Universidades Medicina Privadas
Com falta de médicos ou sem ela, porque não autoriza o Governo as Universidades de Medicina privadas. Sendo o Governo tão neo-liberal como é, porque não deixa funcionar o mercado? Convido o Prof. Vital Moreira a pronunciar-se sobre o assunto e a dizer-nos se não estamos aqui perante a mesma lógica do corporativismo das farmácias. Se vão liberalizar-se as farmácias porque não liberalizar a formação médica?
Vai haver médicos a mais?
E depois, qual é o problema? O condicionamento existente só interessa aos médicos instalados, quanto aos médicos jovens, venha a concorrência. Até já estão habituados (haverá maior concorrência do que a luta por uma vaga em Medicina?). Só assim acabam os feudos existentes: nas faculdades de medicina, nos hospitais, no sector privado. E se daí resultarem médicos a mais, exportam-se. Não é isso que faz Cuba, Espanha e outros? Há procura. Não exportamos futebolistas? Pois então, é mais uma oportunidade de negócio. Talvez assim equilibremos balança de pagamentos. Cuba não exportou 35,000 médicos?
O sistema actual não é bom: só interessa aos do costume, aos médicos instalados, que tudo fazem para boicotar a formação de mais médicos, não obstante o que a Ordem pretende fazer crer. O que tem a dizer o Bastonário sobre a posição do Prof. Amarante Júnior? Nada, apesar de recentemente, no Infarmed, ter feito mea culpa da Ordem sobre o estado vergonhoso e irresponsável do estado a que deixaram chegar a formação de médicos em Portugal. E o que têm a dizer as Associações de Estudantes de Medicina, até agora mais preocupados com as praxes e as queimas das fitas do que em analisar a quantidade de graves problemas que envolvem a formação médica? Parece que uma vez instalados, começam logo a absorver a cultura dominante: há que aniquilar a concorrência no ovo. Há na formação médica em Portugal muita coisa que não está a bater certo, especialmente a protecção medievalesca de que goza o ensino público da Medicina em Portugal.
O sistema actual não é bom: só interessa aos do costume, aos médicos instalados, que tudo fazem para boicotar a formação de mais médicos, não obstante o que a Ordem pretende fazer crer. O que tem a dizer o Bastonário sobre a posição do Prof. Amarante Júnior? Nada, apesar de recentemente, no Infarmed, ter feito mea culpa da Ordem sobre o estado vergonhoso e irresponsável do estado a que deixaram chegar a formação de médicos em Portugal. E o que têm a dizer as Associações de Estudantes de Medicina, até agora mais preocupados com as praxes e as queimas das fitas do que em analisar a quantidade de graves problemas que envolvem a formação médica? Parece que uma vez instalados, começam logo a absorver a cultura dominante: há que aniquilar a concorrência no ovo. Há na formação médica em Portugal muita coisa que não está a bater certo, especialmente a protecção medievalesca de que goza o ensino público da Medicina em Portugal.
Que pensa disto o Tonitosa, habitualmente um adepto tão fervoroso da cessação do exclusivismo de certas formações (da ENSP, por ex.)?
Se eu fosse ao Governo, deixava o Professor Amarante a falar sózinho, autorizava a abertura da Medicina nas Universidades Privadas e mandava-os a todos (público e privado) viver do mercado, com redefinição do papel, igualitário, do Estado nessa formação, até ao limite do interesse público (o interesse que a sociedade tem na formação de médicos)com privilégio para o apoio mais ao estudante do que às instituições.
Se eu fosse ao Governo, deixava o Professor Amarante a falar sózinho, autorizava a abertura da Medicina nas Universidades Privadas e mandava-os a todos (público e privado) viver do mercado, com redefinição do papel, igualitário, do Estado nessa formação, até ao limite do interesse público (o interesse que a sociedade tem na formação de médicos)com privilégio para o apoio mais ao estudante do que às instituições.
pedro
2 Comments:
Claro que sou a favor da possibilidade de as Universidades Privadas ministrarem Cursos de Medicina. Como todos os outros.
Sabemos que as Universidades Privadas têm especial apetência pelos cursos que não exigem grandes investimentos em estruturas e equipamentos e por isso pouca pressão tem sido feita para que sejam autorizadas a ministrar o curso de Medicina.
Há no entanto questões que se colocam com a ligação aos hospitais/doentes.
Uma faculdade de medicina privada não pode deixar de funcionar em articulação com um ou mais hospitais e essse ou são públicos ou privados. Os privados podem não ter grande apetência para essa colaboração, pois bem sabemos que aulas nos hospitais implicam custos suplementares. E também, por essa razão, se pode por o problema da colaboração dos hospitais públicos.
No entanto isso não me parece ser condição só por si impeditiva da "liberalização" (regulamentada) do ensino da medicina. E o Estado tem mesmo o dever de colaborar na formação dos nossos técnicos. E não só através do financiamneto ou subsidiação essa colaboração pode ter lugar. Não poderão ser considerados outros hospitais (públicos) como hospitais universitários onde sejam ministradas as aulas práticas das faculdades privadas?
Eu penso que sim.
Mas, caro Pedro, quem serão os Professores de Medicina das universidades privadas? Não serão os mesmos que dão aulas nas universidades públicas?
Como se percebe existem dificuldades importantes a ultrapassar!
Oh... claro que não interessa aos interesses instaladados abrir mais faculdades de medicina. Isso iria acabar com o seu status social e económico. Já viram que na vez de meia dúzia de médicos distintos(?), haveriam por aí médicos com fartura...
Depois há o problema económico, o "tacho" seria dividido por muita gente, o que significa menos dinheiro ao fim do mês...
Não há dificuldades par as abrir, há falta de vontade de muita gente... há médicos disponíveis para ensinar, há muitos hospitais que poderiam servir de escola....
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