quinta-feira, junho 17

Relatório LFP

1. – Ministro Workaholic
O Ministro da saúde tem desenvolvido uma intensa actividade, revelando uma forte crença no projecto.

2. – À atenção da polícia de trânsito
O ministro acredita nas suas reformas "powerpoint", que funcionam bem no programa. E não pára para não dar azo a dúvidas, não amolecer o ímpeto da reforma porque pensa que só assim consegue sucesso.
O ministro da Saúde prossegue caminho sem parar para não ser parado.

3. – Conselho táctico para o Sr.Scolari:tudo ao molho e fé em Deus
Quase não se pergunta se se faz bem ou mal, desde que se faça
Falta total de fundamentação da grande parte das soluções propostas para a reforma do Sistema Nacional de Saúde.

4. – E que tal o guia Michellin
O ministro da Saúde sabe onde quer chegar, mas não sabe muito bem como se lá chega.

5. – Podem dizer mal, desde que falem de mim.
O Ministro recorre a um forte marketing político.

6. – A robotização da saúde.
O Ministro não conta com as pessoas para a "reforma da Saúde".

7. – Ministério com paredes de vidro
Verifica-se falta de transparência na informação e mesmo "blackout informativo". As excepções serão o Infarmed e a Direcção-Geral da Saúde.

8. -Os Resultados foram aldrabados?
Ninguém acredita em resultados apresentados num anúncio pago na Imprensa ao cabo de oito meses de experiência dos hospitais SA

9. - A Saúde é um Oásis
Os resultados apresentados são de análise do próprio ministério, que não está preparado para aceitar críticas e prefere manter-se na sua opção política de dizer que isto é Hollywood e tudo corre bem.

10. – À confiança. O que é privado é bom!
A construção e gestão de dez novos hospitais através de parcerias público-privadas é considerada uma iniciativa governamental "ousada" tendo em conta a falta de meios para fiscalizar o processo
Duvida-se da existência, no Estado português, de conhecimentos técnicos, competências e instrumentos qualificados de acompanhamento, controlo e fiscalização, para fazer face a esta "ousadia" - uma iniciativa que noutros países europeus está a ser realizada com prudência.

11. – O baile da Indústria.
Pouco ou nada foi feito em 2003 para alterar o padrão de prescrição de antibióticos em Portugal, uma situação que representa um sério risco para a saúde pública.
Se Portugal adoptasse o padrão de prescrição de antimicrobianos da Inglaterra, conseguiria gastar menos cerca de 31 milhões de euros por ano, uma poupança mais importante do que a obtida com os medicamentos genéricos.