segunda-feira, junho 7

Avaliação dos Centros de Saúde.

1. - A Comissão de avaliação das condições técnicas para o exercício da actividade dos médicos de família dos Centros de Saúde da ARSLVT, levou a cabo uma auditoria a 24 Centros de Saúde, tendo dado a conhecer, recentemente (10 de Maio), os resultados do levantamento efectuado.

O estudo analisa as condições técnicas para o exercício da medicina geral e familiar nos Centros de Saúde e, simultaneamente, a satisfação profissional dos médicos de família que aí trabalham, tendo sido elaborado com base nos dados de informação fornecidos pelos directores dos centros de saúde e dos elementos recolhidos nas visitas efectuadas durante os anos de 2002 e 2003.

Lista de anomalias detectadas:

a) - 13% dos inscritos ( 110 mil utentes)nos Centro de Saúde ARSLVT, não têm médico de família.

Se for tido em conta os restantes Centros de Saúde, o número de utentes sem médico de família poderá atingir os 392 mil.

b) - A maioria dos médicos está prestes a atingir a idade da reforma.

Os médicos de família, têm, em média, 48 anos de idade, com apenas 2,8% a apresentar menos de 40 anos.

A maioria dos médicos de família tem a seu cargo mais de 1500 doentes, realizando em média 20 consultas por dia.

Há carência de outros profissionais nos Centros de Saúde: assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas.

c) - Muitas das unidades não têm condições de funcionamento.

- 32% dos Centros de Saúde, possui estruturas degradadas, estando instalados em construções destinadas a outros fins (habitação).

- Falta de acessibilidade para utentes com mobilidade diminuída - barreiras arquitectónicas.

- O equipamento técnico ou não existe, ou é inadequado ou está em mau estado de manutenção.

- As salas de tratamento funcionam, na sua grande maioria, em espaços exíguos sem circuitos autónomos para doentes e pessoal e de limpos e sujos.

- Metade dos centros de saúde não possui qualquer sistema de informação para apoio da área clínica.

- Dois terços das unidades não proporciona formação adequada às necessidades dos seus profissionais

- 80% dos centros não realiza avaliação da qualidade e a investigação, desenvolvida por estas unidades, é incipiente.