Alternância
Alberto João Jardim, futuro candidato a Presidente da República? Em democracia tudo é possível!
1. - A alternância no poder é um valor absoluto da democracia.
A história recente da alternância política no nosso país tem sido um vai e vem de desilusões, protagonizado pelos partidos do bloco central. Cansados do Cavaco os portugueses lançaram-se, esperançados, nos braços do Guterres. Trocaram-no, desiludidos, testada a sua incapacidade para a governação, pelo Durão Barroso, o qual, após algumas apertadelas de cinto, desertou para a Europa deixando-nos o inepto play-boy de pacotilha na incubadora para cuidar.
2. - Sobre a alternância política inserimos a seguir o excelente texto publicado pelo Gin.
"Nesta lógica de alternância a que nos habituaram, que se resume à máxima, “as eleições não se ganham, perdem-se”, teremos talvez um governo PS.
A alternância (cuja origem da palavra aqui aplicada parece provir de “alterne”), é uma forma de o poder económico manter o rumo das suas decisões: ora levanta a mão direita com o V da vitória e entrega o poder à direita (PSD/PP), ora levanta a mão esquerda com o V da vitória e entrega o poder à “esquerda moderada” (PS). As políticas económicas mantêm-se. Acalma-se a classe média contestatária com um discurso mais “aberto e democrático”, mas as políticas económicas neoliberais de destruição da “coisa pública” persistem.
Enquanto isso à esquerda não surge qualquer alternativa verdadeiramente inovadora e mobilizadora.
Nem a liberdade, nem a democracia são desejadas pelo poder económico. São apenas mais um recurso a que recorre enquanto isso lhe permitir manter esse poder.
Do ponto de vista dos cidadãos e dos verdadeiramente democratas, a liberdade e a democracia são um bem essencial conquistado na luta contínua e persistente, muitas das vezes com o sacrifício da própria vida. Quem não teve a experiência de viver num país fascista pode facilmente cair no erro de pensar que são bens adquiridos. Nesta perspectiva, manter a liberdade e a democracia exige que se esteja permanentemente alerta e activo na sua defesa quotidiana no sentido de manter os seus objectivos últimos. Quando se “baixam as guardas”, verifica-se com espanto que objectivos da democracia foram postos em causa. Temos aí os atentados à liberdade de imprensa, a destruição do Sistema Nacional de Saúde, a pobreza do Sistema de Ensino, os escândalos da Justiça, a situação dramática do desemprego, entre outros.
GIN
2. - Sobre a alternância política inserimos a seguir o excelente texto publicado pelo Gin.
"Nesta lógica de alternância a que nos habituaram, que se resume à máxima, “as eleições não se ganham, perdem-se”, teremos talvez um governo PS.
A alternância (cuja origem da palavra aqui aplicada parece provir de “alterne”), é uma forma de o poder económico manter o rumo das suas decisões: ora levanta a mão direita com o V da vitória e entrega o poder à direita (PSD/PP), ora levanta a mão esquerda com o V da vitória e entrega o poder à “esquerda moderada” (PS). As políticas económicas mantêm-se. Acalma-se a classe média contestatária com um discurso mais “aberto e democrático”, mas as políticas económicas neoliberais de destruição da “coisa pública” persistem.
Enquanto isso à esquerda não surge qualquer alternativa verdadeiramente inovadora e mobilizadora.
Nem a liberdade, nem a democracia são desejadas pelo poder económico. São apenas mais um recurso a que recorre enquanto isso lhe permitir manter esse poder.
Do ponto de vista dos cidadãos e dos verdadeiramente democratas, a liberdade e a democracia são um bem essencial conquistado na luta contínua e persistente, muitas das vezes com o sacrifício da própria vida. Quem não teve a experiência de viver num país fascista pode facilmente cair no erro de pensar que são bens adquiridos. Nesta perspectiva, manter a liberdade e a democracia exige que se esteja permanentemente alerta e activo na sua defesa quotidiana no sentido de manter os seus objectivos últimos. Quando se “baixam as guardas”, verifica-se com espanto que objectivos da democracia foram postos em causa. Temos aí os atentados à liberdade de imprensa, a destruição do Sistema Nacional de Saúde, a pobreza do Sistema de Ensino, os escândalos da Justiça, a situação dramática do desemprego, entre outros.
GIN
8 Comments:
A democracia não está suficientemente implantada no tecido social. E esse éo grande problema da nossa democracia.
Os autarcas são verdadeiros coronéis a procura de enriquecimento rápido. E não é preciso ir para interior para encontrar exemplos. Basta recordar o caso do Isaltino.
Politicos incompetentes de aviário, sem outras profissões conhecidas: Barroso, Santana Lopes, Guterres, etc, etc.
A Justiça acumula quase todos os "podres" que grassam a nossa sociedade: Corrupção, compadrio, incompetência.
O desporto (não sei se hei-de classificar o futebol como desporto) é o que se vê.
Temos desprezo pela educação, ensino, investigação e cultura.
Somos desorganizados, com empresários incompetentes que vivem à sombra do estado, irresponsáveis ao volante, amigos das aparências, mesquinhos, ignorantes e incultos.
O que se poderá fazer com um país destes senão imigrar?
O triste espectáculo continua com oSantana a peixarar com o Presidente da República e a ir pedir, rabo entre as pernas, batatinhas ao Paulinho das feiras para se coligar.
Segundo consta, o que terá pesado mais para a recente decisão do Presidente da República, além da constatação de que o Santana era um perfeito nabo para governar, foi a convicção definitiva de que a reforma da Saúde estava num rumo errado (ou no rumo que se previa: a satisfação dos interesses dos Mellos). A convicção do Presidente ter-se-à alicerçado na forma como o ministro da Saúde conduziu o processo de criação da Entidade Reguladora da Saúde (imposta por ele) ( a má vontade do ministro atingiu as raias do inadmissível, protelando até à última o arranque da ERS. E no dia da inauguração a ERS não dispunha de meios: telefone, rede informática pessoal. O rídiculo chegou ao ponto de o responsável da ERS, Dr. Nunes, ter que dar como contacto da ERS aos jornalistas o número de telefone da Câmera de Comércio do Porto), a atitude cada vez mais centralizadora do ministro (não deixando quase ninguém tocar na bola) e os últimos desenvolvimentos do Projecto das Parcerias da Saúde (limitação da concorrência o que implicaria os Mellos como potenciais ganhadores de todos os concursos)rejeição da proposta de criação da Unidade de Missão dos contratos PPP.
O Jardim o que alterna é o Chivas Regal pelo Johnny Walker.
Avelino
Será que se eu quiser criticar uma intoxicação por salmonelas, só o poderei fazer se comprovar devidamente que sou capaz de pôr um ovo??
A alternância politica em Portugal tem sido mais do mesmo: Bloco Central. Concordo com a ideia central do texto do GIN. O modelo de democracia ocidental está esgotado, está em crise. A democracia (no sentido de sistema político com participação dos cidadãos eleitores nas grandes decisões do país) é um mero jogo formal para legitimar o poder económico dos grandes senhores que, efectivamente, são quem manda nisto tudo. E dar a sensação ao cidadão votante que participa, tem capacidade de intervenção, nessas mesmas decisões.
O problema da renovação do sistema democrático está ligado à incapacidade do pensamento político social acompanhar a evolução da tecnologia, a qual fomenta formas de organização e novos problemas sociais a que o modelo democrático não consegue dar resposta.
Com o Jardim é que não há alternância. Imperador da Madeira e Porto Santo só dará alternância após a morte o levar. A compra do sufrágio dá nisto.
Esta fotografia do Jardim foi tirada durante um discurso do Sampaio.
Este Bud Face é uma boa imagem da República.
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