CC e a esquerda reformista
CC, sempre incansável, deu mais uma extensa entrevista, desta vez à jornalista Maria Miranda, publicada na revista Prémio (18.05.06).
Sobre a política do medicamento, CC confirmou que a comparticipação acrescida dos genéricos (25%) vai baixar para 20%, a partir de Junho do corrente ano. Quanto aos regimes especiais de comparticipação estão em estudo medidas de alteração, segundo CC, visando um acesso mais equitativo ao medicamento.
Relativamente à segunda vaga das PPP, CC admite que nem todos os HH serão construídos com o mesmo regime de financiamento externo. «Se houver condições como, por exemplo, terrenos que representem o valor total suficiente para pagar o novo hospital, ou para pagar parte, será aceitável que a operação de construção seja em troca da disponibilização do terreno anterior. É uma nova forma de parceria ou, então, até pode ser feita com uma equipa pública se conseguirmos ter unhas para isso».
Sobre o "opting out", CC parece mais comedido. Questionado se não seria uma boa medida para conter os gastos, CC respondeu não ter a certeza. «Já tive mais certeza do que hoje. Temos três experiências que não foram estudadas e acontece que uma delas quer deixar de o ser.»
Quem o acusa de ser movido por um ímpeto capitalista e visão economicista da Saúde, desconhece certamente «todo o trajecto da esquerda socialista e dos governos de esquerda contemporâneos, nos últimos dez anos, desde o presidente Clinton... link
Sobre a política do medicamento, CC confirmou que a comparticipação acrescida dos genéricos (25%) vai baixar para 20%, a partir de Junho do corrente ano. Quanto aos regimes especiais de comparticipação estão em estudo medidas de alteração, segundo CC, visando um acesso mais equitativo ao medicamento.
Relativamente à segunda vaga das PPP, CC admite que nem todos os HH serão construídos com o mesmo regime de financiamento externo. «Se houver condições como, por exemplo, terrenos que representem o valor total suficiente para pagar o novo hospital, ou para pagar parte, será aceitável que a operação de construção seja em troca da disponibilização do terreno anterior. É uma nova forma de parceria ou, então, até pode ser feita com uma equipa pública se conseguirmos ter unhas para isso».
Sobre o "opting out", CC parece mais comedido. Questionado se não seria uma boa medida para conter os gastos, CC respondeu não ter a certeza. «Já tive mais certeza do que hoje. Temos três experiências que não foram estudadas e acontece que uma delas quer deixar de o ser.»
Quem o acusa de ser movido por um ímpeto capitalista e visão economicista da Saúde, desconhece certamente «todo o trajecto da esquerda socialista e dos governos de esquerda contemporâneos, nos últimos dez anos, desde o presidente Clinton... link
15 Comments:
Devo estar a ficar senil!!!???
Mas não percebo esta da comparticipação acrescida dos genéricos ser de 25%, e ir baixar para 20%...
Então a comparticipação acrescida de 10% dos genéricos não foi já retirada!!!!
Então os genéricos e os outros produtos de marca não são comparticipados tendo como base o preço de referencia do grupo homegénio????
Alguem me pode explicar!!!
Considero a entrevista em causa como um bom momento de Correia de Campos.
Boas respostas a perguntas oportunas.
Princípios orientadores para a saúde que me parecem definidores de um rumo correcto, quer nos seus aspectos técnicos quer financeiros.
Algum exagero, é certo (ou menor precisão) na questão dos 250 mil euros pagos ao cirurgião. É que, estando a urgência em funcionamento, os mesmos valores teriam que ser pagos a alguém. É evidente que aí a questão é mais de segurança. Como pode um médico ser eficaz quando, dia-sim dia-não, faz 24 horas de urgência?
Depois um nota também por me parecer que haverá alguma contenção (propositada) na afirmação de que a iniciativa de empresarialização é (será) dos hospitais. Não me parece que assim tanha sido noutros casos de EPE's e não me parece que o papel do MS seja tão passivo nessa matéria.E bem.
Nota alta para a questão dos enfermeiros com horários acrescidos.
Faltou perguntar ao Senhor Ministro que medidas tomou (ou pensa tomar) para aumentar o número de pediatras em formação.
A concentração dos actuais, por outro lado, tem sido em grande parte determinada pela distribuição das vagas a favor das grandes unidades hospitalares.
Pena que à semelhança dos custos acrescidos dos enfermeiros não tenha sido abordado o problema dos horários médicos em regime de exclusividade e do pagamento das horas extraordinárias.
Não pode passar despercebida a referância feita pelo Senhor Ministro ao CH do Alto Minho (ver relatório e contas).
Caro expresso,
tambem não percecebi!!!,
admito que a incapacidade intelectual seja minha pelo que irei investigar;
Pode dar um exemplo concteto!!!
Para o E. Faustino e Guido Baldo:
Decreto-Lei n.º 270/20022 - O preço de referência de cada grupo homogéneo será majorado em 25% para os utentes abrangidos pelo regime especial de comparticipação de medicamentos até 31 de Dezembro de 2003
Decreto-Lei n.º 23/2005, de 26 de Janeiro Artigo 1.º Prorrogação
O prazo a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 270/2002, de 2 de Dezembro, é prorrogado até 31 de Dezembro de 2005.
Cumprimentos
CC efectuou nova prorrogação até 31 Dex 2006.
Caro Ricardo,
Isso nós sabemos... os utentes aposentados, com rendimentos inferiores ao salário mínimo, tem majorada a comparticipação relativamente aos preços de referencia quer dos genéricos quer nos medicamentos de marca.
Todavia o que é afirmado na entrevista é uma coisa completamente diferente, isto é:
, "CC confirmou que a comparticipação acrescida dos genéricos (25%) vai baixar para 20%, a partir de Junho do corrente ano."
Parece que o valor absoluto da comparticipação dos genéricos irá ser inferior aos dos produtos de referencia...
ou então,
irá baixar em 5% o valor da comparticipação quer para os genéricos quer para produtos de marca para este universo de utentes,
Neste contexto o ministério poupa à custa do gasto acrescido deste grupo de utentes...
Uma medida de “ carácter social” verdadeiramente de apoio aos mais desfavorecidos!!!!
Caro ricardo e expresso,
O exemplo que vou referir trata de forma exacta o modelo actual de comparticipações, Considerando um produto de Marca XPTO (um antibiotico) que arbitáriamente vamos atribuir um PVP de 100 € gostaria que enquadrasem as declarações do ministro e traduzissem isso em números no exemplo que apresento:
Produto Marca XPTO de Antibiotico A PVP=100 €
Produto Genérico do XPTO PVP = 75€
Preço de referencia do XPTO = 75 €
Valor da Comparticipação XPTO para utente de SNS geral 0,7*75 = 52,5€
Valor da Comparticipação do XPTO para Utente Reformado SNS especial 0,85* 75= 63,75€
Vamos supor que o médico autoriza a substituição,
Logo um utente do SNS regime geral se optar por levantar o XPTO marca paga do seu bolso 100-52,5 = 47,5€
Se o utente do SNS regime geral se optar por levantar o genérico do XPTO paga do seu bolso 75-52,5 = 22,5€
Para um reformado com rendimentos inferiores ao salário mínimo SNS regime especial,
se optar por levantar o XPTO marca paga do seu bolso 100-63,75 = 36,25€
Para um reformado com rendimentos inferiores ao salário mínimo SNS regime especial,
se optar por levantar o genérico do XPTO paga do seu bolso 75-63,75 = 11,25€
Como vem o facto de o utente poder optar ou não pelo genérico, caso o médico não o proiba explicitamemte causa poupanças significativas ao utente, contráriamente ao que aqui já foi afirmado.!!!
Cumprimentos
De acordo, só que o problema não era este, mas sim, conforme o expresso muito bem explicou.
O discurso tem vindo a refinar-se.
A táctica de CC é repetir tantas vezes o discurso até que no bestunto dos cidadãos fique impressa a mensagem de que tudo é feito a pensar na salvação do sistema.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Mais uma vez ficamos esclarecidos sobre a "bondades intrisecas" das políticas de CC relativamente aos medicamentos,..
As políticas estão corretissimas nós é que não temos capacidade intelectual para as entender...!!!
Excelente entrevista.
Tínhamos professor, começamos a ter ministro.
O que está escrito no post original é o seguinte:
comparticipação acrescida dos genéricos (25%) vai baixar para 20%.
Comparticipação acrescida.
Toda a gente já percebeu que vocês se enganaram, atrapalharam.
Acontece aos melhores.
O que não se compreende são todas essas piruetas.
E ainda por cima, nada disseram do que acharam da entrevista do senhor ministro.
A melhor entrevista de sempre.
As coisas estão a correr de feição.
Venha a reforma das farmácias.
Comentário final,
Mantenho integralmente tudo o que disse!!!
Em relação ao comentário da Helena reformas, de funcionamento das Farmácias concordo que há um longo caminho a percorrer a nível da Farmácia Hospitalar;
Nomeadamente, implementar comissões de farmacia e terapeutica a nível de cada hospital, processos de controlo dos stocks, aquisição mais tranparente, elevar os níveis de produtividade e de satizfação dos recursos humanos... etc etc Aí penso que o Sr Ministro CC com o auxílio dos Srs Administradores hospitalares tem uma margem fantástica e substancial de conseguir melhorias significativas...
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