Consumo de Antibióticos
A Revista Lancet, publica um estudo comparativo, desenvolvido pela equipa do professor Hermann Goosens, da Universidade de Antuérpia, sobre a utilização de antibióticos em 26 países da Comunidade Europeia (link)
Segundo o referido estudo, as práticas de prescrição de antibióticos variam, significativamente, entre o norte e o sul da Europa. Enquanto em França, o consumo de antibióticos foi de 32 doses diárias por mil habitantes (DDH) ( ano 2002), na Holanda o consumo foi de apenas 10 DDH.
Segundo o referido estudo, as práticas de prescrição de antibióticos variam, significativamente, entre o norte e o sul da Europa. Enquanto em França, o consumo de antibióticos foi de 32 doses diárias por mil habitantes (DDH) ( ano 2002), na Holanda o consumo foi de apenas 10 DDH.
Portugal inclui-se no grupo dos países com maior consumo de antibióticos, 26 DDH.
Outra conclusão do referido estudo é a de que, "na maioria dos países europeus, se verifica uma utilização crescente de antibióticos mais inovadores - que combatem um largo espectro de bactérias - e um declínio da prescrição de substâncias mais antigas, como as penicilinas."
"Portugal é o segundo maior consumidor de quinolonas (apenas precedido pela Itália), um antibiótico cuja utilização generalizada levou ao aparecimento de uma percentagem significativa de estirpes resistentes".
O padrão de prescrição em Portugal, relativamente à utilização de antibióticos, além de se traduzir num aumento desnecessário dos custos, poderá contribuir para a criação de resistências e consequente diminuição da eficácia dos tratamentos.
Outra conclusão do referido estudo é a de que, "na maioria dos países europeus, se verifica uma utilização crescente de antibióticos mais inovadores - que combatem um largo espectro de bactérias - e um declínio da prescrição de substâncias mais antigas, como as penicilinas."
"Portugal é o segundo maior consumidor de quinolonas (apenas precedido pela Itália), um antibiótico cuja utilização generalizada levou ao aparecimento de uma percentagem significativa de estirpes resistentes".
O padrão de prescrição em Portugal, relativamente à utilização de antibióticos, além de se traduzir num aumento desnecessário dos custos, poderá contribuir para a criação de resistências e consequente diminuição da eficácia dos tratamentos.
4 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
O padrão de prescrição resulta da decisãó do conjunto dos médicos prescritores sobre as opções terapêuticas disponíveis no mercado.
Os médicos dos países do sul da Europa prescrevem antibióticos inadequadamente com prejuízo da saúde dos utentes.
Este comportamento reflecte, em primeiro lugar, a pressão da Indústria na indução do consumo de novas substâncias.
Em segundo lugar reflecte uma má prática clínica, nomeadamente a não efectuação de exames analíticos para determinação precisa do agente patogénico determinante da posterior escolha da substância activa mais adequada. O médico prescritor prefere atacar desde logo com um antibiótico de largo espectro sem a efectuação de qualquer ajustamento posterior do medicamento prescrito (por exemplo, depois de conhecer o resultado das análises efectuadas).
O comportamento dos prescritores, influenciando o aumento dos gastos com a aquisição de medicamentos, é, essencialmente, lamentável na medida em que contribui para a rápida degradação do arsenal terapêutico disponível pela criação de resistencias determinada por uma prática clínica incorrecta.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
A prescrição em Portugal é feita de acordo com os pontos que a Indústria atribui a cada substância activa.
Após atingir x pontos têm direito a uma máquina fotográfica. Y pontos um combinado frigorífico. z pontos um Land Cruise. Além de viagens e fins de semana em Marrocos.
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