sexta-feira, setembro 24

Taxas Moderadoras Diferenciadas

1. - Correia de Campos rejeita as taxas moderadoras diferenciadas

O ex-ministro da Saúde, o socialista Correia de Campos, rejeita o pagamento das taxas moderadoras consoante o rendimento, defendendo que se alargue a isenção para os doentes efectivamente graves e os beneficiários do rendimento mínimo e social.
Segundo Correia de Campos, as taxas deverão ter valores diferentes consoante a gravidade do estade de saúde dos utentes. Só assim as taxas funcionarão como "uma barreira" e permitirão que os doentes efectivamente graves não paguem ou paguem menos do que os que utilizam estes serviços sem uma real necessidade.
Jornal Público, 23.09.04
2. - Ex-ministro socialista (Correia de Campos) defende taxas diferenciadas

O ex-ministro socialista Correia de Campos defende a existência de taxas moderadoras diferenciadas, mas discorda que o montante a pagar seja calculado a partir das declarações de IRS. Correia de Campos, considera que as taxas deveriam ser pagas de acordo com a gravidade da doença, funcionando este critério como "uma barreira" para os abusadores dos serviços de Saúde. Para o ex-ministro, os doentes mais graves deveriam pagar menos e os menos graves, mais.
Jornal de Notícias, 23.09.04
Comentário:
Atendendo aos títulos das notícias somos levados a concluir que Correia de Campos defendeu, no mesmo dia, posições contrárias sobre as taxas moderadoras diferenciadas.
Após a leitura dos dois textos, concluímos que ambos pretendem dizer a mesma coisa, apesar dos títulos contraditórios. No nosso entender, o jornalista do Jornal de Notícias errou o título da notícia por confundir o conceito de Taxa Moderadora Diferenciada.
3. - Ministro da Saúde,
Luís Filipe Pereira, afirmou hoje em Matosinhos que "o Governo mantém a intenção de diferenciar os pagamentos dos serviços de saúde em função dos rendimentos familiares por estar em causa um princípio de justiça social" .
O ministro da saúde, admitiu que o Governo poderá tomar medidas em relação a esta matéria ainda este ano.
As afirmações do ministro surgem um dia depois de o Presidente da República, Jorge Sampaio, ter dado a entender que não vai deixar passar a diferenciação de taxas moderadoras baseada nas declarações de impostos.
Público "on line", 23.09.04
Comentário:
Já ninguém liga ao que o presidente da república diz. Muito menos LFP, campeão da "cultura de governação apostada na desvalorização e desprestígio do sector público e no endeusamento do mercado e do sector privado ".

Luís Filipe Pereira, não esclareceu se pretende diferenciar as taxas moderadoras em função dos rendimentos declarados pelos utentes ou através de pagamentos parciais dos actos médicos.