País de Brincadeira
Se o problema é, as boas práticas de gestão, os Hospitais devem ser entregues a profissionais com experiência, competência e atitude capazes de governar de forma ajustada os recursos disponíveis .
Se se acha que é necessário confiança política é porque o importante não é a "gestão técnica " mas a gestão politicamente correcta "gestão da crise", a tal que conduziu os hospitais a um descontrolo de gestão e despesismo ao serviço da satisfação de lóbis.
Entregar à pressa os hospitais a novas Equipas de Gestão sem assinatura de um contrato de gestão é simplesmente gozar com o país e desresponsabilizar os nomeados ou seja dar regalias sem obrigações e compromissos.
Se se acha que é necessário confiança política é porque o importante não é a "gestão técnica " mas a gestão politicamente correcta "gestão da crise", a tal que conduziu os hospitais a um descontrolo de gestão e despesismo ao serviço da satisfação de lóbis.
Entregar à pressa os hospitais a novas Equipas de Gestão sem assinatura de um contrato de gestão é simplesmente gozar com o país e desresponsabilizar os nomeados ou seja dar regalias sem obrigações e compromissos.
Estamos de facto no país da brincadeira, não acham?
E depois vem o aumento do IVA "o tal imposto cego" tentar disfarçar tanta incompetência!!!
É preciso dar peso a este BLOG para denunciar esta tristeza e a falta grave de transparência ao serviço na causa pública.
9 Comments:
Aos recém nomeados, Correia de Campos fez distribuir uma carta de intenções cujo conteúdo de carácter sigiloso não foi revelado.
Não se tratará de um contrato de gestão com os objectivos, incentivos e penalizações?
A situação é exemplarmente analisada neste texto.
Tudo continua a passar-se como sempre se passou: amiguismo, porreirismo e favores.
Os AH vão ser prejudicados por esta forma amadora de tratar o problema da gestão dos hospitais.
Como é de prever, daqui a algum tempo os resultados vão falhar e aos AH vão ser atribuídas as culpas do falhanço.
É triste ver que por vezes os AH mais não conseguem do que olhar para os seus umbigos. Comentar que estas nomeações são prejudiciais para os AH!!! Tenham tento na lingua e um pouco de pudor.
Tenho acompanhado o esforço meritório, feito pelos colaboradores deste Blog, de efectuar uma reflexão sobre a Administração Hospitalar.
Para lá de algumas reflexões interessantes o melhor que se conseguiu como proposta alternativa ao actual modelo de gestão hospitalar foi a defesa do modelo antigo do 30/77.
Parece-me uma proposta, no mínimo, pouco inovadora, pouco defensável, e de difícil implementação na actual conjuntura.
Relativamente ao terceiro comentário prometo ter tento na língua quando o barco começar a ir ao fundo.
Nada a dizer quanto à qualidade das pessoas nomeadas.
O problema está no modelo de gestão e e de relação com a tutela.
Um dos melhores textos que se produziram neste Blog: Certeiro, sintético, oportuno.
Este Blog já vai tendo bastante força. Talvez não seja ainda a suficiente. Lá iremos.
Efectuamos uma leitura rápida aos relatórios de contas do HOSPITAL DE SANTARÉM SA relativos aos anos de 2003 e 2004.
Esses relatórios de contas podem ser consultados no site oficial dos Hospitais SA:
http://www.hospitaissa.min-saude.pt/Hospitais_SA/Info_Gestao/RelatContas/relatorio_contas_2003.htm
http://www.hospitaissa.min-saude.pt/Hospitais_SA/Info_Gestao/RelatContas/Relatorio_Contas_2004.htm
Já por diversas vezes referenciámos que a GESTÃO DESTE HOSPITAL É INCOMPETENTE E NEGLIGENTE.
NO NOSSO BLOG (www.hospitaldesantarem.blogspot.com) JÁ FORAM EXPOSTOS ANTERIORMENTE DIVERSOS DADOS QUE NÃO BATEM CERTO. MILHARES DE REGISTOS DE DIFERENÇA NO QUE RESPEITA Á PRODUÇÃO DESTE HOSPITAL E A DADOS DE ASSISTÊNCIA INCONGRUENTES.
NO CASO DO RELATÓRIO DE CONTAS É AINDA MAIS GRAVE POIS ESTAMOS PERANTE DADOS OFICIAIS AUDITADOS POR UM REVISOR OFICIAL DE CONTAS.
LEMBRAMOS QUE NUM ESPAÇO DE 7 MESES (DURANTE 2004) FORAM CONTRATADOS DOIS DIRECTORES FINANCEIROS O HOSPITAL DE SANTARÉM QUE SE DEMITIRAM, NOMEADAMENTE O DRº CUNHA BARROS E O DRº ANTÓNIO BELO.
ESTA SITUAÇÃO É ALTAMENTE ANÓMALA E DEIXA MUITAS INTERROGAÇÕES QUE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DEVERÁ RESPONDER.
O QUE TÊM A DIZER OS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:
DRº EDGAR GOUVEIA
DRº VICENTE TAVARES
DRº RAMIRO MATOS
DRº PINTO CORREIA
ENFº FRANCISCO EUSTÁQUIO
O QUE SE PASSA COM AS CONTAS DE MERCEARIA DESTE HOSPITAL ?
LEMBRAMOS QUE APENAS DEMOS UMA LEITURA MUITO SUPERFICIAL DOS DADOS E QUE PORTANTO NÃO TEMOS ACESSO A TODA A INFORMAÇÃO.
O QUE ACONTECERIA SE EFECTUÁSSEMOS UMA ANÁLISE MAIS PROFUNDA ÀS CONTAS DO HOSPITAL DE SANTARÉM SA ?
APELAMOS PARA QUE A INSPECÇÃO GERAL DE SAÚDE REALIZE O QUANTO ANTES, UMA AUDITORIA RIGOROSA A TODOS OS DADOS FINANCEIROS E DE PRODUÇÃO PARA QUE SE TIREM TODAS AS DÚVIDAS.
QUAL FOI O INVESTIMENTO DESTA ADMINISTRAÇÃO NA MELHORIA DOS PROCESSOS DE REGISTO E CONTABILIDADE FINANCEIRA ?
Identificamos diversos “erros” relativamente a alguma da informação que consta nesses relatórios.
O cenário é absolutamente devastador. Dados relativos ao mesmo ano têm valores diferentes nos dois relatórios.
NÃO DEVERIAM DE SER CORRIGOS OS ERROS ?
ESSES ERROS NÃO TÊM IMPACTO NA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA ?
NÃO SERÁ NECESSÁRIO REALIZAR NOVOS RELATÓRIOS DE CONTAS ?
QUAL O GRAU DE CONFIANÇA E CREDIBILIDADE QUE ESTES RELATÓRIOS DE CONTAS NO OFERECEM ?
Diferenças detectadas:
Relatório de Contas 2003: ano de 2002: Taxa de ocupação: 72, 28
Página 15
Relatório de Contas 2004: ano de 2002: Taxa de ocupação: 76,2
Página 14
Relatório de Contas 2003: ano de 2002: Total urgência: 90.336
Página 15
Relatório de Contas 2004: ano de 2002: Total urgência: 91.121
Página 19
Relatório de Contas 2003: ano de 2002: Total urgência: 90.336
Página 18
Relatório de Contas 2004: ano de 2002: Total urgência: 91.121
Página 19
Relatório de Contas 2003: ano de 2002: Absentismo: 32.332
Página 32
Relatório de Contas 2004: ano de 2002: Absentismo: 32.705
Página 42
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: Absentismo: 25.916
Página 32
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Absentismo: 26.483
Página 42
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: Evolução dos custos, proveitos e resultados – item prestação de serviços: 49.729.419
Página 45
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Evolução dos custos, proveitos e resultados - item prestação de serviços: 52.609.092
Página 49
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: Cirurgia de ambulatório: 3.055
Página 14
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Cirurgia de ambulatório: 3.706
Página 53
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: C.Financ. Extraord: 2.910
Página 14
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: C.Financ. Extraord: 2.923
Página 57
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: Vendas: 483.368
Página 23
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Vendas: 483
Página 58
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: Prestação de serviços: 49.729.419
Página 23
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Prestação de serviços: 52.609
Página 58
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: P.Financ. Extraord.: 4.359.755
Página 23
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: P.Financ. Extraord: 5.143
Página 58
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: Outros proveitos operacionais: 3.181.620
Página 23
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Outros proveitos operacionais: 302
Página 58
Relatório de Contas 2003: ano de 2003:Prestação de serviços: 49.729.419
Página 45
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Prestação de serviços: 52.609.092
Página 62
Relatório de Contas 2003: ano de 2003:Outros proveitos e ganhos operacionais: 3.181.620
Página 45
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: Outros proveitos e ganhos operacionais: 301.948
Página 62
Relatório de Contas 2003: ano de 2003:custo das vendas e prestação de serviços: 56.773.154
Página 47
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: custo das vendas e prestação de serviços: 55.324.006
Página 64
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: vendas e prestação de serviços: 50.212.787
Página 47
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: vendas e prestação de serviços: 53.092.460
Página 64
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: outros proveitos e ganhos extraordinários: 4.372.323
Página 47
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: outros proveitos e ganhos extraordinários: 1.492.650
Página 64
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: resultados extraordinários: 1.449.148
Página 47
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: outros resultados extraordinários: 0
Página 64
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: dividas a terceiros a curto prazo - item outros: 4.220.888
Página 60
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: dividas a terceiros a curto prazo - item outros: 4.192.989
Página 76
Relatório de Contas 2003: ano de 2003: fornecimentos e serviços externos - item outros: 636.119
Página 60
Relatório de Contas 2004: ano de 2003: fornecimentos e serviços externos - item outros: 633.924
Página 77
TIREM AS VOSSAS CONCLUSÕES.
PALAVRAS PARA QUÊ ?
O estado da saúde em números : 2004
PIB - Portugal gasta 8% do PIB em saúde. Um valor perto da média da União Europeia, mas que, per capita é apenas metade dessa média
OE 2005- Cada bebeficiário do SNS recebe cerca de 700 euros anuais em saúde
SNS - absorve 11% do OGE para 2005. Isto é, 7,26 mil milhões de euros
Médicos - Em Portugal há 32 médicos por 1000 habitantes
DÍVIDA - A divída dos hospitais do SNS à apifarma ascendeu a 977,5 milhões de euros no final de 2004
HOSPITAIS - No final de 2004 os hospitais do SNS demoravam, em média 483 dias a pagar as saus facturas à apifarma
Fonte: Exame nº 50 2005
AGORA TUDO MUDOU, JÁ ESTAMOS DE NOVO COM O TACHINHO NA MESA...
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