domingo, novembro 27

A saga das PPP


Segundo o semanário expresso desta semana (n.º 1726), a JMS está em risco de ser eliminada no concurso do novo hospital de Braga por não ter apresentado valores discriminados para o hospital de dia e radioterapia, conforme recomendação da comissão de avaliação.
Mais uma peça à expresso (pensei eu).
Pata aqui, pata ali... chega a altura da jornalista de serviço dramatizar : «A comissão de avaliação das propostas tem agora de decidir o que vai fazer.»
Ouve-se a música de fundo (imaginei eu).
O texto prossegue com as queixas dos consórcios concorrentes relativamente ao atraso das PPP (senhor ministro, o pipeline ameça fracturar-se).
Depois de uma informação rápida sobre o volume de negócios de cada concorrente, a peça termina lapidar :
A ESS do BES é o grupo melhor classificado (*) na corrida ao hospital de Braga».
Porque é que os textos da treta já não são inocentes como antigamente.
(*) Melhor classificado como se as propostas estão a ser avaliadas pela Comissão.

2 Comments:

Blogger saudepe said...

Assim vai a privatização da saúde :

Nos corredores da má língua o que se diz é que a situação priveligiada que a JMS tinha em relação ao anterior ministério da saúde é agora ocupada pela ESS do BES.

12:13 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Com ou sem PPP apetece-me escrever, aqui, o que alguém uma vez escreveu num muro de Alqueva: CONSTRUAM-ME PORRA!
É verdade. Sobre PPP é este o meu estado de espírito. Estou farto. Estou cansado de ouvir desculpas e mais desculpas. Estou farto de assitir a adiamentos e mais adiamentos. Construam-se pois os Hospitais. Porque é urgente! porque são necessários!
No local onde há-de surgir o Hospital de Loures, no Governo de A. Guterres (julgo que com CC como Ministro da Saúde) foi colocada uma placa que levava a crer que aquele hospital seria construído a breve prazo. Foi feita a promessa de contrução na vigência do XIV Governo (1999-2002). Na verdade, já passaram cerca de cinco anos e quase tudo continua igual. Do hospital só se vê o terreno. A construção parece ter sido adiada sine die. Pois bem, com ou sem a participação da iniciativa privada, é tempo de fazer a obra. Bem mais urgente do que a OTA ou o TGV! Este e outros hospitais não podem continuar adiados por erros ou incompetência dos intervenientes nos processos.

12:01 da manhã  

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