quinta-feira, julho 13

O Governo está a tresloucar


Será do calor? A Procuradoria-Geral da República não terá uma palavra a dizer ?
Acabo de ouvir no telejornal que o Governo vai permitir aos alunos do 12º ano a repetição do exame de Matemática e de Química na segunda chamada, podendo o aluno ficar com a melhor das duas notas (a da 1ª ou da 2ª chamada). Com o fundamento de que as notas foram muito baixas.
O que é isto? A República das Bananas do costume? O que leva o Governo a vir lesar, deste modo, os alunos que estudaram em detrimento dos calaceiros? O que leva o Governo a privilegiar alunos que passam assim a ter duas oportunidades, quando outros, por opção, deixaram a Química para a segunda chamada e apenas ficam, deste modo, com o direito a uma oportunidade? Não é isto a promoção da mediocridade, não é isto, uma clara violação do direito de igualdade, não é isto é suspeito? Estaremos perante a repetição do caso da filha do Ministro Martins da Cruz? Terá Mariano Gago filhos candidatos a Medicina, que chumbaram? Ou o filho de algum outro Ministro (ou Ministra)? Alguma coisa pareceu cheirar a esturro quando o Professor José Amarante veio dizer que iria cortar 50 vagas na Faculdade de Medicina do Porto. A suspeita adensou-se com a anunciada medida que, confesso, ainda não percebi, de permitir o ingresso em Medicina a indivíduos licenciados noutras licenciaturas. Mas esta, agora, é de bradar aos céus! Só tenho uma palavra para qualificar esta aparente medida de generosidade do Governo: VERGONHA! Para não dizer, nepotismo, abuso de poder, quem sabe…CORRUPÇÃO! É urgente que a Procuradoria-Geral da República averigúe o que se passa! Que veja, nomeadamente, em que medida estão a ser ofendidos direitos, expectativas, princípios e regras fundamentais de qualquer Estado de Direito! Quem anda a servir-se do Estado? É urgente afastar a suspeição!
Espero que este blogg, porque de Saúde se trata, quando está em causa o acesso à Faculdade de Medicina, contribua para esclarecer mais este caso que nos deve envergonhar de sermos portugueses!
pedro

3 Comments:

Blogger xavier said...

Química e Física:

Os alunos que realizaram os exames nacionais do 12º ano relativos aos novos programas de Química e Física vão poder repetir as provas na segunda fase, sem serem prejudicados na candidatura ao ensino superior, determinou hoje a tutela.
Segundo um despacho do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, enviado hoje às escolas, os alunos vão poder repetir os exames na segunda fase, que decorre entre os dias 19 e 25, sendo escolhida a melhor classificação para e feitos de conclusão do secundário e acesso ao ensino superior.

O Ministério da Educação justifica esta decisão com o facto dos alunos terem alcançado nestes dois exames um «valor médio relativamente baixo e muito inferior ao verificado no ano passado».

No exame nacional relativo ao novo programa de Química, a média de notas ficou-se pelos 6,9 valores (numa escala de 0 a 20), o que representa uma descida de quatro pontos relativamente a 2005.

Com esta média, a taxa de reprovação à disciplina (ponderada a nota da prova e a classificação atribuída no final do ano lectivo) atingiu os 26%, mais do dobro de «chumbos» registados no ano anterior (12%).

No caso do exame nacional relativo ao novo programa de Física, a média de notas foi de 7,7 valores, o que determinou uma taxa de reprovação à disciplina de 23%, enquanto em 2005 a média da prova foi de 9,9, com uma taxa de «chumbos» de 11%.

Com programas novos introduzidos em 2004, altura em que os alunos que fizeram estas provas estavam no 10º ano, o currículo das duas disciplinas sofreu alterações substanciais, que foram agora pela primeira vez testadas em exame nacional do 12º.

«O Ministério da Educação atribui estes resultados a dificuldades sentidas pelos alunos na adaptação ao novo programa nestas duas disciplinas ou às respectivas provas de avaliação. A decisão agora tomada tem como objectivo dar aos alunos que o desejem uma nova oportunidade no acesso ao ensino superior», explicou à agência Lusa fonte da tutela.

Nesse sentido, o despacho do secretário de Estado da Educação, a que a Lusa teve acesso, determina que seja autorizado a estes alunos, «a título excepcional», a possibilidade de se candidatarem à primeira fase de acesso ao ensino superior, apesar de voltarem a realizar os dois exames na segunda fase.

No despacho, Valter Lemos refere implicitamente que os alunos que agora realizaram os exames relativos aos programas novos das duas disciplinas foram prejudicados por estarem «colocados em igualdade de circunstâncias com aqueles que se submeteram às provas correspondentes a programas vigentes há mais de dez anos e, consequentemente, mais exercitados».

11:52 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Parece que o caro amigo Pedro ouviu mal e desconhece os regulamentos.
Houve alguma (bastante) precipitação neste comentário.

12:02 da manhã  
Blogger Doutor Enfermeiro said...

Ó Pedro, pareces-me enraivecido com tudo isto, talvez porque transparece a tua vontade indecepável e carniceira de integrar o curso de medicina. Seja pública, seja privada (vi um post teu sobre a necessária abertura das privadas), vi que és um anti-"medicina-só-´pública". Não te canses, vai até Espanha, onde tudo é bem mais fácil. Sem stress tiras a tua medicina e pronto. Se existe cá um Prof. Amaral sedento de "tachos" e manutenção do "status inintocável" dos médicos, em Espanha não há Profs. Amarais.
Aqui em Portugal, os médicos de interesses instalados também nbão vão conseguir segurar por muitos mais anos os numerus clausus tão restritos e a medicina tornar-se-à um profissão como todas as outras (de facto, até já é).
Eu vira-me antes para a extreminação de uma nova-classe em expanção que são os Administradores não-médicos ou não-enfermeiros, esses sim, uns cómicos que de saúde só sabem que a diarreia é líquida.

9:26 da tarde  

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