?
Essa é uma das questões essenciais do negócio das Parcerias da Saúde.
A entrevista da Engenheira Isabel Vaz, administradora do Espirito Santo Saúde, é esclarecedora.Os cadernos de encargos e todas as condições do Concurso foram (aparentemente) preparados (não os conhecemos em detalhe) para conduzir a esse desfecho.
O que preocupa a engenheira é o facto de haver uma grande concentração do mercado nas mãos de um operador. Se for sempre o mesmo a ganhar - José de Mello Saúde - então o estado tem de pensar se vale a pena continuar com as parcerias, aconselha a administradora.
Digamos que o ministro da Saúde, abriu a porta que tinha afixada uma tabuleta: José de Mello Saúde.
Não se trata da venda do SNS, mas da doação à Mello Saúde.
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