sábado, março 11

Concentração de Maternidades

hospital de barcelos
A Comissão de Saúde Materno e Neonatal, (CSMN),responsável pela avaliação das urgências obstétricas, apresentou um relatório ao Ministério da Saúde no qual propõe a concentração de uma dezena de urgências:
Santo Tirso -> Famalicão;
Amarante -> Vale do Sousa;
Barcelos -> Braga;
Lamego -> Vila Real e Viseu;
Oliveira de Azeméis -> São Sebastião e Vila da Feira;
Figueira da Foz -> Coimbra e H Leiria;
Torres Vedras -> Caldas da Rainha, H. Santa Maria e Alfredo da Costa;
Elvas -> Portalegre e Badajoz;
Cascais e Vila Franca -> Transferência das utentes, até à construção dos novos HH PPP, para os hospitais de São Francisco, Dona Estefânia e Santa Maria.
A CSMN procedeu à avaliação da qualidade do atendimento das Urgências Obstétricas do país com base em critérios técnicos objectivos: suficiência de recursos humanos (2 médicos obstetras, 1 pediatra neonatal e 2 enfermeiras especialistas p/bloco); instalações físicas do bloco; tempo-distância (cada mulher grávida deve estar a menos de meia hora de ambulância do local do partor) e número anual de partos (1500 partos em média).
Face ao coro de protestos dos presidentes das Câmaras de Santo Tirso, Amarante, Barcelos, Lamego, Torres Vedras e Cascais, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos (definitivamente, o perito do MS a apagar fogos), garantiu no Parlamento que ainda não foi tomada qualquer decisão e que na próxima terça feira CC estará disponível para responder às perguntas dos deputados sobre esta matéria.
Já aqui referimos as grandes dificuldades da governação da saúde confrontada com a necessidade de reorganizar a rede de cuidados e fechar serviços de saúde num país que ainda recentemente gastou muitos milhões de euros na construção de dez estádios de futebol.

1 Comments:

Blogger tonitosa said...

Para já apenas uma curiosidade: fiz este fim de semana o percurso Vila Real-Mirandela quando ouvi via rádio a notícia sobre o estudo coordenado pelo Professor Jorge Branco. Uma das condições é que a mulher grávida esteja a menos de meia hora (de ambulância) do local do parto.
Admitindo o estudo o encerramento de V. Real e Bragança, permanecendo a Maternidade em Mirandela, gostava que me explicassem como será possível cumprir a dita meia hora (menos de meia hora) no transporte de uma parturiente de V. Real para Mirandela, tendo presente a hipótese, mais que provável, de a mesma residir fora da cidade de V. Real, numa qualquer aldeia, ou nos arredores da cidade.
Circulando a uma velocidade que oxila entre os 90 e os 120 quilómetros o percurso demora 35 minutos, com início no IP4 (saída para Mirandela/Bragança) e fim no IP4 (entrada para Mirandela).
E não me parece que uma ambulância, em condições de segurança desejáveis, deva fazer o percurso a velocidade superior.
E quem conhece o percurso Bragança-Mirandela também sabe que em meia hora não é possível percorrê-lo!
Em que iremos ficar?!

12:23 da manhã  

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