Lisboa à Noite
Já a nocturna sombra se adianta
O dia evade-se
entre cansaços e meditação.
Comtemplo pernas e braços.
Desmaio na minha face.
Doce a escultura da chuva
no vidro baço, na lisa
flutuação das imagens.
O vento lima as arestas
da minha imaginação.
...............
Não magoes as palavras,
nem lhes queiras mal por isso.
Afivela-te aos sapatos.
Afirma-te num sorriso.
Os teus amigos esperam-te
pergunta-lhes onde fica,
se lembram o paraíso.
Ruy Cinatti
Tempo da Cidade
Ed. Presença
3 Comments:
Magnífica a ideia de sublinhar a "aldeia" com este poema.
Este post desenha sorrisos.
Obrigada, Xavier.
O problema de Lisboa é que quando regressamos a ela, tentamos recuperar bons posts, tropeçamos num galão e babamos. Provavelmente é este o meu primeiro sintoma de um Alzheimer incipiente.
Cumprimentos,
Agradeço à Francisca os comentários sempre simpáticos. Sexta-feira 15, jantei com um grupo de colegas de trabalho num restaurante do Teatro Taborda com vista deslumbrante para a colina do castelo. O cair da tarde de Outono, o casario encarrapitado costa acima, fugazmente iluminado por pirilampos de várias cores,fizeram-me revisitar o ambiente do poema do Ruy.
Cumprimentos
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