Reforma da Administração de Saúde
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, SA
A resolução dos novos problemas e desafios com que se defronta a Saúde: envelhecimento da população/elevado número de doentes crónicos, aumento exponencial dos custos, necessidade permanente de acesso às novas tecnologias, só é exequível através de uma visão integrada dos cuidados de saúde (primários e hospitalares).
A Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) S A, constituída pelo Hospital Pedro Hispano (427 camas) e quatro Centros de Saúde (Matosinhos, Senhora da Hora, São Mamede de Infesta e Leça da Palmeira e respectivas extensões), é responsável pela prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares de forma integrada, geridos por um único Concelho de Administração, à população do concelho de Matosinhos, assegurando ainda as actividades de saúde pública e os meios necessários ao exercício das competências de autoridade de saúde da sua área de influência (400 mil habitantes).
A Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) S A, constituída pelo Hospital Pedro Hispano (427 camas) e quatro Centros de Saúde (Matosinhos, Senhora da Hora, São Mamede de Infesta e Leça da Palmeira e respectivas extensões), é responsável pela prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares de forma integrada, geridos por um único Concelho de Administração, à população do concelho de Matosinhos, assegurando ainda as actividades de saúde pública e os meios necessários ao exercício das competências de autoridade de saúde da sua área de influência (400 mil habitantes).
O ministro da saúde, António Correia de Campos, pretende reformar a actual administração regional da saúde através da criação de Unidades Locais de Saúde (ULS), à semelhança da ULSM, de forma a unir, na mesma gestão, todos os cuidados de saúde necessários para servir as populações de cada zona de saúde, pondo termo às actuais subregiões de saúde (link).
Fazer replicar o modelo da ULSM, extendendo-o a todas as regiões do país, parece-nos uma medida acertada do actual ministro da saúde de forma a conseguir uma maior efectividade e eficiência dos cuidados de saúde a prestar às populações.
Fazer replicar o modelo da ULSM, extendendo-o a todas as regiões do país, parece-nos uma medida acertada do actual ministro da saúde de forma a conseguir uma maior efectividade e eficiência dos cuidados de saúde a prestar às populações.
6 Comments:
Alguém aqui no Saude S.A. escrevia sobre a posição 26 da ULS no ranking das S.A.
Então, ser incompetente dá lucro ou não. Vale ou não vale a pena olhar pelos nossos.
O erro foi incluir a ULSM no ranking dos SA´s.
Equiparar a gestão de uma ULS (hospital + centros de saúde+ extensões de saúde) aos hospitais como Barcelos, configura uma tarefa inequível.
A classificação da ULSM no ranking SA não tem qualquer significado.
A questão que se coloca nesta medida de CC nada tem a ver com a competência ou com os resultados obtidos pelo CA do H.Pedro Hispano,SA.Trata-se sim de proceder à aplicação dos conceitos de «desconcentração» e «complementaridade» à àrea da saúde e,através dela, obter ganhos de eficiência e efectividade.
Considero que o diagnóstico estava feito:um dos males do SNS tem estado na desarticulação
(consequência da falta de regulamentação?)entre os cuidados de saúde primários (a porta do sistema)e os cuidados de saúde diferenciados.
Esta desarticulação tem tido as seguintes consequências:
1ª-Entupimento das unidades de cuidados primários com doentes que, muitas vezes, justificariam transitar para os cuidados diferenciados;
2ª-Entupimento, principalmente,dos serviços de urgência das unidades de cuidados diferenciados com doentes que, muitas vezes,não teriam justificação clínica para a eles acederem.
Assim,os custos (para o SNS e para o doente)seriam altissimos e, acima de tudo, desregulados.Porque, em saúde, os custos nunca são altos ou baixos (o próprio CC diz ser a saúde um bem sem preço)desde que adequados por um correcto sistema de triagem que permita dar a cada doente o que lhe é devido.
O que verificamos é que a «visualização» destes conceitos,ao longo dos ultimos anos, tem sido subvertida por uma lógica economicista que,associado a alguma incapacidade de compreender a essência de um sistema de saúde solidariamente financiado assente no pressuposto do valor da pessoa humana,visava apenas a classificação num malfadado ranking.
Se a administração da ULS de Matosinhos, mesmo assim, ficou (no ano de 2004)classificada em 26ºlugar só podemos retirar duas conclusões:
1ª-Ou as condições de prestação de cuidados no ambito da ULS eram muito diferentes das de outros HHsa
(já vimos que esse ranking compara o H.de Barcelos com o HGSA p.e.)
2ª-Ou a referida administração, dadas as condições, não teria a qualificação necessária para a obtenção de bons resultados.
Apesar de a ideia de CC ser excelente continua-se a colocaqr a questão dos actores escolhidos para a colocares em prática_:enquanto não forem escolhidos os melhores actores, segundo critérios explicitos que garantam a sua credibilidade, dificilmente as boas ideias se transformarão em boas práticas.
Cumprimentos.
...e andamos a falar do mesmo há cerca de 13(treze)anos....
Quanto à colocação dos médicos dos centros de saúde de Matosinhos haveria muito que dizer.
Por artes mágicas esses centros de saúde estão bem melhor equipados que os do Porto, para não falarmos do interior. Porque será?É só consultar os quadros de pessoal e fazer comparações.
Ao longo dos anos muitos dos melhores médicos, após terminarem o seu internato, aí foram colocados, pertinho de casa como convém a um bom paroquiano.
Uma marosca bem urdida que sucessivos governos não viram.
Os seus autores actuaram em associação encobertos pela névoa. Como não há almoços grátis a acção que praticaram rendeu-lhes trunfos.
Clamam pela importância da Medicina Geral e Familiar e ainda os vamos ouvir em Congressos de Ética Médica não tarda.
Só que essa discriminação positiva que fomentaram não se poderá extrapolar para outros locais a médio prazo.
Esta pequena história entre muitas outras do mesmo quilate mostra o seguinte:
- O controlo do M. S. sobre as paróquias distantes não é fácil
- As maroscas rendem dividendos e ficam impunes
- Se Kafka ressuscitasse e visse o o que muitos dos mais estrénues defensores do SNS fizeram dele teria que reescrever o labirinto.
O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Salvador, garantiu, na segunda-feira, que a estrutura sindical está de acordo com a decisão governamental de criar Unidades Locais de Saúde, embora advirta que, com este sistema, os utentes poderão vir a ter de pagar mais pelos serviços de saúde.
O Governo socialista de José Sócrates anunciou a intenção de transformar as 18 sub-regiões de Saúde em estruturas com uma administração comum às várias unidades da mesma região e que passariam a funcionar em rede e com autonomia financeira.
Para o presidente do SIM, a questão reside apenas na possibilidade dos utentes virem a ser penalizados, uma vez que «pode colocar-se a probabilidade de haver um acréscimo nos preços, principalmente porque enfrentamos uma situação de crise», referiu Jorge Salvador, em declarações ao jornal A Capital.
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