Cuidados Hospitalares
O Tempo é de mudança
Hospital SMda Feira, SA
Hospital SMda Feira, SA
António Correia de Campos nomeou, recentemente, uma Unidade de Missão para o estudo e criação dos cuidados domiciliários hospitalares, pré e pós operatórios, à população idosa.
Pedro Pita Barros faz um levantamento exaustivo dos riscos desta medida num artigo publicado no Semanário Económico "Proposta nova, riscos antigos"
Pedro Pita Barros faz um levantamento exaustivo dos riscos desta medida num artigo publicado no Semanário Económico "Proposta nova, riscos antigos"
Com esta medida pretende-se encurtar os dias de internamento hospitalar através do acompanhamento domiciliário dos idosos por pessoal hospitalar.
Sendo um projecto que implica uma mudança mais ou menos profunda no “status quo” hospitalar e da relação com a rede de cuidados primários, envolvendo riscos elevados, há que investir na metodologia de implementação de forma a conseguir a mobilização dos profissionais da saúde.
Sendo um projecto que implica uma mudança mais ou menos profunda no “status quo” hospitalar e da relação com a rede de cuidados primários, envolvendo riscos elevados, há que investir na metodologia de implementação de forma a conseguir a mobilização dos profissionais da saúde.
Não se pense que medidas deste tipo se implementam, eficazmente, somente através da publicação da respectiva portaria e do acompanhamento da Unidade de Missão no terreno. A proposta de implementação deste novo serviço deverá conter determinados aliciantes indispensáveis à mobilização dos profissionais da saúde. E não me estou a referir a mais dinheiro.
4 Comments:
O objectico é também fazer uma melhor cobertura de cuidados em relação à população idosa.
Todos sabemos que a população idosa aumentou.
O problema de fundo é de carácter social. Nas zonas urbanas houve quebra da cadeia de solidariedade.
Os velhos deixaram, em muitos casos, de ter o apoio dos familiares e dos vizinhos.
Todos sabemos que o grande problema com os doentes idosos nos hospitais se prende com o destino a dar-lhe após a alta.
A prestação de cuidados domiciliários hospitalares exige por outro lado a existência de um sistema de informação eficaz e uma articulação com os cuidados de saúde primários inexxistente em muitas zonas do país.
A Comissãp fará por certo bem o seu trabalho e proporá a implementação de um serviço exequível que não deixará de representar elevados investimentos.
A Ordem dos Enfermeiros vai propor ao Ministério da Saúde a criação de unidades de enfermeiros de família contactáveis 24 por dia através de telemóvel.
Correia de Campos, já admitiu que vai criar a carreira e o modelo a seguir está a ser analisado pela Comissão de Trabalho da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários.
Jornal Público 26.04.05.
Aqui está um bom exemplo a seguir .
As soluções têm que ser estudadas com a participação dos profissionais que intervêm na prestação deste tipo de cuidados.
A análise do Pita Barros é baseada no pressuposto de que os profissionais da saúde são todos uns manhosos prontos a sabotar todos os projectos do ministro.
Não há reforma com êxito sem envolvimento dos profissionais da saúde.
O que há a fazer é reunir com os médicos, enfermeiros e técnicos hospitalares e expôr-lhes o projecto dos cuidados domiciliários e pedir-lhes participação e ajuda para encontrar as melhores soluções.
É preciso evitar a todo o custo o que aconteceu com a criação dos Hospitais SA. Arrogância e estudos de empresas externas aos molhos.
Parece-me que mesmo que haja esse envolvimento, se a proposta for apenas para "jornal relatar" e não houver pressão política permanente, não se irá a lado nenhum. Normalmente à falta de pressão política segue-se rapidamente a falta de dinheiro, e desaparece
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