terça-feira, agosto 10

Esta Política de Saúde, vai continuar!

Propaganda Net Saúde - Consultas à distância.
Principais fracassos da Política de Saúde do XV Governo.
1. - Incapacidade em resolver o problema das esperas cirúrgicas:
O programa PECLEC, criado para combater o problema das listas de espera, saldou-se por um rotundo fracasso.
Um novo Programa, o SIGIC, promete o prazo máximo de seis neses para as esperas cirúrgicas. Veremos! Entretanto, cerca de 170 000 doentes aguardam, actualmente, pela sua cirúrgia.

2. – Promíscuidade com o sector privado, de que o caso de adjudicação à "Net-Saúde" do sistema de consultas à distância com chamadas de valor acrescentado a pagar pelos utentes do SNS, é um exemplo.-

3. - Favorecimento do negócio privado da saúde. Privatização da Saúde.
Quando a seu favor tinha os pareceres do Tribunal de Contas e da Inspecção Geral de Finanças, que davam razão ao Estado, relativamente às dívidas referentes ao contrato de concessão de exploração do Hospital Amadora Sintra, o ministro da saúde, Luís Filipe Pereitra, nomeou um tribunal arbitral que condenou o Estado a pagar à "José de Mello Saúde" cerca 31 milhões de euros .
O desenvolvimento do projecto das Parcerias Público Privado (PPP) para a concepção, construção, equipamento e gestão de dez novos hospitais.
Não há experiência nos países da UE na utilização de um modelo de PPP tão arrojado como o adoptado por Luís Filipe Pereira.

4.- Apesar de dispôr de dados de informação fiáveis e dos meios de acção adequados, a inépcia dos responsáveis da saúde contribuiu, de forma decisiva , para a morte de 1 953 cidadãos portugueses, devido à vaga de calor ocorrida em Agosto de 2003.

5. - O incremento da selecção adversa dos utentes do SNS, de que a iniciativa do Centro Hospitalar do Alto Minho em contratualizar a prestação de "um atendimento mais atempado, célere e personalizado" para os clientes das companhias de seguros, é um exemplo.

6. – O fracasso do projecto de empresarialização de 34 hospitais da rede do SNS :

a) – O financiamento através da contratualização das prestações não passa de um processo formal que serve apenas para justificar o financiamento do estado, com pouca ou nenhuma eficácia na transformação da cultura de gestão dos hospitais.
b) – Cortes cegos das despesas com prejuízo grave da actividade normal dos hospitais.
c) – A anunciada alteração do sistema de remuneração de base salarial, por um sistema de pagamento aos profissionais por objectivos não passou da fase experimental.
d) – Não há aumentos de produtividade dos hospitais SA dignos de registo.
e) - A dívida dos hospitais aos fornecedores cresceu relativamente aos anos anteriores.

7 – Falta de transparência da informação, sobrevalorizando os resultados de gestão dos hospitais SA, face aos anos anteriores e aos obtidos pelos hospitais SPA.

8) -Compadrio e remunerações/regalias dos gestores dos hospitais SA.

9) - A partidarização extrema da saúde.
10) - Quase abandono dos cuidados de saúde primários.

11)- A política de desresponsabilização do estado relativamente aos problemas da saúde - desinvestimento e favorecimento do negócio privado da saúde.
Nota:
Já repararam no mau gosto do placard de publicidade do Ministério da Saúde.
A caracterização do utente de saco de gelo à cabeça e termómetro na boca é simplesmente caricata. Faz-me lembrar aqueles cartazes de publicidade da revista à portuguesa do Parque Mayer. Também me faz lembrar o Xavier SA depois de ter derrubado uma garrafa de Jonnhy Walker. Estética Pimba à Luís Filipe Pereira.