A Igreja Católica quer mais empenho na defesa do sexo seguro.
E, o que é que a Igreja Católica entende por sexo seguro?
Para a Igreja Católica sexo seguro é a abstinência sexual, a monogamia e a fidelidade. A sociedade, esclarece o padre Feytor Pinto, confunde o sexo seguro com o uso do preservativo. (link).
Contribuições destas só podem ajudar ao avanço da epidemia.
8 Comments:
A Igreja Católica, desde a idade média, tentou meter-se na cama com as pessoas... até com a posição de missionário.
Além da óbvia inveja...:P, há ignorância e maldade.
Daí os cartazes "Thank God for AIDS" de leigos ligados a essa e outras cristãs.
Era tão bom poder dizer: "Eu não sou desse filme, portanto, não me incomoda." Mas, de facto, não posso. Incomoda saber que há pessoas que pensam, dizem e ouvem isso.
Assisti no anfiteatro do Hospital de Santa Marta há uns dez anos atras, a uma sessão sobre o problema da Sida na qual o padre Feytor Pinto, na altura, salvo erro, comissário do Observatório Europeu da toxicodependência (?) condenou a utilização do preservativo na prevenção da doença. O católico tinha que ter força de vontade para resistir à tentação da carne. Quando não tinha ou não resistia estava tramado.Aliás posição que defendeu em muitas outras sessões públicas, inclusivé na televisão.
A Igreja Católica no caso da epidemia da Sida nada tem feito, antes pelo contrário.
Cumprimentos
Na lógica deles, o preservativo é uma questão quase lateral.
O que está em causa - e ela nunca conseguiu controlar - foi a questão do pecado da fornicação (coito ilegítimo). Se a conduta moral lhes condena a alma é mais que justo que o corpo seja mortificado pelo acto pecaminoso.
Para a Igreja a questão é de fundo.
A lógica dela - e, nesta coisa, como diz o João Seabra não há fezes, há Fé - está muito a montante do preservativo e é, em minha opinião, castradora.
Isso foi há 10 anos, disse?
Deixe estar, daqui a 10 continuam na mesma:)
Mas com o mesmo descaramento que faço este juízo de valor, afirmo que não creio que uma "condenação" do preservativo pela Igreja tenha mais valor, para um católico, que a condenação do sexo que cedeu aos "prazeres da carne".
É grave que ela o diga, mas não penso que ela tenha autoridade sobre o "rebanho", como, aliás, está demonstrado.
Então os cidadãos que morrem com a Sida... bem feito. Quem os mandou ser infiéis. Preservativo: não. Para terem o que merecem. Este diálogo trouxe-me à memória o "porque não sou cristão".Doutrina da vingança.
Isto tudo já nós sabemos.
A novidade é reivindicação da igreja de querer intervir no problema de saúde pública causado pela Sida. Para forçar os desesperados à conversão?
Isso a mim não me parece novidade, Xavier. A Igreja sempre tentou meter-se no que não devia. E sim, lembramo-nos, necessariamente do Bertrand Russell, esse homem brilhante.
Concordo totalmente consigo quanto ao resto da resposta, mas nem todos pensam assim:)
Um bom dia para amanhã e muito merecidos cumprimentos:)
Discordo quando se diz que não tem influência a posição da igreja. Essa posição influencia e muito o trabalho de instituições e grupos religiosos em locais sensíveis como bairros degrados do nosso país, já para não falar de áfrica.
Cara Carolina
Concordo consigo na medida em que a Igreja Católica tem tido um papel extremamente importante no apoio às populações mais pobres. Menos culto e mais intervenção no terreno é uma faceta positiva de alguns sectores da Igreja. Basta recordar o excelente trabalho realizado na Península de Setúbal e no Vale do Ave.
O que estava aqui em avaliação, suponho, era o papel dos dogmas que impedem que a Igreja possa intervir, precimsamente, de forma mais eficaz no plano social. O Padre Feytor Pinto é o exemplo do padre que se refugia em castelos de argumentação fora da verdadeira realidade social. Perante uma epidemia como a SIDA explicar ás pessoas que devem praticar a abstinência, fidelidade e monogamia não funciona.É preciso uma medida de eficácia imediata. A recomendação do preservativo é eficaz. A Igreja não deverá mortificar as consciências dos católicos porque usam preservativo.
Noutro plano poder-se-à tratar desses problemas da moral e da alma.
Xavier
Foi no sentido do "papel dos dogma que impedem que a Igreja possa intervir, precisamente, de mais eficaz no plano social" que redigi o comentário. É que se para pessoas "mais esclarecidas" esses dogmas não as impede de ter os cuidados necessários, noutros meios pode ser perigoso. Referi os meios degradados e áfrica, mas poderia ainda referir os grupos de jovens católicos (da classe média) onde essa mensagem passa.
Poderia, ainda, questionar alguns "dos excelentes trabalhos realizados na Península de Setúbal e Vale do Ave", no que diz respeito à actuação de algumas instituições que conheço razoavelmente, mas isso seria uma longa e dura conversa.
abraço
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