sexta-feira, março 30

Não sabem nadar



«Perder o pé»
No início da sua intervenção, (ApegSaúde "Modelos estratégicos para o desenvolvimento"), João Carvalho das Neves confessou que, pela sua experiência — «é a primeira vez que trabalho no sector público» —, no sector privado é tudo «muito mais simples», porque no público «existe um conjunto de regulamentações que tornam as coisas difíceis».

A ilustração do que dizia fê-la com um exemplo, embora não especificado: «Ainda hoje, entre os colegas do conselho directivo [da ACSS], falámos nisso — face a vários temas que colocámos como sendo estratégicos, há oito meses, vemos que estamos a perder o pé relativamente a uma coisa que tínhamos dito que devia estar pronta no primeiro trimestre de 2012 e que vemos que afinal só agora é que a começámos».
José Caetano Neto TM 02.04.12

Confesso que este texto nos deixou, a principio, confusos.
Perder, perder o pé ..., veio-nos à memória a história das vinhetas:

1.º Vinhetas médicas sem numeração eram para acabar em janeiro;

2.º Entretanto, devido a dificuldades várias (perder o pé) foi prorrogado o prazo de validade das ditas, vinhetas não numeradas, até 31 de Março de 2012.
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3.º Trinta e um de Março é amanhã.
Expirado o prazo, as Vinhetas não numeradas permanecem vivinhas da costa.
«Informamos que de acordo com a Portaria n.º 46/2012 de 13 de fevereiro, e o disposto no nº 3, a utilização nas receitas manuais dos novos modelos de vinhetas aprovados nos termos do disposto no artigo 7º-B da Portaria n.º 198/2011, de 18 de maio, será efetuada a partir da data a fixar por despacho de SE o senhor Secretário de Estado da Saúde, mantendo-se até essa data em utilização os modelos em uso de vinhetas não numeradas.»
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4.º «Dava a ideia que tinham estudado o assunto, conheciam todo o processo e sabiam que tal era possível… Afinal, não sabiam, não tinham competência e decidiram de forma errada…! Descrédito e desconfiança ao invés de rigor e exigência que tanto apregoam!»

Moral da história: Perder o pé = incompetência. Acontece que esta malta não sabe nadar.

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