Estado da Saúde em Portugal
O estudo realizado por Manuel Villaverde Cabral e (resumidamente) divulgado no Público (08.07.09) (não encontrei na net o texto integral), merecia, desde já, a melhor atenção do SaudeSA. link
Para além de oferecer uma actualização de dados sobre o 'Estado do SNS', desmistifica um sem número de situações relativas ao sector privado que, têm - directa ou indirectamente - influenciado os círculos decisórios da Saúde, no nosso País.
Duas situações são relevantes neste estudo em relação ao SNS: Melhor cobertura e maior procura.
Estes dois vectores - actuando de modo diferente - estão na génese dos actuais problemas do SNS. Enquanto o problema da procura tem sido progressivamente resolvido pela reforma dos CPS, a maior procura é difícil de descodificar já que dependerá de múltiplas variáveis mas, podemos afirmar sem medo de errar que dizem respeito, essencialmente, à rede hospitalar e a sua inadaptação para responder às variações de fluxos que, concretamente , determinam o aumento de tempos de espera (consultas e cirurgias).
Na verdade, devemos reconhecer que no sector hospitalar do SNS, não houve vontade política de "mexer". Antes, pelo contrário, houve a tentação de depredar.
Entretanto, fora do SNS, florescem como tojo, hospitais privados e, numa situação intermédia, o Estado, numa desenxabida tentativa de compensar a inércia do investimento hospitalar público, enveredou pelas PPP's " à portuguesa", com as consequências que têm sido amplamente discutidas neste blog.
Se, como afirma o Estudo de Villaverde Cabral, no sector privado, não houve aumento de procura, se não cresceram os seguros de saúde, o que se passa "debaixo da mesa"?
Na realidade, o comportamento quanto ao investimento do sector privado, faz-me lembrar o grande poeta e romancista brasileiro Machado Assis:
"Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões..."
Para além de oferecer uma actualização de dados sobre o 'Estado do SNS', desmistifica um sem número de situações relativas ao sector privado que, têm - directa ou indirectamente - influenciado os círculos decisórios da Saúde, no nosso País.
Duas situações são relevantes neste estudo em relação ao SNS: Melhor cobertura e maior procura.
Estes dois vectores - actuando de modo diferente - estão na génese dos actuais problemas do SNS. Enquanto o problema da procura tem sido progressivamente resolvido pela reforma dos CPS, a maior procura é difícil de descodificar já que dependerá de múltiplas variáveis mas, podemos afirmar sem medo de errar que dizem respeito, essencialmente, à rede hospitalar e a sua inadaptação para responder às variações de fluxos que, concretamente , determinam o aumento de tempos de espera (consultas e cirurgias).
Na verdade, devemos reconhecer que no sector hospitalar do SNS, não houve vontade política de "mexer". Antes, pelo contrário, houve a tentação de depredar.
Entretanto, fora do SNS, florescem como tojo, hospitais privados e, numa situação intermédia, o Estado, numa desenxabida tentativa de compensar a inércia do investimento hospitalar público, enveredou pelas PPP's " à portuguesa", com as consequências que têm sido amplamente discutidas neste blog.
Se, como afirma o Estudo de Villaverde Cabral, no sector privado, não houve aumento de procura, se não cresceram os seguros de saúde, o que se passa "debaixo da mesa"?
Na realidade, o comportamento quanto ao investimento do sector privado, faz-me lembrar o grande poeta e romancista brasileiro Machado Assis:
"Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões..."
e-pá!
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