Proposta da ARS do Norte
Nem de propósito. Acabava de ler a entrevista do Professor Sakellarides link e deparei-me com este título do Público: “Fecho de hospital contestado em S. João da Madeira." link
Refere a notícia que treze instituições da cidade fizeram questão de vincar a sua posição no processo de discussão pública do Estudo Reordenamento Hospitalar da Área Metropolitana do Porto da ARS Norte. link
O Estudo da ARS apresenta cenários de reordenamento hospitalar na Área Metropolitana do Porto “que possam contribuir para uma melhoria da capacidade assistencial das várias unidades territoriais, tendo em consideração critérios de segurança, qualidade assistência e acessibilidade das populações a cuidados hospitalares.”
São João da Madeira está inserido na NUT III – Entre Douro e Vouga – que inclui outros 4 concelhos (Vila da Feira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Arouca), e onde estão instaladas três unidades hospitalares: o Hospital de S. Sebastião e os Hospitais de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis.
O estudo conclui que, naquela área, não há desajustamentos globais significativos, em termos de capacidade instalada, recomendando apenas o reforço da carteira de serviços em Dermatologia, Nefrologia, Psiquiatria e Pedopsiquiatria e Medicina Nuclear.
Sendo o Hospital de São Sebastião uma unidade moderna, e apresentando os outros dois hospitais graves limitações infra-estruturais, o cenário recomendado pelo estudo faz todo o sentido: substituição dessas duas unidades, por um novo hospital de proximidade, com forte capacidade resolutiva ao nível do ambulatório.
A concentração de recursos humanos e tecnológicos na nova estrutura, permitirá assegurar a massa crítica suficiente para prestar mais e melhores cuidados.
Claro que a política de campanário se dá mal com decisões baseadas em conhecimentos técnico-científicos.
Por isso as “forças vivas” e os autarcas vão lutar, “ferozmente”, pelos supostos interesses das “suas” populações. Mesmo aqueles que, depois, reclamam, publicamente, contra os gastos excessivos do Estado.
Parafraseando o Dr. Sakellarides, diria que “A Ministra da Saúde tem agora a oportunidade de aproveitar a fase mais doce e susceptível à mudança que é o início do segundo mandato do Governo”, para defender e fazer vingar a proposta da ARS Norte.
Esperemos que não a enjeite.
Refere a notícia que treze instituições da cidade fizeram questão de vincar a sua posição no processo de discussão pública do Estudo Reordenamento Hospitalar da Área Metropolitana do Porto da ARS Norte. link
O Estudo da ARS apresenta cenários de reordenamento hospitalar na Área Metropolitana do Porto “que possam contribuir para uma melhoria da capacidade assistencial das várias unidades territoriais, tendo em consideração critérios de segurança, qualidade assistência e acessibilidade das populações a cuidados hospitalares.”
São João da Madeira está inserido na NUT III – Entre Douro e Vouga – que inclui outros 4 concelhos (Vila da Feira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Arouca), e onde estão instaladas três unidades hospitalares: o Hospital de S. Sebastião e os Hospitais de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis.
O estudo conclui que, naquela área, não há desajustamentos globais significativos, em termos de capacidade instalada, recomendando apenas o reforço da carteira de serviços em Dermatologia, Nefrologia, Psiquiatria e Pedopsiquiatria e Medicina Nuclear.
Sendo o Hospital de São Sebastião uma unidade moderna, e apresentando os outros dois hospitais graves limitações infra-estruturais, o cenário recomendado pelo estudo faz todo o sentido: substituição dessas duas unidades, por um novo hospital de proximidade, com forte capacidade resolutiva ao nível do ambulatório.
A concentração de recursos humanos e tecnológicos na nova estrutura, permitirá assegurar a massa crítica suficiente para prestar mais e melhores cuidados.
Claro que a política de campanário se dá mal com decisões baseadas em conhecimentos técnico-científicos.
Por isso as “forças vivas” e os autarcas vão lutar, “ferozmente”, pelos supostos interesses das “suas” populações. Mesmo aqueles que, depois, reclamam, publicamente, contra os gastos excessivos do Estado.
Parafraseando o Dr. Sakellarides, diria que “A Ministra da Saúde tem agora a oportunidade de aproveitar a fase mais doce e susceptível à mudança que é o início do segundo mandato do Governo”, para defender e fazer vingar a proposta da ARS Norte.
Esperemos que não a enjeite.
Brites
Etiquetas: Brites
2 Comments:
Dois anos e meio após a sua criação pelo ex-ministro da Saúde Correia de Campos, as controversas taxas moderadoras nos internamentos e cirurgias de ambulatório podem acabar em breve. link
Será que a extinção destas taxas é matéria prioritária nesta altura do campeonato?
O que é certo é que a maioria dos doentes tem fugido ao seu pagamento.
O que é prioritário é reabrir a discussão da sustentabilidade do SNS.
Mas isso é areia demais para a "nova" ministra da saúde.
Mais uma intervenção oportuna do Brites.
Escaldada pelos acontecimentos que rodearam a saída de CC, a ministra da saúde tentará evitar, mesmo no início do segundo mandato, enfrentar este tipo de problemas de frente.
Quanto muito tentará uma pega de cernelha.
Só que a racionalização da rede é também uma das matérias prioritárias constantes do Programa do XVIII Governo Constitucional.
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