segunda-feira, fevereiro 7

A Igreja e as Eleições


A Igreja não resiste a intervir nestas ocasiões a favor dos partidos de direita. Na missa, transmitida pela Antena 1, o clérigo da Igreja de São João de Brito, padre Loreno, apelou aos fiéis para que não votem nos partidos defensores do aborto, eutanásia e dos direitos dos homossexuais e criticou todos os partidos que defendem o casamento entre homossexuais (link)
O Patriarcado recusou, comentar o conteúdo da homilia do padre da igreja de São João de Brito, não esclarecendo se esta é também a sua posição, remetendo a resposta para o seu site na Internet (link)

7 Comments:

Blogger xavier said...

José Sócrates, falando aos jornalistas em Fátima, após uma reunião com empresários da região, repudiou as posições do pároco da Igreja de São João de Brito.
"Foram declarações muito infelizes, mas que o PS não valoriza, porque essas declarações não representam a posição da Igreja Católica".

2:19 da tarde  
Blogger xavier said...

As interferências da Igreja nos assuntos políticos também se têm feito sentir em Espanha. As reformas sociais anunciadas pelo Governo socialista do primeiro-ministro, José Luis Rodríguez Zapatero, têm causado mal-estar entre os representantes da Igreja Católica e o Executivo.
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), após vencer as legislativas de Março 2004, anunciou a revisão da Lei do Aborto (que permitirá a interrupção da gravidez até às 12 ou 14 semanas). Em Agosto, o ministro da Justiça espanhol, López Aguilar, garantiu, no entanto, que a alteração do Código Penal, no que toca a esta matéria, não irá ocorrer antes de 2006 e será precedida por um "profundo debate social e político".
O programa de governo socialista prevê ainda a legalização do casamento entre homossexuais, da eutanásia e o uso de embriões humanos em experiências científicas, bem como a defesa de uma escola "pública e laica".
O financiamento de operações de mudança de sexo e a redução dos trâmites legais em caso de divórcio também estão previstos nas reformas sociais do Governo de Zapatero. O Conselho de Ministros já iniciou o debate sobre a lei que permitirá dissolver o casamento em dez dias. Esta medida foi duramente criticada pelas associações de defesa da família.
A Igreja Católica também não ficou indiferente a estes projectos. A primeira reacção surgiu através da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) que considerou os projectos socialistas "preocupantes".
Em Junho 2004, durante uma audiência com o primeiro-ministro espanhol, o Papa João Paulo II manifestou a sua preocupação perante as políticas sociais de Madrid. Estas críticas foram repetidas no dia 24 de Janeiro, durante a recepção do Santo Padre a um grupo de bispos espanhóis. O Sumo Pontífice acusou o Executivo de Zapatero de estar a difundir "uma mentalidade inspirada no laicismo".
O Papa condenou o aborto e os casamentos entre homossexuais, pedindo a Madrid que garantisse o direito fundamental à vida, defendesse a família e o ensino da religião católica nas escolas públicas.
Confrontado com estas críticas, o Governo de Zapatero convocou o núncio (embaixador) do Papa em Espanha, o português Manuel Monteiro de Castro, para lhe expressar o seu mal-estar.
Na reunião realizada no Palácio de Santa Cruz, o subsecretário dos Assuntos Externos, Luis Calvo, reafirmou o desejo do Executivo de manter um bom entendimento com a Igreja Católica. Zapatero, por seu lado, considerou "exageradas" as palavras do Papa e garantiu que "Espanha vive o momento de maior liberdade religiosa da sua história".

2:30 da tarde  
Blogger xavier said...

Francisco Louçã considerou que esta homilia não é um exemplo representativo da Igreja católica. "Já contámos com a colaboração de vários padres com posições mais tolerantes nas nossas iniciativas. Lamento que um padre faça campanha pelo PSD e pelo PP, isso é uma vergonha para ele".

2:33 da tarde  
Blogger xavier said...

Jerónimo de Sousa, que as considerou "inaceitáveis", sublinhando que a Igreja não deve fazer campanha.

2:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A Igreja tem nostalgia dos tempos da Inquisição. Das fogueiras de labaredas ao vento onde estorricavam, lentamente, todos aqueles que se lhe cruzavam ao caminho.
Que jeiteira não faziam hoje as fogueiritas a crepitar no Terreiro do Paço a queimar homosexuais, portadores de Sida, pretos, judeus, abortistas e militantes dos partidos de esquerda, criteriosamente escolhidos.
E o Paulo Portas de olhos arregalados e gibão púrpura a gritar à varanda do ministério do Mar: É só fumaça, é só fumaça.Assem os infiéis!

5:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A Igreja Católica vive presa aos velhos dogmas. Tal como o PC português também não pode prescindir da cartilha sob pena de se evaporar.
COm o passar do tempo vão definhando à míngua de novos aderentes.
Há, no entanto, sempre uma esperança que umas almas iluminadas consigam a renovação, a construção de uma nova igreja.
Querem ver que eu amanhã ainda sou surpreendido com a notícia de que o padre que proferiu a homilia na Igreja de São João de Brito, foi castigado pelo Cardeal Patriarca de Lisboa?

5:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Camarada, a Igreja não é susceptível de reforma. A sua actividade nunca fará parte de um sistema aberto com Entidade Reguladora.

5:43 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home