HOSPITAIS SA - A GUERRA DA INFORMAÇÃO CONTINUA.
O Jornal Público, na sua edição de 21 Abril 2004, publica um artigo intitulado "Hospitais-empresa com boa "performance" no primeiro ano."
Na página ao lado a entrevista com o ministro Luís Filipe Pereira com o título "A reforma da administração começou nos hospitais".
Comentário:
1.º - Face às lacunas de informação do relatório de actividades dos hospitais SA do ano de 2003, o ministério da saúde, torna agora publico os dados referente aos proveitos (não confundir proveitos com receitas, ensina o ministro na entrevista).
O resultado líquido de exploração dos hospitais SA, no ano de 2003, segundo a Unidade de Missão, foi de 125 901 milhões de euros negativos, sendo o valor da variação 02/03 de 146,6%.
O aumento dos custos registado no exercício de 2003 foi de 3,9% face ao do ano de 2002 (a grande performance SA). De notar que o aumento dos custos verificada entre 1999 e 2003 foi de 14,8%.
O Hospital de Santa Marta apresenta o melhor resultado líquido, 5 028 791 euros positivos.
O pior resultado é do Centro Hospitalar Médio Tejo com 17 603 067 euros negativos, logo seguido do Hospital de Santo António com 15 183 368 euros negativos.
Continua a controvérsia da fiabilidade dos dados, contestados pelos dirigentes dos sindicatos médicos, Carlos Arroja e Mário Jorge, presidente da APAH, Manuel Delgado, Correia de Campos e Francisco Ramos.
O que espanta depois de ter lido o artigo de Luís Manuel Viana é que, perante os inúmeros argumentos apresentados por ambas as partes a defender ou a contestar a fiabilidade dos dados do relatório dos hospitais SA , o articulista não tenha intitulado o seu trabalho de " Contas dos Hospitais SA , geram polémica".
2.º - Quanto à entrevista do ministro, pouco há a acrescentar:
O ministro considera os resultados dos hospitais empresa bastante positivos, mas há dificuldade na cobrança das receitas (como era de esperar).
Está em marcha uma nova cultura, com "rankings" , classificações mensais geradoras de competitividade entre os hospitais empresa.
Os dados publicados são fiáveis porque foram aprovados pelos revisores oficiais de contas (sic).
A sua reforma da saúde trará melhor qualidade dos cuidados de saúde às populações (basta verificar o aumento das listas de espera).
A reforma da Administração Pública começou com os hospitais SA (o ministro que tutela o desporto ainda vai reivindicar o pioneirismo desta reforma).
Está em discussão nos sindicatos um sistema de incentivos extra salariais (é grande a expectativa).
Por último, Luís Filipe Pereira confessa-se amargurado com as criticas de pessoas e partidos políticos ao seu trabalho, através da invenção de notícias e da invenção de números, mas motivado para continuar à frente do Ministério até ao fim da legislatura, de acordo com a sua vocação de servidor público e lealdade ao 1.º ministro, embora preocupado com o futuro profissional.
Quanto ao futuro, senhor ministro, não se preocupe, a "Mello Saúde SA" recebê-lo-à de braços abertos.
Na página ao lado a entrevista com o ministro Luís Filipe Pereira com o título "A reforma da administração começou nos hospitais".
Comentário:
1.º - Face às lacunas de informação do relatório de actividades dos hospitais SA do ano de 2003, o ministério da saúde, torna agora publico os dados referente aos proveitos (não confundir proveitos com receitas, ensina o ministro na entrevista).
O resultado líquido de exploração dos hospitais SA, no ano de 2003, segundo a Unidade de Missão, foi de 125 901 milhões de euros negativos, sendo o valor da variação 02/03 de 146,6%.
O aumento dos custos registado no exercício de 2003 foi de 3,9% face ao do ano de 2002 (a grande performance SA). De notar que o aumento dos custos verificada entre 1999 e 2003 foi de 14,8%.
O Hospital de Santa Marta apresenta o melhor resultado líquido, 5 028 791 euros positivos.
O pior resultado é do Centro Hospitalar Médio Tejo com 17 603 067 euros negativos, logo seguido do Hospital de Santo António com 15 183 368 euros negativos.
Continua a controvérsia da fiabilidade dos dados, contestados pelos dirigentes dos sindicatos médicos, Carlos Arroja e Mário Jorge, presidente da APAH, Manuel Delgado, Correia de Campos e Francisco Ramos.
O que espanta depois de ter lido o artigo de Luís Manuel Viana é que, perante os inúmeros argumentos apresentados por ambas as partes a defender ou a contestar a fiabilidade dos dados do relatório dos hospitais SA , o articulista não tenha intitulado o seu trabalho de " Contas dos Hospitais SA , geram polémica".
2.º - Quanto à entrevista do ministro, pouco há a acrescentar:
O ministro considera os resultados dos hospitais empresa bastante positivos, mas há dificuldade na cobrança das receitas (como era de esperar).
Está em marcha uma nova cultura, com "rankings" , classificações mensais geradoras de competitividade entre os hospitais empresa.
Os dados publicados são fiáveis porque foram aprovados pelos revisores oficiais de contas (sic).
A sua reforma da saúde trará melhor qualidade dos cuidados de saúde às populações (basta verificar o aumento das listas de espera).
A reforma da Administração Pública começou com os hospitais SA (o ministro que tutela o desporto ainda vai reivindicar o pioneirismo desta reforma).
Está em discussão nos sindicatos um sistema de incentivos extra salariais (é grande a expectativa).
Por último, Luís Filipe Pereira confessa-se amargurado com as criticas de pessoas e partidos políticos ao seu trabalho, através da invenção de notícias e da invenção de números, mas motivado para continuar à frente do Ministério até ao fim da legislatura, de acordo com a sua vocação de servidor público e lealdade ao 1.º ministro, embora preocupado com o futuro profissional.
Quanto ao futuro, senhor ministro, não se preocupe, a "Mello Saúde SA" recebê-lo-à de braços abertos.
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