segunda-feira, fevereiro 14

O Português Chora

Depois da hora e meia de telejornais sobre a morte da irmâ Lúcia, lembrei-me deste poema do O´Neill sobre a condição de ser português.
(...)
Rato rói,
até na orelha.
Anjo dói
de outra maneira.

Mas eis que, nestes enredos,
há dois a mais, um a menos.

Cai ao anjo a pena,
ao rato o pelame.
Um regressa ao seu enxame,
o outro à sua caverna.

E o português, desanjado,
já se vê desratizado.
Chora.
Alexandre O´Neill

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