Estudos, para que vos quero
O ministro da saúde, António Correia de Campos, após ter anunciado a intenção de mandar encerrar os HH de S. José, Capuchos e Desterro, segundo o DN (21.12.05), mandou encomendar 2.090 milhões de euros de estudos para avaliar quais os hospitais da Grande Lisboa que devem ser encerrados e reconvertidos (link)
Estes estudos, encomendados de acordo com a recomendação do relatório elaborado pela Comissão Técnica nomeada pelo ministro da saúde para avaliar a repercussão da entrada em funcionamento dos novos hospitais, têm por objecto o reequacionamento da oferta de cuidados de saúde desta região.
O picante da notícia do DN é que o anterior ministro da saúde, LFP, terá encomendado também um estudo com o mesmo objectivo que custou mais de 190 mil euros, o qual não passou do papel.
2 Comments:
Coincidindo com o anúncio da intenção do Governo de encerrar três hospitais de Lisboa, descobriu-se que mais de metade das 21 unidades hospitalares da região apresentam instalações deficientes, degradadas e desadequadas.
A segunda vaga de anúncios de encerramento de hospitais deve estar a chegar.
A constatação sobre as deficiências das instalações hospitalares só pode surpreender quem nunca teve que recorrer a uma dessas unidades ou sequer tenha passado por lá de visita. O que será o caso do actual Governo, como do anterior. E assim, para chegar a uma conclusão que a generalidade das pessoas conhece, o Governo desembolsou dois milhões de euros para pagar 15 estudos sobre a matéria, mantendo na gaveta o estudo do governo anterior, que custou 190 mil euros.
João Paulo Guerra, DE 22.12.05
Esta notícia é tão impressionante que, sinceramente, me custa a acreditar na sua veracidade. Será possível que um dia depois de CC ter anunciado uma decisão tão importante quanto grave em termos de política de saúde, venha a klume uma notícia que nos dá conta de um estudo que irá custar mais de 400 mil contos para decidir quais os HH que vão encerrar?!
E mais uma vez CC parece apostado em pôr em causa o trabalho do seu antecessor, mesmo quando haja custos elevados para o Estado.
Que dirá a isto, o tribunal de Contas? Que procedimentos foram seguidos para adjudicar o referido estudo? Lembram-se das insinuações frequentes relacionadas com decisões de LFP? E agora?!...
Repito: custa-me a acreditar na veracidade da notícia!
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