Rude Golpe ?
O artigo 8º (DL do OE/06, claramente inconstitucional, como o tempo provará e que nos irá custar uma fortuna em reparações judiciais à ANF…) só constituiria um “rude golpe” para a ANF, se as farmácias quisessem, isto é, se aproveitassem a “oportunidade” dada pelo ministro Correia de Campo para deixarem de pagar as quotas à associação. Porque, é bom lembrar a verdade dos factos, os 1,5% constitui uma quota associativa (e não reporta à facturação da farmácia mas apenas à parte das suas vendas que é comparticipada pelo SNS). Ora, o que está a suceder é que os associados da ANF não foram na conversa do ministro – porque, imagine-se, não confiam na sua bondade – e já garantiram que mantém o seu relacionamento associativo mesmo entregando a cobrança à banca (porque a isso vai obrigar a lei). Vale a pena sublinhar que a lei apenas respeita às farmácias – que passam a ser os únicos agentes económicos da Pátria a não poderem ceder créditos a quem querem.
Luís Oriente
4 Comments:
Rude golpe sofrem todos os dias os doentes ao verificarem que o dinheiro da reforma chega cada vez menos para pagar os MEDICAMENTOS.
Há tempos tinha escrito aqui um comentário sobre isto (que na altura ainda era segredo...). Na prática, o artigo 8º vai servir apenas para proporcionar à banca algumas comissões sobre a factura dos medicamentos. Para as farmácias não muda rigorosamente nada, pois a ANF continuará a garantir mensalmente os pagamentos (mesmo que através do tal consórcio bancário). Mas é realmente chocante ver a forma abertamente discriminatória como o Estado tenta distinguir negativamente um dos seus credores. Aliás, depois do Estado ter atingido calotes no valor de 1.250 milhões de euros, com algumas ARSs a passarem anos sem pagar sequer 1 cêntimo pelos medicamentos que nunca deixaram de ser comparticipados pelas farmácias e da ANF nem sequer ter cobrado os juros legais a que tinha direito, há alguém que ainda tenha a lata de considerar o Estado como uma pessoa de bem?
O estudo da AdC concluiu que as farmácias têm lucros excessivos.
à custa dos Utentes e dos Contribuintes.
Afinal o monopólio das Farmácias havia de servir para alguma coisa.
É evidente que a actuação do ministro nem sempre é acertada.
Vamos fazer votos para que os erros acumulados não sejam tantos que deitem tudo a perder.
Se o objectivo do Estado é diminuir a factura com os medicamentos diminui os preços e as margens.
Simples, óbvio, legal.
Tudo o resto é encenação, perseguição, diversão.
As Farmácias estão a ser o "bombo da festa" enquanto que outros, bem maiores, interesses permanecem incólumes.
Entretanto o povoléu (João Pedro said, por exemplo), desinformado e idiota, delira com o cheiro de sangue...
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