sexta-feira, outubro 28

Pagamento por Capitação

O Orçamento para a Saúde 2006, segundo Pedro Pitta Barros, configura “uma saudável mudança relativamente ao passado”, mas espera do Executivo medidas para evitar “a criação de dívida implícita e de listas de espera”.
Pedro Pitta Barros saúda a implementação do pagamento por capitação, isto é, o pagamento em função da população abrangida pela área de influência de um determinado hospital, mas sublinha que embora esta experiência seja de importância tão grande como a empresarialização doa hospitais, ela é “mais difícil de avaliar”. Essencialmente esta poderá ser ”um caminho para que melhor saúde da população seja obtida não apenas à custa de mais produção”, mas sim reforçando o interesse na prevenção. “ Se resultar, será um caminho para que diminua a pressão orçamental que, a este ritmo, será rapidamente insustentável.”
DE, 28 Outubro 2005.

2 Comments:

Blogger tonitosa said...

Estamos de volta à questão dos AH's. Com o respeito que todos me merecem repito a minha opinião sobre a matéria: não posso concordar com a ideia peregrina de que só os AH's têm competências para o desempenho de funções nos Hospitais. Os Hospitais como os estabelecimentos de saúde podem perfeitamente ser geridos por pessoas de outras áreas desde que o seu passado e a sua experiência profissional e sobretuo o seu perfil e a sua capacidade de liderança possam abonar a seu favor. Os AH's têm que ser colocados em pé de igualdade com outros potenciais técnicos e gestores. Um mestrado em Gestão, em Administração, em Economia, em Direito, em Recursos Humanos, etc., não pode ser subvalorizado em relação a uma pós-graduação em Administração Hospitalar. Dos AH's naturalmente há que eleger os melhores mas, quando um Hospital vai requisitar um AH que não entrou no quadro, provavelmente preterindo um outro do quadro, algo está errado. E mais errado está quando a pessoa requisitada pura e simplesmente já anteriormente provou ser absolutamente incompetente.
E para concluir: acho que os AH's também não estão, nem devem estar, excluídos da chamada ao desempenho de cargos de gestão noutras áreas e instituições da Administração Pública (para além da área da saúde).

10:01 da tarde  
Blogger tonitosa said...

É tão só a opinião de Pedro Pitta Barros. Que respeito e cujas opiniões procuro sempre acompanhar.
As melhorias introduzidas sobretudo no sentido de se acabar com a sub-orçamentação são de saudar. Mas a questão do défice e do ajustamento do OS à realidade só podem ser apreciados em função da capacidade para executar esse mesmo orçamento. E a procissão só vai começar em Janeiro de 2006. Depois ainda terá que percorrer o Adro...antes de entrar na igreja.
Uma das formas de financiar os Hospitais é a da capitação mas acho que não pode ser aplicada isoladamente. Tem que haver outras variáveis capazes de contemplar a realidade - as especificidades de cada estabelecimento e a realidade social (por exemplo população mais ou menos envelhecida, população com maior ou menor poder econónmico, etc.)- o modelo deverá pois ser um mix e não a aplicação cega da capitação (e não é vai sê-lo, obviamente).

10:09 PM

10:20 da tarde  

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