domingo, outubro 30

Listas de Espera Cirúrgica



O Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), calculou que em 30 de Junho deste ano existiam cerca de 156.000 doentes a aguardar por uma cirúrgia com uma demora média superior a 180 dias.
O número de utentes em espera cirúrgica, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, atingiu os 234.000 (com uma demora média de 270 dias) dos quais 7.785 sem resposta nos hospitais públicos.(link)

O ministro da Saúde, António Correia de Campos, manifestou-se, por mais de uma vez, "pouco interessado" na dimensão da lista de espera cirúrgica, revelando-se mais preocupado em diminuir o tempo de espera cirúrgica.

Efectivamente, a avaliação da espera cirúrgica através da dimensão da lista é simplista, demagógica e susceptível de aproveitamento político. O problema está quando o número de doentes que ultrapassam o tempo de espera clinicamente aceitável não pára de crescer.
Para o coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), Pedro Gomes, este elevado número de doentes em espera explica-se pelo facto de o SIGIC ter criado mecanismos que obrigam os hospitais a registarem os utentes com indicação para cirurgia, o que dantes não era efectuado de uma forma exaustiva .
O SIGIC está numa fase de arranque. Vamos dar tempo ao tempo e aguardar que este programa contribua para melhorar a situação actual .
Depois do fracasso dos programas anteriores - Perle, PPA, Peclec- as expectativas, relativamente ao SIGIC, são muito baixas.

2 Comments:

Blogger xavier said...

Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) vai estar incluída no sistema que gere as listas de espera cirúrgicas até ao final do ano e vai avançar primeiro numa região piloto.
JP

10:05 da manhã  
Blogger xavier said...

Mas sobretudo o PM tem de ser visto a respaldar o Ministro da Saúde no rápido licenciamento de clínicas privadas especializadas na IVG. Nos termos da lei actual, pois claro. Onde se facultem IVGs nas mesmas condições em que tantas portuguesas as vão fazer a Espanha. Que venha a «Los Arcos» e que se legalizem, exigindo os mesmo padrões, as congéneres que existem clandestinamente por esse país fora. Trata-se de vencer a resistência ao cumprimento da lei actual pela lógica do mercado. Veremos até onde objectarão então certas consciências...
Ana Gomes - Causa Nossa

2:00 da tarde  

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