O ministro sou eu !
A propósito das alterações ao projecto de lei antitabagista, anunciadas na última semana (05.09.06), referi que o recuo de CC nesta matéria havia sido determinado por fortes pressões do aparelho do PS.
O caderno principal do remodelado expresso, na informação sobre os Partidos, relata um novo episódio desta novela em que CC terá sido confrontado por deputados da federação socialista de Coimbra que contestavam a indigitação de Fernando Almeida, conhecido militante do PSD, actual presidente do Instituto Ricardo Jorge, para presidente do Conselho de Administração da nova entidade que vai gerir três hospitais da área da Saúde Mental de Coimbra.
O relato do jornalista do expresso tem graça:
«Victor Baptista sublinhou que o PS não quer “impor ninguém”, mas não aceita que lhe imponham “gente do PSD”. CC não se conteve. Furioso e de dedo em riste, acusou o dirigente distrital do PS de não defender a política do Governo e contra-atacou: “O princípio da imparcialidade não pode ser posto em causa”. A tensão subiu ainda mais quando Luís Vilar, presidente da Concelhia de Coimbra do PS, deu outros exemplos de nomeações “escandalosas”. Já de cabeça perdida, CC esclareceu: “O ministro sou eu. Nomeio quem quero e não dou satisfações a ninguém”.
O caderno principal do remodelado expresso, na informação sobre os Partidos, relata um novo episódio desta novela em que CC terá sido confrontado por deputados da federação socialista de Coimbra que contestavam a indigitação de Fernando Almeida, conhecido militante do PSD, actual presidente do Instituto Ricardo Jorge, para presidente do Conselho de Administração da nova entidade que vai gerir três hospitais da área da Saúde Mental de Coimbra.
O relato do jornalista do expresso tem graça:
«Victor Baptista sublinhou que o PS não quer “impor ninguém”, mas não aceita que lhe imponham “gente do PSD”. CC não se conteve. Furioso e de dedo em riste, acusou o dirigente distrital do PS de não defender a política do Governo e contra-atacou: “O princípio da imparcialidade não pode ser posto em causa”. A tensão subiu ainda mais quando Luís Vilar, presidente da Concelhia de Coimbra do PS, deu outros exemplos de nomeações “escandalosas”. Já de cabeça perdida, CC esclareceu: “O ministro sou eu. Nomeio quem quero e não dou satisfações a ninguém”.
Na mesa, Sócrates não disse uma palavra. E perante esta passividade, Victor Baptista não resistiu a mais um ataque ao ministro.»
Quanto a mim, tudo normal. Mais um dos habituais episódios da nossa democracia. No entanto, se quisermos dramatizar, sigamos o expresso: A luta de um ministro solitário contra os " Boys" do partido.
Assim, sempre poderá haver lugar a especulações.
7 Comments:
Agora que a luta com o João Cordeiro amainou, CC tem à perna estes figurões das Concelhias + os briosos autarcas do nossso Portugal profundo.
Mais umas nomeações de militantes do PSD e mais alguns encerramentos de serviços de saúde, temos o aparelho do PS, coligado com os autarcas, a mandar tocar os sinos a rebate por essas aldeias de Portugal.
CC faz a festa toda sozinho: toca a música, lança os foguetes e tem tempo ainda para ir apanhar as canas.
CC está muito acima da mediania dos nossos políticos (inteligência, preparação, coragem e criatividade).
Tem, no entanto, que precaver-se da turba ressabiada, nutrida à majedoura do Estado.
A manha nacional costuma ser traiçoeira, exímia no ataque pelas costas.
A minha preocupação advém do facto de o próximo ministro da saúde ser certamente pior que CC.
Amainou? Foi cilindrado pelo JC!
SEMPRE HÁ VIDA PARA ALÉM DO DÉFICE.
FINALMENTE, O FIM DA LUTA DE CLASSES.
Sob a batuta do PR os acordos de regime sucedem-se: Justiça (já assinado), Segurança social (está na calha).
Seguir-se-à a Saúde.
Deverá ocorrer depois de uma conversa entre o PR e CC, de molde a que este possa ultrapassar a ideia de que é ele quem manda, e nomeia quem ele quiser.
Portanto, temos em construção um novo regime de Bloco Central.
CC ao nomear militantes do PSD para os Conselhos de Administração dos Hospitais demonstra estar "IN" em relação à nova política promovida pelo PR, Aníbal Cavaco Silva.
A mudança Constitucional a consagrar o novo regime entre nós será o passo seguinte.
O Bloco Central porá sucessivamente termo ao desemprego, à seca, às inundações, às calamidades naturais, ao défice, ao crime organizado,à pobreza, à doença, à Floribela e aos Morangos com Açucar.
E, viveremos felizes para sempre.
Estou preparado para tudo.
O pior é o Benfica.
Mais um ano paraesquecer.
Começo com um beijo para a Clara porque "amor com amor se paga".
Nem MORTO nem DESAPARECIDO em combate. Férias são férias e tempo de reflexão sobretudo quando são passadas no Portugal profundo! Apesar dos incêndios...
Apenas a espaços visitei o Saude SA, porque esta coisa do choque tecnológico é muito bonita...mas aos preços que temos que pagar para navegar...não há alternativa que não seja uma simples espreitadela ao que mais nos interessa. Sobretudo quando recorremos ao PDA.
Mas deu para ler o essencial dos posts e comentários no Blog. E confesso que me deu "gozo" o debate sobre os "fracassos" do modelo EPE e do eventual retorno ao modelo SPA.
Feita a leitura do que se escreveu durante o mês de Agosto, agora com o tempo necessário, destacaria a polémica em torno das despesas "sumptuosas e supérfluas" nos Hospitais.
E permitam-me que expresse a seguinte opinião:
CC em todas as tomadas de posse fez gáudio das famosas “cartas de missão” (que nunca foram tornadas públicas). Os responsáveis actuais pelos HH e Serviços de Saúde foram todos por si nomeados; certamente de entre os mais capazes e competentes(?). O seu despacho, impondo regras de conduta e gestão que são deveres de qualquer gestor digno desse nome, parece-me absolutamente impensável. Parece que afinal continuamos mais preocupados com os meios do que com os fins/resultados. E cada caso será um caso. Queira-se ou não; goste-se ou não se goste. Trocar de carro ao fim de três anos (para entrar na posse dos existentes de que se tem o uso pessoal) é certamente uma decisão criticável e que coloca os interesses do gestor acima dos da Instituição. Fazer despesas supérfluas (havendo que demonstrar a sua evidência) é, concerteza, um acto de má gestão.
E quem pratica tais actos não deve continuar à frente das instituições. Pura e simplesmente deve ser demitido!
E quem substituiu gestores sem sequer lhes dar uma explicação ou palavra de apreço (ou de crítica) não devia agora ser tão hesitante.
Como lhe chamou o Xavier, trata-se “tropa fandanga e chupista”. Acrese, porém, que não apresentam resultados que justifiquem a sua continuação nos cargos. Mas para CC reconhecer a má gestão praticada pela “pela sua gente” (recordam-se deste termo usado neste blog?) é reconhecer, também a sua própria incompetência nas escolhas feitas!
Alguns colegas foram particularmente tocados (?) pelo despacho de CC e voltaram ao Saúde SA o que saúdo. Mas se as viaturas, eram mordomias dos gestores PSD (e todos sabemos que LFP também nomeou gestores ligados ao PS) devem afinal continuar a ser mordomias. E um erro não deve justificar outro.
Devo esclarecer que não acho que seja “mordomia” a atribuição de viatura. E a opção de compra não merece ser tão valorizada, desde que o valor a pagar pelo gestor seja devidamente fixado.
Mas quem tanto criticou as mordomias não tem moral para agora vir em sua defesa.
E não merece crédito a distinção entre gestores laranja – os maus – e gestores rosa – os bons. Só de má fé se pode fazer tal distinção.
Mas também sabemos (quem não sabe fica a saber) que em toda a AP os dirigentes, (mesmo sem serem directores gerais ou equiparados) além de usarem as viaturas se fazem ainda conduzir por (diligentes) motoristas a quem são pagos consideráveis montantes em horas extraordinárias. E nesse caso, como se sabe, nem o TC nem a IGS consideram serem essas despesas “mordomias”.
E hoje, como no passado, há muitos gestores que acham que ser importante é ter motorista. Até para colocar ao serviço da família!...
E basta estarmos atentos para verificarmos que aqueles que no passado criticaram as “mordomias”, agora que “foram chamados” não só usufruem das viaturas como nem sequer se dão ao trabalho de as conduzir. Têm o motorista porque assim ninguém repara!
Um abraço a todos.
PS.: E que tal voltarmos aos Relatórios e Contas e ao tema da Contabilidade Criativa?!
Há coisas absolutamente surpreendentes.
CC preparou-se toda a vida para ser Ministro da Saúde.
À segunda conseguiu ser ministro da saúde de um Governo maioritário.
CC quer aproveitar esta oportunidade para fazer história.
As pequenas tricas da política consomem-lhe inutilmente energias, melhor empregues noutros projectos mais ambiciosos.
Com irritação vocifera:
"O ministro da Saúde sou eu!"
CC quer dizer que de Saúd é ele quem percebe.Aos camaradas resta-lhes baixar as orelhas.
Com ambição desmedida, CC vai-nos pregar uma grande partida.
Vamos ter medidas fracturantes a escavacar o SNS de alto a baixo.
Enquanto Sócrates, silencioso observa com orgulho o seu melhor ministro.
Quem duvidar da aliança CC / Sócrates está contra a história e não percebe nada de política.
Por isso é escusado especular sobre o apoio do primeiro ministro ao ministro da saúde do XVII Governo Constitucional que vai ficar para a história.
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