sábado, setembro 12

Está quase...


Neste debate, JS conseguiu demonstrar de forma clara, uma vez mais, que "a verdade" apregoada pela candidata do PSD não passa de mero slogan.
A performance de MFL, mais agressiva que o habitual, no seu look inconfundível de zelosa avozinha controleira do défice, terá agradado especialmente à ala mais conservadora do seu partido.

O conjunto de debates que hoje terminou serviu na perfeição os objectivos do candidato JS, pois constituiu uma oportunidade impar para os eleitores poderem avaliar da fragilidade das propostas dos demais candidatos.
Posto isto, segue-se a campanha propriamente dita, para no dia 27 comemorarmos mais uma vitória folgada (apesar de tudo) do PS.

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7 Comments:

Blogger umonzeavos said...

José Sócrates venceu este debate e vencerá as eleições porque, relativamente a Manuela Ferreira Leite,ficou claro que ambos estão preparados para ser Primeiro Ministro, excepto Manuela Ferreira Leite!

3:02 da manhã  
Blogger Clara said...

A boa notícia (confirmação): Vamos ter um novo ministro da saúde.

12:16 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Baixeza

O argumento da Manuela Ferreira Leite, no debate com Sócrates, de que o TGV só interessa aos espanhóis, significa o grau zero da seriedade política, sobretudo tendo em conta que foi o seu governo, em 2003, que firmou com Espanha os compromissos relativos às linhas comuns do TGV.
Decididamente, a líder do PSD não preenche os requisitos mínimos de honestidade política para chefiar um governo no nosso País. Depois da triste figura na Madeira, este vergonhoso assomo de nacionalismo rasteiro desqualifica qualquer líder.

Vital Moreira, causa nossa

12:34 da tarde  
Blogger tambemquero said...

MFL, guerra aos espanhóis

"Portugal não é provincia de Espanha!"e...
"veja lá se controla os seus camaradas que, juntamente com autarcas espanhóis, andam a fazer manifestações e petições para me pressionar sobre o TGV. Eu não gosto disso".

Mais uma gaffe salazarenta da velha senhora.

12:47 da tarde  
Blogger helena said...

Dizem que os debates se decidem entra a imagem, o estilo e o conteúdo. Em proporções variáveis consoante o ouvinte. A imagem de Manuela Ferreira Leite podia favorecê-la: apesar de tudo não exerce funções governativas desde 2004, e a memória colectiva sobre quem ela foi como Ministra das Finanças e Ministra da Educação podia estar enfraquecida. Por isso, parece-me, que na imagem esteve o 1º erro de Manuela Ferreira Leite. Por alguma razão, ela decidiu mostrar um ar antipático e agressivo, que era estratégia do PSD associar a José Sócrates.

Um olhar vale muito. Manuela Ferreira Leite tinha dificuldade em olhar para o seu adversário. Passou uma imagem de desprezo pessoal que cai mal em política. McCain pagou-o caro ao recusar-se a tratar Obama pelo nome. Usualmente, os líderes fracos caem no erro de confundir força com manifestações de desprezo. Os portugueses já achavam, segundo a sondagem da Católica, que Ferreira Leite era mais fraca como líder. Ela só robusteceu essa ideia. E nesse ponto perdeu.

O estilo autoritário, de quem não admitia certas expressões, como "falta de seriedade", ajudou a compor a figura. No mau sentido. Os portugueses viram que arrogância afinal tinha outro nome. Quem conferiu a Manuela Ferreira Leite o direito de se furtar aos qualificativos de que não gosta? Não foi o eleitorado. E quando eles são merecidos, pela inúmeras contradições em que cai face ao seu programa e ao que disse noutras ocasiões, tenho dificuldade em perceber se ele acha, de facto, que recebeu a unção divina da Verdade? Podia marcar pontos e não marcou. Para quem não acredita na humildade de José Sócrates, para quem não gosta de maiorias absolutas, para quem achava Maria de Lurdes Rodrigues arrogante, Manuela Ferreira Leite deve hoje ter sido um susto. Grave.

Nos conteúdos, a vantagem estaria sempre do lado de Sócrates. Tem um programa melhor. Conhece o programa do PSD. Apontou as contradições entre o programa do PSD e Ferreira Leite. E as contradições do discurso de Ferreira Leite hoje e noutros momentos.

Sócrates fez uma desmontagem notável dessas falhas e não obteve respostas convincentes a questões fundamentais como a das SCUTS. Manuela Ferreira Leite pode ter ganho apenas na insistência na questão do endividamento externo. Porque Sócrates não teve tempo de a contrariar. Esse endividamento tem um uma razão conjuntural que foi a subida dos preços do petróleo em flecha, até meados de 2008. Oneram 52% das nossas importações. Era inevitável. Daí a correcta aposta nas energias renováveis. Faltou dizer isto, para a vitória não deixar nada no ar. O tempo obrigou a deixar isto.

Em síntese, Manuela Ferreira Leite cometeu gaffes. Contradições. Foi arrogante na postura e caiu no erro de mostrar falta de cordialidade com o adversário. Para quem esteve na Administração do Santander, mostrou um estranho sentimento anti-espanhol, inspirado em Paulo Rangel. E foi fraca na defesa das suas ideias e no apontar de debilidades ao governo.

A mais grave das mentiras disse-a a respeito da Segurança Social. Quando é reconhecido que o PS conseguiu a sustentabilidade do sistema, ela lançou um falso medo sobre as pessoas: verem reformas reduzidas. Porque se o medo fosse verdadeiro, porque diz ela que não agiria sobre a segurança social se fosse primeira ministra?

Está ou não está preocupada com isso? Obviamente que não, porque o argumento é falso. Serviu para distrair da privatização que propõe no programa. E isso podia ter sido melhor explorado, assim o tempo o permitisse.

Sócrates não pode deixar de ser considerado o vencedor. E só o "autocarro em frente da baliza" que Ferreira Leite usou, na táctica de roubar tempo ao adversário, impediu que a vitória fosse mais nítida.

Carços Santos, o valor das ideias

12:51 da tarde  
Blogger umonzeavos said...

Já dormi sobre o "debate" entre o 1º ministro e a Dra. Manuela Leite. Acho, mais hoje que ontem, inacreditável que alguém tenha imaginado e, mais grave que isso, proposto que a Dra. MFL se candidatasse à liderança de um Governo de um país europeu com o grau de exigência - política, técnica e intelectual - que isso impõe... E se é chocante e irresponsável o seu posicionamento, na forma e no conteúdo, na questão da Rede de Alta Velocidade, é, por outro lado, revoltante a sua arrogância na abordagem das questões centrais do Estado Social, "Saúde" incluída... Já tínhamos visto, e sentido, a irresponsabilidade,de uns, e a fragilidade técnica,de outros, dos apoiantes dessa candidatura - e de outras - nas discussão pública das diversas reformas no âmbito do SNS iniciadas por este Governo! No entanto, a prestação de MFL, do meu ponto de vista, ultrapassou tudo e todos eles... José Sócrates ganhará as próximas eleições porque está muito melhor preparado que qualquer dos outros para o cargo a que se candidata, por um lado, e por completa ausência de adversário à altura, por outro...

4:59 da tarde  
Blogger Tavisto said...

Um casal desavindo

Estou convencido de que os debates eleitorais entre candidatos pouco aquecem ou arrefecem, mas o espectáculo de dois indivíduos à caça de votos em grande plano tem virtualidades para dar algum ânimo ao habitual tédio televisivo. Vi apenas, numa pachorrenta noite de sábado sem futebol, aquele em que um homem satisfeito consigo mesmo discutia com uma mulher zangada. Pareceu-me uma cena da vida conjugal, cada um culpando o outro da ruptura da união de facto e do mau comportamento da prolífica descendência de problemas que ambos e os respectivos partidos geraram e deixaram ao país e andam hoje por aí à solta, entregues a si mesmos, e senti-me desconfortavelmente na pele de um consultor sentimental. Como sempre, houve de tudo: recriminações recíprocas, ressentimento, vitimização. Até caneladas por baixo da mesa, como aquela da "credibilidade académica" dela e a sua aljubarrótica constatação, com a suspensão do "Jornal Nacional" da TVI no horizonte, de que "Portugal não é uma província de Espanha". A partilha de bens e de responsabilidades parentais de um casal desavindo nunca é coisa bonita de ver.

Manuel António Pina
JN 14/09/2009

12:34 da tarde  

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