segunda-feira, abril 25

Cuidados Hospitalares

O Tempo é de mudança

Hospital SMda Feira, SA
António Correia de Campos nomeou, recentemente, uma Unidade de Missão para o estudo e criação dos cuidados domiciliários hospitalares, pré e pós operatórios, à população idosa.
Pedro Pita Barros faz um levantamento exaustivo dos riscos desta medida num artigo publicado no Semanário Económico
"Proposta nova, riscos antigos"
Com esta medida pretende-se encurtar os dias de internamento hospitalar através do acompanhamento domiciliário dos idosos por pessoal hospitalar.
Sendo um projecto que implica uma mudança mais ou menos profunda no “status quo” hospitalar e da relação com a rede de cuidados primários, envolvendo riscos elevados, há que investir na metodologia de implementação de forma a conseguir a mobilização dos profissionais da saúde.
Não se pense que medidas deste tipo se implementam, eficazmente, somente através da publicação da respectiva portaria e do acompanhamento da Unidade de Missão no terreno. A proposta de implementação deste novo serviço deverá conter determinados aliciantes indispensáveis à mobilização dos profissionais da saúde. E não me estou a referir a mais dinheiro.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O objectico é também fazer uma melhor cobertura de cuidados em relação à população idosa.
Todos sabemos que a população idosa aumentou.
O problema de fundo é de carácter social. Nas zonas urbanas houve quebra da cadeia de solidariedade.
Os velhos deixaram, em muitos casos, de ter o apoio dos familiares e dos vizinhos.
Todos sabemos que o grande problema com os doentes idosos nos hospitais se prende com o destino a dar-lhe após a alta.
A prestação de cuidados domiciliários hospitalares exige por outro lado a existência de um sistema de informação eficaz e uma articulação com os cuidados de saúde primários inexxistente em muitas zonas do país.
A Comissãp fará por certo bem o seu trabalho e proporá a implementação de um serviço exequível que não deixará de representar elevados investimentos.

9:54 da manhã  
Blogger xavier said...

A Ordem dos Enfermeiros vai propor ao Ministério da Saúde a criação de unidades de enfermeiros de família contactáveis 24 por dia através de telemóvel.
Correia de Campos, já admitiu que vai criar a carreira e o modelo a seguir está a ser analisado pela Comissão de Trabalho da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários.
Jornal Público 26.04.05.

Aqui está um bom exemplo a seguir .
As soluções têm que ser estudadas com a participação dos profissionais que intervêm na prestação deste tipo de cuidados.

2:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A análise do Pita Barros é baseada no pressuposto de que os profissionais da saúde são todos uns manhosos prontos a sabotar todos os projectos do ministro.
Não há reforma com êxito sem envolvimento dos profissionais da saúde.
O que há a fazer é reunir com os médicos, enfermeiros e técnicos hospitalares e expôr-lhes o projecto dos cuidados domiciliários e pedir-lhes participação e ajuda para encontrar as melhores soluções.
É preciso evitar a todo o custo o que aconteceu com a criação dos Hospitais SA. Arrogância e estudos de empresas externas aos molhos.

5:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parece-me que mesmo que haja esse envolvimento, se a proposta for apenas para "jornal relatar" e não houver pressão política permanente, não se irá a lado nenhum. Normalmente à falta de pressão política segue-se rapidamente a falta de dinheiro, e desaparece

9:24 da tarde  

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