Pai Natal Generoso
Quinze Poetas Portugueses do Séc. XX
O Pedro, o meu filho mais velho, grande batalhador da comunicação social, ofereceu-me esta pérola com selecção e prefácio de Gastão Cruz. Edição Assírio & Alvim, 2004.
"Toda a poesia moderna pode ser lida como "denúncia da realidade", no sentido em que é no luminoso abismo aberto entre o real e a linguagem que a evidência da poesia se produz e revela."
Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda.
Dedicados a Matilde Urrutia: "Eu, com muita humildade, fiz estes sonetos de madeira, dei-lhes o som desta opaca e pura substância e assim devem chegar aos teus ouvidos... Assim estabelecidas as minhas razões de amor, entrego-te esta centúria: sonetos de madeira que só existem porque tu lhes deste vida." Tradução de Albano Martins. Colecção Campo da Poesia. Edição Setembro 2004.
HUMANOS.
A Alexandra, além de um útil porta moedas que eu vou tentar não perder nas próximas semanas, ofereceu-me este espectacular CD com a intervenção de uma série de músicos de grande nível em que sobressaem o Camané, David Fonseca, Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves, Nuno Rafael, João Cardoso e Sérgio Nascimento. Gravado por Nelson Carvalho em casa e nos estúdios MB, Vila Nova de Gaia.
Um trabalho realizado com base nas composições de António Variações. A criatividade dos músicos intervenientes faz deste CD um momento alto da música popular portuguesa.
Gostámos, especialmente, da interpretação da Manuela Azevedo "A culpa é da vontade" e do Camané "Maria Albertina" :
"Maria Albertina deixa que eu te diga
Ah... Maria Albertina deixa que eu te diga
Esse teu nome eu sei que não é um espanto
Mas, é cá da terra e tem, tem muito encanto
Esse teu nome eu sei que não é um espanto
Mas, é cá da terra e tem, tem muito encanto
Maria Albertina como foste nessa
de chamar Vanessa à tua menina?"
Cahiers Moleskine.
O Filipe, o meu filho mais novo (após concluir a licenciatura de arquitectura com vinte valores prepara-se para me deixar, rumo ao estágio em Londres), presenteou-me com um generoso "stock" de "cahiers Moleskine" que devem chegar até ao seu regresso.
5 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
1. - Foi um dia à volta da mesa, à conversa com a família que só se reune na máxima força no Natal.
A ementa foi o costume:
- Sopa de bacalhau e canja;
- Desfeita de bacalhau (ou meia desfeita);
- Arroz de polvo+fritos de polvo;
- Perú recheado assado no forno de lenha;
- Arroz doce;
- Leite creme;
- Sonhos e filhós
- Chiffon de chocolate;
- Doce de ovos
- Bolo rei.
2. - Discutiu-se, como de costume, a conjuntura política. Vários áreas políticas em confronto: PSD/CDS, PS, Bloco de Esquerda. Profissionais de várias áreas: Público: Ensino (professor da universidade de Évora), Saúde (administrador hospitalar), Privado: (administrador da Brisa), Indústria (Portucel) Comunicação (TVI).
Várias horas de discussão e comesaina depois, generosamente regadas por tintos, brancos e scotish, foi possível, apesar de tudo, chegar a algumas conclusões importantes.
a) - A discussão não foi tão viva como em anos anteriores. Há um desencanto nunca experimentado em relação à governação do nosso pequeno país. Vivemos um momento, especialmente, crítico com escassez de valores capazes de vencer as dificuldades.
b) – Reformas urgentes precisam-se:
Administração Pública, essencial para obter o controlo da despesa pública. Não houve consenso sobre a metodologia a utilizar. Modernização tecnológica, renovação e formação de pessoal, gestão por objectivos.
- Reforma fiscal: Actualização do IRC dos Bancos ( Taxa mínima de 15%). Acabar com o “off shore” da Madeira. Acabar com o sigilo bancário. Inspecções patrimoniais.
c) - Prioritário investir no ensino e na investigação.
3 - Fiquei com a sensação de que só um pacto de regime para determinadas áreas da governação poderá salvar Portugal de entrar numa rota de divergência irrecuperável relativamente à Comunidade Europeia.
4. - Despedimo-nos com sentidos abraços. Para o ano há mais. Se, entretanto, não emigrarmos.
É preciso pachorra para ir correr num dia destes.
Eu estou em recuperação dos abusos Natalícios. Umas sopinhas, umas aspirinas para a dor de cabeça e muito repouso.
Um Abraço
João Pedro
Coloquei o comentário anterior no "post" errado.
De qualquer forma posso-te assegurar que, por certo, a minha lista de tintos e brancos foi mais vasta do que a tua.
Bons filhos dão presentes lindos a pais bonitos.
E está tudo ligado e faz sentido.
Foram, de facto, pérolas.
Algumas conheço, outras não (mas admito que o sejam):)
É o caso do CD de música portuguesa e não tenho a desculpa de ter vinte anos, ser universitária ou não ser portuguesa até à medula ("não tenho mesmo desculpa nenhuma"), só tenho falta de sensibilidade e ignorância pura e dura.
Teve uma ceia muito gira, com excepção da canja (Wach).
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