Desenvolvimento e Estado da Saúde em Portugal
Hospital de São Teotónio, Viseu
1. - "As pessoas são a verdadeira riqueza das nações. Na verdade, o objectivo básico do desenvolvimento é alargar as liberdades humanas. O processo de desenvolvimento pode expandir as capacidades humanas, expandindo as escolhas que as pessoas têm para viver, vidas plenas e criativas. E as pessoas tanto são beneficiárias desse desenvolvimento, como agentes do progresso e da mudança que provocam. Este processo deve beneficiar todos os indivíduos equitativamente e basear-se na participação de cada um deles.
A gama de capacidades que os indivíduos podem ter e as escolhas que podem ajudar a expandir essas capacidades é potencialmente infinita e varia de pessoa para pessoa.
A política pública trata de fixar prioridades seguindo critérios selecionados de acordo com as capacidades básicas para a vida humana, no sentido de que a sua ausência impediria muitas outras escolhas."
A política pública trata de fixar prioridades seguindo critérios selecionados de acordo com as capacidades básicas para a vida humana, no sentido de que a sua ausência impediria muitas outras escolhas."
Fonte: Relatório Desenvolvimento Humano. edição 2004-pag.127
2.-O Relatório do Desenvolvimento Humano fundamenta a sua avaliação nos seguintes factores de desenvolvimento:
- vida longa e saudável
- ter conhecimento
- ter acesso aos recursos necessários para um padrão de vida digno e participar na vida da comunidade.
O IDH - Índice de desenvolvimento humano, é calculado de acordo com os seguintes indicadores:
-Longevidade: - Esperança de vida à nascença.
-Conhecimento: - Taxa de alfabetização+Taxa de escolarização bruta (número de inscrições anual nos três níveis de ensino:básico, secundário e universitário)
-Nível de vida digno: - PIB per capita (dólares PPC).
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-Longevidade: - Esperança de vida à nascença.
-Conhecimento: - Taxa de alfabetização+Taxa de escolarização bruta (número de inscrições anual nos três níveis de ensino:básico, secundário e universitário)
-Nível de vida digno: - PIB per capita (dólares PPC).
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Noruega 1.ª classificada da tabela do IDH - ano 2002
3. – O IDH – A clasificação de Portugal- ano de 2002.
O IDH – ìndice de Desenvolvimento Humano, mede as realizações de um país em termos de esperança de vida, nível educacional e rendimento real ajustado.
De acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano, Portugal ocupou no ano de 2002, o 26.º lugar na tabela do IDH.
De acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano, Portugal ocupou no ano de 2002, o 26.º lugar na tabela do IDH.
Indicadores de Portugal- Ano 2002:
1-Esperança de Vida á nascença--------76,1--------------( 78,9 - 1.º clas)
2-Taxa de alfabetização de adultos -----92,5 ------------(100,0 - 1.º clas)
3-Taxa de escolarização bruta -------- -93,0---------( 98,0 – 1.º clas)
4-PIB per capita ----------------------18 280 dólares ---(36 600 –1.º clas).
Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano - 2004.
1-Esperança de Vida á nascença--------76,1--------------( 78,9 - 1.º clas)
2-Taxa de alfabetização de adultos -----92,5 ------------(100,0 - 1.º clas)
3-Taxa de escolarização bruta -------- -93,0---------( 98,0 – 1.º clas)
4-PIB per capita ----------------------18 280 dólares ---(36 600 –1.º clas).
Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano - 2004.
Relativamente ao ano anterior Portugal desceu três lugares, tendo sido ultrapassado pela Grécia(afinal não é só no futebol) Singapura e Hong Kong, China (RAE).
4. - Como vai a Saúde dos Portugueses.
4. - Como vai a Saúde dos Portugueses.
a) - A esperança de vida à Nascença, aumentou para mais do dobro no espaço de 84 anos – 37,9 anos em 1920 para 76,1 anos em 2002.
b) - Mortalidade Infantil (mortes por mil nados vivos) : 24,3/1000 em 1980 para 5,0/1000 em 2002.
c)-As componentes da Taxa de mortalidade infantil, evoluíram também favoravelmente:
- Mortalidade perinatal: 12,1/1000 em 1991; 7,2/1000 em 1997 ; 6,0/1000 em 2002
- Mortalidade neonatal: 6,9/1000 em 1990; 4,1/1000 em 1997 ; 3,4/1000 em 2002.
Fonte: INE: Saúde.
- Mortalidade perinatal: 12,1/1000 em 1991; 7,2/1000 em 1997 ; 6,0/1000 em 2002
- Mortalidade neonatal: 6,9/1000 em 1990; 4,1/1000 em 1997 ; 3,4/1000 em 2002.
Fonte: INE: Saúde.
As melhorias do estado de saúde da população portuguesa está associada ao aumento dos recursos financeiros, materiais e humanos dos cuidados de saúde bem como da melhoria das condições sócio económica das populações – habitação, educação, condições sanitárias, comunicações e transportes.
É de registar, no entanto, graves desigualdades entre regiões e grupos sociais., evidentes na taxa de mortalidade e na taxa de mortalidade infantil. E nas inequalidades do acesso: ratio de habitantes por hospital e ratio de habitantes por profissionais de saúde.
OPSS - perfil da saúde
É de registar, no entanto, graves desigualdades entre regiões e grupos sociais., evidentes na taxa de mortalidade e na taxa de mortalidade infantil. E nas inequalidades do acesso: ratio de habitantes por hospital e ratio de habitantes por profissionais de saúde.
OPSS - perfil da saúde
5. - Causas de morte/causas de risco mais significativas:
a) – Causas de morte:
- Doenças cerebrovasculares: 17,3% em 1997; 23,0% em 2001
- Doenças isquémicas do coração: 9,0% em 1997; 8,2% em 2001
- Cancro do estomago: 2,9% em 1997; 2,0% em 2001.
- Cancro do cólon: 1,8% em 1997; 2,0% em 2001.
- Cancro do pulmão: 4,0% em 1997; 1,0% em 2001
- Cancro da mama: (Não há infª 1997) ; 3,3% em 2001
- Cancro da próstata: 3,0% em 1997; (Não há infª 2001))
- Pneumonia: 3,9% em 1997; 3,6% em 2001.
- Cirrose hepática: 2,8% em 1997; 1,0% em 2001
- Acidentes de viação: 2,8% em 1997; 0,9% em 2001
- Diabetes: 2,4% em 1997; 4,6% em 2001.
Fonte: DGS - Divisão de epidemiologia- Portugal 2003- in OPSS.
- Doenças cerebrovasculares: 17,3% em 1997; 23,0% em 2001
- Doenças isquémicas do coração: 9,0% em 1997; 8,2% em 2001
- Cancro do estomago: 2,9% em 1997; 2,0% em 2001.
- Cancro do cólon: 1,8% em 1997; 2,0% em 2001.
- Cancro do pulmão: 4,0% em 1997; 1,0% em 2001
- Cancro da mama: (Não há infª 1997) ; 3,3% em 2001
- Cancro da próstata: 3,0% em 1997; (Não há infª 2001))
- Pneumonia: 3,9% em 1997; 3,6% em 2001.
- Cirrose hepática: 2,8% em 1997; 1,0% em 2001
- Acidentes de viação: 2,8% em 1997; 0,9% em 2001
- Diabetes: 2,4% em 1997; 4,6% em 2001.
Fonte: DGS - Divisão de epidemiologia- Portugal 2003- in OPSS.
Portugal tem a taxa de notificação de novos casos de tuberculose mais elevada da UE: 41,4 novos casos/100 000 habitantes (10,6 novos casos/100 000 hab. EU).
Portugal tem uma das mais elevadas prevalências europeias de infecção por HIV.
Até Julnho de 2003 encontravam-se notificados 22 103 casos de infecção VIH / SIDA nos diferentes estadios de infecção.
O total acumulado de casos de SIDA em 30 de Junho de 2003, era de 10 105.
Verificou-se um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual e diminuição (proporcional) dos casos associados à toxicodependência. Desde 1999, observa-se que são notificados com maior frequência casos de SIDA, em grupos etários superiores ( 45 – 54 anos).
b) – Causas de risco:
-A população portuguesa caracteriza.-se por ter um elevado índice de consumo de álcool: 15,6 litros per capita em 1999, sendo a média europeia – 11,7 litros.
-A prevalência de consumo de tabaco : percentagem diária de fumadores com idade igual ou superior a 15 anos em 1999 era de 20,5%, sendo a média europeia de 30,8%.
6. -Conclusão:
A política de saúde dos XV e XVI governos da maioria PSD/CDS, não tem como objectivos prioritários a obtenção de ganhos de saúde, a melhoria da acessibilidade e da qualidade dos cuidados. O desinvestimento do estado na saúde, os cortes cegos nas despesas, o fracasso estrondoso do programa de combate às listas de espera cirúrgicas, a degradação dos cuidados de saúde primários, são actuações que não deixarão de ter consequências graves, relativamente aos indicadores da saúde.
Como a política de educação e do ensino vão pelo mesmo caminho, não será surpresa vermos a classificação de Portugal no IDH cair, novamente, nos próximos anos.
Alguns dos países recém entrados na União Europeia são os grandes candidatos a seguir o exemplo da Grécia.
O total acumulado de casos de SIDA em 30 de Junho de 2003, era de 10 105.
Verificou-se um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual e diminuição (proporcional) dos casos associados à toxicodependência. Desde 1999, observa-se que são notificados com maior frequência casos de SIDA, em grupos etários superiores ( 45 – 54 anos).
b) – Causas de risco:
-A população portuguesa caracteriza.-se por ter um elevado índice de consumo de álcool: 15,6 litros per capita em 1999, sendo a média europeia – 11,7 litros.
-A prevalência de consumo de tabaco : percentagem diária de fumadores com idade igual ou superior a 15 anos em 1999 era de 20,5%, sendo a média europeia de 30,8%.
6. -Conclusão:
A política de saúde dos XV e XVI governos da maioria PSD/CDS, não tem como objectivos prioritários a obtenção de ganhos de saúde, a melhoria da acessibilidade e da qualidade dos cuidados. O desinvestimento do estado na saúde, os cortes cegos nas despesas, o fracasso estrondoso do programa de combate às listas de espera cirúrgicas, a degradação dos cuidados de saúde primários, são actuações que não deixarão de ter consequências graves, relativamente aos indicadores da saúde.
Como a política de educação e do ensino vão pelo mesmo caminho, não será surpresa vermos a classificação de Portugal no IDH cair, novamente, nos próximos anos.
Alguns dos países recém entrados na União Europeia são os grandes candidatos a seguir o exemplo da Grécia.
LINKAR:
Fontes: Relatório do Desenvolvimento Humano, edição de 2004. Relatório do Centro de Vigilância Epidemiológica das doenças transmissíveis do INSA – Infecção VIH/SIDA, situação em 30 de Junho de 2004. Relatório do OPSS – observatório Português dos Sistem as de Saúde- Portugal o perfil de saúde. INE - estatísticas da Saúde.
Nota: "Post" elaborado ao som do CD "statements" de Milt Jackson. Algumas pérolas: "Statement" a abrir, "ParisBlues","Put Off", "Sonnymoon for Two" "I got it bad and that ain´t good" "Anything l do". Impulse, colheita de 1993.
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